SUMÁRIO
Questões ............................................................................................................................................................ 2
Gabarito ........................................................................................................................................................... 18
Questões Comentadas..................................................................................................................................... 20
MUDE SUA VIDA!
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QUESTÕES
1. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia
Julgue o item seguinte, relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos e às
garantias constitucionais.
Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser
feita por meio de lei em sentido material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido
formal.
Certo ( ) Errado ( )
2. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Criminal
A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas para
posteriormente revendê-los. Certo dia, enquanto expunha os produtos para venda em
determinada praça pública de uma cidade brasileira, Pedro foi surpreendido por
policiais, que apreenderam a mercadoria e o conduziram coercitivamente até a delegacia.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
O princípio da adequação social se aplica à conduta de Pedro, de modo que se revoga o
tipo penal incriminador em razão de se tratar de comportamento socialmente aceito.
Certo ( ) Errado ( )
3. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Analista Judiciário – Judiciária
Tendo como referência a jurisprudência sumulada dos tribunais superiores, julgue o item
a seguir, acerca de crimes, penas, imputabilidade penal, aplicação da lei penal e institutos.
É possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes contra a administração
pública, desde que o prejuízo seja em valor inferior a um salário mínimo.
Certo ( ) Errado ( )
4. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: Defensor Público
Considerando o Código Penal brasileiro, julgue o item a seguir, com relação à aplicação
da lei penal, à teoria de delito e ao tratamento conferido ao erro.
Em razão da teoria da ubiquidade, considera-se praticado o crime no lugar em que
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria
ter sido produzido o resultado.
Certo ( ) Errado ( )
MUDE SUA VIDA!
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5. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PGE-PE Prova: Analista Judiciário
Com relação ao tempo e ao lugar do crime e à aplicação da lei penal no tempo, julgue o
item seguinte.
A superveniência de lei penal mais gravosa que a anterior não impede que a nova lei se
aplique aos crimes continuados ou ao crime permanente, caso o início da vigência da
referida lei seja anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
Certo ( ) Errado ( )
6. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PGE-PE Prova: Analista Judiciário
Com relação ao tempo e ao lugar do crime e à aplicação da lei penal no tempo, julgue o
item seguinte.
O Código Penal adota a teoria da atividade, segundo a qual o delito deverá ser
considerado praticado no momento da ação ou da omissão e o local do crime deverá ser
aquele onde tenha ocorrido a ação ou a omissão.
Certo ( ) Errado ( )
7. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia
Federal - Agente de Polícia Federal
Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a
portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina.
Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Se, durante o processo judicial a que José for submetido, for editada nova lei que diminua
a pena para o crime de receptação, ele não poderá se beneficiar desse fato, pois o direito
penal brasileiro norteia-se pelo princípio de aplicação da lei vigente à época do fato.
Certo ( ) Errado ( )
8. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia
Em cada item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva
a ser julgada com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais
superiores a respeito de execução penal, lei penal no tempo, concurso de crimes, crime
impossível e arrependimento posterior.
Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de nova lei, esse
tipo penal foi formalmente revogado, mas a conduta de Manoel foi inserida em outro tipo
penal. Nessa situação, Manoel responderá pelo crime praticado, pois não ocorreu a
abolitio criminis com a edição da nova lei.
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Certo ( ) Errado ( )
9. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: EMAP Prova: Analista Portuário
A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir.
Aplica-se a lei penal brasileira a crimes cometidos dentro de navio que esteja a serviço
do governo brasileiro, ainda que a embarcação esteja ancorada em território estrangeiro.
Certo ( ) Errado ( )
10. Ano: 2015 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TCE-RN Prova: Assessor Técnico Jurídico
Acerca da aplicação da lei penal, dos princípios de direito penal e do arrependimento
posterior, julgue o item a seguir.
O crime contra a fé pública de autarquia estadual brasileira cometido no território da
República Argentina fica sujeito à lei do Brasil, ainda que o agente seja absolvido naquele
país.
Certo ( ) Errado ( )
11. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: Defensor Público
Considerando o Código Penal brasileiro, julgue o item a seguir, com relação à aplicação
da lei penal, à teoria de delito e ao tratamento conferido ao erro.
A superveniência de causa relativamente independente da conduta do agente excluirá a
imputação do resultado nos casos em que, por si só, ela tiver produzido o resultado.
Certo ( ) Errado ( )
12. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia
Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente Carlos,
também maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi
à sua residência e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à
corporação policial de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta
minutos, armado com o revólver, sob a influência de emoção extrema e na frente dos
amigos, Carlos fez disparos da arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no local antes
mesmo de ser socorrida.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item.
Carlos agiu sob o pálio da excludente de legítima defesa justificante.
Certo ( ) Errado ( )
13. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Criminal
A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas para
posteriormente revendê-los. Certo dia, enquanto expunha os produtos para venda em
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determinada praça pública de uma cidade brasileira, Pedro foi surpreendido por
policiais, que apreenderam a mercadoria e o conduziram coercitivamente até a delegacia.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Se a conduta de Pedro não se consumar em razão de circunstâncias alheias à sua vontade,
ele responderá pelo crime tentado, para o que está prevista a pena correspondente ao
crime consumado diminuída de um a dois terços.
Certo ( ) Errado ( )
14. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Técnico Judiciário -
Administrativa
Considerando que crime é fato típico, ilícito e culpável, julgue o item a seguir.
O crime é dito impossível quando não há, em razão da ineficácia do meio empregado,
violação, tampouco perigo de violação, do bem jurídico tutelado pelo tipo penal.
Certo ( ) Errado ( )
15. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Técnico Judiciário
Considerando que crime é fato típico, ilícito e culpável, julgue o item a seguir.
Crime doloso é aquele em que o sujeito passivo age com imprudência, negligência ou
imperícia.
Certo ( ) Errado ( )
16. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Técnico Judiciário
Considerando que crime é fato típico, ilícito e culpável, julgue o item a seguir.
São causas excludentes de culpabilidade o estado de necessidade, a legítima defesa e o
estrito cumprimento do dever legal.
Certo ( ) Errado ( )
17. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Oficial de Justiça Avaliador
Federal
Acerca do crime doloso e do arrependimento posterior, julgue o item seguinte.
Em relação ao crime doloso, o Código Penal adota a teoria da vontade para o dolo direto
e a teoria do assentimento para o dolo eventual.
Certo ( ) Errado ( )
18. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Oficial de Justiça Avaliador
Federal
A respeito da culpabilidade, da ilicitude e de suas excludentes, julgue o item que se segue.
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Conforme a doutrina pátria, uma causa excludente de antijuridicidade, também
denominada de causa de justificação, exclui o próprio crime.
Certo ( ) Errado ( )
19. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Oficial de Justiça Avaliador
Federal
A respeito da culpabilidade, da ilicitude e de suas excludentes, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Um policial, ao cumprir um mandado de condução coercitiva
expedido pela autoridade judiciária competente, submeteu, embora temporariamente,
um cidadão a situação de privação de liberdade. Assertiva: Nessa circunstância, a conduta
do policial está abarcada por uma excludente de ilicitude representada pelo exercício
regular de direito.
Certo ( ) Errado ( )
20. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Oficial de Justiça
Avaliador Federal
Acerca da antijuridicidade e das causas de exclusão no direito penal, julgue o item
subsequente.
Segundo o Código Penal, o agente que tenha cometido excesso quando da análise das
excludentes de ilicitudes será punido apenas se o tiver cometido dolosamente.
Certo ( ) Errado ( )
21. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Oficial de Justiça
Avaliador Federal
Acerca da antijuridicidade e das causas de exclusão no direito penal, julgue o item
subsequente.
O oficial de justiça encontra-se em exercício regular de direito ao cumprir mandado de
reintegração de posse de bem imóvel de propriedade de banco público, com ordem de
arrombamento, desocupação e imissão de posse.
Certo ( ) Errado ( )
22. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Oficial de Justiça
Avaliador Federal
Acerca da antijuridicidade e das causas de exclusão no direito penal, julgue o item
subsequente.
O consentimento do ofendido é uma excludente de antijuridicidade e poderá ser
manifestado antes, durante ou depois da conduta do agente.
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Certo ( ) Errado ( )
23. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário
Antônio, renomado cientista, ao desenvolver uma atividade habitual, em razão da pressa
para entregar determinado produto, foi omisso ao não tomar todas as precauções no
preparo de uma fase do procedimento laboratorial, o que acabou ocasionando dano à
integridade física de uma pessoa.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A omissão de Antônio é penalmente relevante porque foi esse comportamento que criou
o risco de ocorrência do resultado danoso à integridade física.
Certo ( ) Errado ( )
24. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Analista Judiciário
Julgue o próximo item, relativo ao instituto da tentativa.
No que concerne à punibilidade da tentativa, o Código Penal adota a teoria objetiva.
Certo ( ) Errado ( )
25. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPU Prova: Analista do MPU - Direito
Com relação aos crimes em espécie, julgue o item que se segue, considerando o
entendimento firmado pelos tribunais superiores e a doutrina majoritária.
Situação hipotética: João, penalmente imputável, dominado por violenta emoção após
injusta provocação de José, ateou fogo nas vestes do provocador, que veio a falecer em
decorrência das graves queimaduras sofridas. Assertiva: Nessa situação, João responderá
por homicídio na forma privilegiada-qualificada, sendo possível a concorrência de
circunstâncias que, ao mesmo tempo, atenuam e agravam a pena.
Certo ( ) Errado ( )
Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente Carlos,
também maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi
à sua residência e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à
corporação policial de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta
minutos, armado com o revólver, sob a influência de emoção extrema e na frente dos
amigos, Carlos fez disparos da arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no local antes
mesmo de ser socorrida.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item.
Na situação considerada, em que Paula foi vitimada por Carlos por motivação torpe, caso
haja vínculo familiar entre eles, o reconhecimento das qualificadoras da motivação torpe
e de feminicídio não caracterizará bis in idem.
Certo ( ) Errado ( )
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26. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia
Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente Carlos,
também maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi
à sua residência e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à
corporação policial de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta
minutos, armado com o revólver, sob a influência de emoção extrema e na frente dos
amigos, Carlos fez disparos da arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no local antes
mesmo de ser socorrida.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item.
Por ter agido influenciado por emoção extrema, Carlos poderá ser beneficiado pela
incidência de causa de diminuição de pena.
Certo ( ) Errado ( )
27. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia
Francisco, maior e capaz, em razão de desavenças decorrentes de disputa de terras,
planeja matar seu desafeto Paulo, também maior e capaz. Após analisar detidamente a
rotina de Paulo, Francisco aguarda pelo momento oportuno para efetivar seu plano.
A partir dessa situação hipotética e de assuntos a ela correlatos, julgue o item seguinte.
Caso o delito ocorra pouco tempo depois da motivação e do planejamento do crime, a
premeditação poderá ser considerada uma qualificadora do delito de homicídio.
Certo ( ) Errado ( )
28. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Criminal
Uma mulher de vinte e oito anos de idade foi presa acusada do crime de infanticídio, após
ter jogado em uma centrífuga o bebê que ela havia dado à luz. Segundo a ocorrência
policial, um familiar da suspeita disse que ela havia escondido a gravidez e que negava
que houvesse praticado aborto.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A configuração do crime de infanticídio independe da existência de estado puerperal,
bastando para tal que o sujeito passivo seja uma criança.
Certo ( ) Errado ( )
29. Ano: 2015 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Analista Judiciário
A respeito dos crimes contra a pessoa e o patrimônio, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Lucas, descuidadamente, sem olhar para trás, deu marcha a ré em
seu veículo, em sua garagem, e atropelou culposamente seu filho, que faleceu em
consequência desse ato. Assertiva: Nessa situação, o juiz poderá deixar de aplicar a pena,
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se verificar que as consequências da infração atingiram Lucas de forma tão grave que a
sanção penal se torne desnecessária
Certo ( ) Errado ( )
30. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: Agente de Polícia
Alex agrediu fisicamente seu desafeto Lúcio, causando-lhe vários ferimentos, e, durante
a briga, decidiu matá-lo, efetuando um disparo com sua arma de fogo, sem, contudo,
acertá-lo.
Nessa situação hipotética, Alex responderá pelos crimes de lesão corporal em concurso
material com tentativa de homicídio.
Certo ( ) Errado ( )
31. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Criminal
Tendo em vista que o médico-legista deve descrever, em seu laudo, as lesões que
eventualmente encontrar, e cuja natureza jurídica pode ser leve, grave e gravíssima, ou,
ainda, lesão corporal seguida de morte, em conformidade com o art. 129 do Código Penal,
julgue o item que se segue.
A incapacidade para ocupações habituais por mais de trinta dias, a deformidade
permanente e a aceleração de parto caracterizam lesões corporais de natureza grave.
Certo ( ) Errado ( )
32. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPF Prova: Perito Criminal
Tendo em vista que o médico-legista deve descrever, em seu laudo, as lesões que
eventualmente encontrar, e cuja natureza jurídica pode ser leve, grave e gravíssima, ou,
ainda, lesão corporal seguida de morte, em conformidade com o art. 129 do Código Penal,
julgue o item que se segue.
A incapacidade permanente para o trabalho, a enfermidade incurável e a debilidade
permanente de membro, sentido e(ou) função, como resultado de lesão corporal, são
consideradas gravíssimas.
Certo ( ) Errado ( )
33. Ano: 2012 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: Agente de Polícia
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
O homicídio e a lesão corporal são classificados como crimes contra a pessoa.
Certo ( ) Errado ( )
34. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: EBSERH Prova: Advogado
Julgue o item seguinte, relativos aos tipos penais dispostos no Código Penal e nas leis
penais extravagantes.
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O crime de omissão de socorro, tipificado na parte especial do Código Penal, somente se
consuma com a ocorrência de um resultado naturalístico, o qual, dependendo de sua
gravidade, poderá constituir, ainda, causa qualificadora da conduta.
Certo ( ) Errado ( )
A respeito dos crimes contra a pessoa e o patrimônio, julgue o item que se segue.
A coautoria é obrigatória no caso do crime de rixa, pois a norma incriminadora reclama
como condição obrigatória do tipo a existência de, pelo menos, três pessoas,
considerando irrelevante que um deles seja inimputável.
Certo ( ) Errado ( )
35. Ano: 2014 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: Agente de
Polícia Legislativa
Em relação aos crimes previstos na parte especial do Código Penal, ao crime de abuso de
autoridade e ao que dispõem o Estatuto do Idoso e a Lei contra o Preconceito, julgue os
próximos itens.
O crime de injúria qualificada consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor,
etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência para
ofender a dignidade ou o decoro de alguém. Diferentemente do que ocorre no caso de
crime de racismo, a injúria qualificada processa-se por ação penal pública condicionada
a representação.
Certo ( ) Errado ( )
36. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-BA Provas: Investigador de Polícia
Julgue o item subsecutivo, acerca de crimes contra a pessoa.
Nos crimes contra a honra — calúnia, difamação e injúria —, o Código Penal admite a
retratação como causa extintiva de punibilidade, desde que ocorra antes da sentença
penal, seja cabal e abarque tudo o que o agente imputou à vítima.
Certo ( ) Errado ( )
37. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal
Abordado determinado veículo em região de fronteira internacional, os policiais
rodoviários federais suspeitaram da conduta do motorista: ele conduzia duas
adolescentes com as quais não tinha nenhum grau de parentesco. Ao ser questionado, o
condutor do veículo confessou que fora pago para conduzi-las a um país vizinho, onde
seriam exploradas sexualmente. As adolescentes informaram que estavam sendo
transportadas sob grave ameaça e que não haviam consentido com a realização da
viagem e muito menos com seus propósitos finais.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.
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A conduta do motorista do veículo se amolda ao tipo penal do tráfico de pessoas, em sua
forma consumada, incidindo, nesse caso, causa de aumento de pena, em razão de as
vítimas serem adolescentes.
Certo ( ) Errado ( )
38. Ano: 2020 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPE-CE Prova: Analista Ministerial
Acerca dos princípios aplicáveis ao direito penal e das disposições gerais acerca dos
crimes contra o patrimônio, contra a dignidade sexual e contra a administração pública,
julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Maria, de sessenta e oito anos de idade, e Teresa, de cinquenta e
quatro anos de idade, são irmãs e residem no mesmo endereço. Na ocasião de uma
festividade familiar, Teresa se aproveitou de um descuido de Maria e acabou por
subtrair-lhe a bolsa. Assertiva: Nos termos do Código Penal, o processamento do crime
de furto praticado por Teresa dependerá de representação de Maria.
Certo ( ) Errado ( )
39. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Analista Judiciário
Pedro, com vinte e dois anos de idade, e Paulo, com vinte anos de idade, foram
denunciados pela prática de furto contra Ana. A defesa de Pedro alegou inimputabilidade.
Paulo confessou o crime, tendo afirmado que escolhera a vítima porque, além de idosa,
ela era sua tia.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item subsecutivo, a respeito de
imputabilidade penal, crimes contra o patrimônio, punibilidade e causas de extinção e
aplicação de pena.
Uma vez que a vítima é tia de Paulo, a ação penal será pública condicionada a
representação.
Certo ( ) Errado ( )
40. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPU Prova: Analista do MPU - Direito
Com relação aos crimes em espécie, julgue o item que se segue, considerando o
entendimento firmado pelos tribunais superiores e a doutrina majoritária.
Situação hipotética: Um indivíduo, penalmente imputável, ameaçou com arma de fogo
um adolescente e subtraiu-lhe todos os pertences, incluindo-se valores e objetos
pessoais. O autor foi preso logo depois, em flagrante delito, todavia, quando da
abordagem policial, já não mais portava a arma utilizada no roubo. Assertiva: Nessa
situação, o agente responderá pelo roubo na forma simples, sendo indispensável a
apreensão da arma de fogo pela autoridade policial para a caracterização da
correspondente majorante do crime.
Certo ( ) Errado ( )
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41. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPU Prova: Analista do MPU
Cada um do item a seguir apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a
ser julgada, a respeito da aplicação e da interpretação da lei penal, do concurso de
pessoas e da culpabilidade.
Um indivíduo, penalmente imputável, em continuidade delitiva, foi flagrado por
autoridade policial no decorrer da prática criminosa de furtar sinal de TV a cabo. Nessa
situação, de acordo com o atual entendimento do Supremo Tribunal Federal, aplica-se a
analogia ao caso concreto, no sentido de imputar ao agente a conduta típica do crime de
furto de energia elétrica.
Certo ( ) Errado ( )
42. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPE-PI Prova: Analista Ministerial
Rita, depois de convencer suas colegas Luna e Vera, todas vendedoras em uma joalheria,
a desviar peças de alto valor que ficavam sob a posse delas três, planejou detalhadamente
o crime e entrou em contato com Ciro, colecionador de joias, para que ele adquirisse a
mercadoria. Luna desistiu de participar do fato e não foi trabalhar no dia da execução do
crime. Rita e Vera conseguiram se apossar das peças conforme o planejado; entretanto,
como não foi possível repassá-las a Ciro no mesmo dia, Vera levou-as para a casa de sua
mãe, comunicou a ela o crime que praticara e persuadiu-a a guardar os produtos ali
mesmo, na residência materna, até a semana seguinte.
Considerando que o crime apresentado nessa situação hipotética venha a ser descoberto,
julgue o item que se segue, com fundamento na legislação pertinente.
Rita e Vera responderão pelo crime de furto qualificado pelo abuso de confiança.
Certo ( ) Errado ( )
43. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPE-PI Prova: Analista Ministerial
Rita, depois de convencer suas colegas Luna e Vera, todas vendedoras em uma joalheria,
a desviar peças de alto valor que ficavam sob a posse delas três, planejou detalhadamente
o crime e entrou em contato com Ciro, colecionador de joias, para que ele adquirisse a
mercadoria. Luna desistiu de participar do fato e não foi trabalhar no dia da execução do
crime. Rita e Vera conseguiram se apossar das peças conforme o planejado; entretanto,
como não foi possível repassá-las a Ciro no mesmo dia, Vera levou-as para a casa de sua
mãe, comunicou a ela o crime que praticara e persuadiu-a a guardar os produtos ali
mesmo, na residência materna, até a semana seguinte.
Considerando que o crime apresentado nessa situação hipotética venha a ser descoberto,
julgue o item que se segue, com fundamento na legislação pertinente.
Ainda que não tenha sido informado de que as peças seriam produto de crime, Ciro
poderá responder criminalmente por uma das espécies de receptação, caso venha a
adquiri-las por valor muito abaixo do preço de mercado.
Certo ( ) Errado ( )
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44. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Criminal
Federal
Em cada um do item seguinte, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada a respeito de obrigação tributária sobre ganho de capitais, de
Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e de crimes previdenciários.
Durante um ano e cinco meses, a empresa L&X recolheu as contribuições previdenciárias
de seus empregados, mas não as repassou à previdência social, o que caracterizou o crime
de apropriação indébita previdenciária. Nessa situação, se os representantes legais da
empresa L&X, espontaneamente, confessarem e efetuarem o pagamento das
contribuições antes do início da ação fiscal, ficará extinta a punibilidade.
Certo ( ) Errado ( )
45. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia
Federal
Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a
portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina.
Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
A receptação praticada por José consumou-se a partir do momento em que ele adquiriu
o armamento.
Certo ( ) Errado ( )
46. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia
Federal
Em cada item seguinte, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva
a ser julgada com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais
superiores a respeito de exclusão da culpabilidade, concurso de agentes, prescrição e
crime contra o patrimônio.
Severino, maior e capaz, subtraiu, mediante o emprego de arma de fogo, elevada quantia
de dinheiro de uma senhora, quando ela saía de uma agência bancária. Um policial que
presenciou o ocorrido deu voz de prisão a Severino, que, embora tenha tentado fugir, foi
preso pelo policial após breve perseguição. Nessa situação, Severino responderá por
tentativa de roubo, pois não teve a posse mansa e pacífica do valor roubado.
Certo ( ) Errado ( )
47. Ano: 2020 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: SEFAZ-AL Prova: Auditor Fiscal da Receita
Estadual
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Com relação a aspectos do direito penal, julgue o item a seguir.
Caracteriza crime contra a fé pública a venda, no exercício de atividade comercial, de
mercadoria em que tenha sido aplicado selo falsificado que se destina a controle
tributário.
Certo ( ) Errado ( )
48. Ano: 2020 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: SEFAZ-DF Prova: Auditor Fiscal
À luz da legislação penal brasileira, julgue o item a seguir.
O agente que faz uso de selo falsificado destinado a controle tributário, sabendo de sua
falsificação, comete crime contra a fé pública.
Certo ( ) Errado ( )
49. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPU Prova: Analista do MPU - Direito
Com relação aos crimes em espécie, julgue o item que se segue, considerando o
entendimento firmado pelos tribunais superiores e a doutrina majoritária.
Nos crimes de falsidade documental, considera-se documento particular todo aquele não
compreendido como público, ou a este equiparado, e que, em razão de sua natureza ou
relevância, seja objeto da tutela penal — como cartão de crédito, por exemplo.
Certo ( ) Errado ( )
50. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPE-PI Prova: Analista Ministerial
Considerando a jurisprudência dos tribunais superiores no que se refere a ação penal
pública e privada, a crimes contra a fé pública e a crimes contra a ordem tributária, julgue
o item seguinte.
O criminoso que, ao ser abordado por autoridade policial, atribuir-se falsa identidade no
intuito de não ser preso praticará crime contra a fé pública, não estando sua conduta
acobertada pela autodefesa.
Certo ( ) Errado ( )
51. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia
Federal
Julgue o item seguinte, relativos a institutos complementares do direito empresarial,
teoria geral dos títulos de crédito, responsabilidade dos sócios, falência e recuperação
empresarial.
Os livros comerciais, os títulos ao portador e os transmissíveis por endosso equiparam-
se, para fins penais, a documento público, sendo a sua falsificação tipificada como crime.
Certo ( ) Errado ( )
MUDE SUA VIDA!
14
52. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: Oficial de Inteligência
No que se refere aos tipos penais, julgue o próximo item.
A conduta de dolosamente adquirir dólares falsos para colocá-los em circulação por
intermédio de operações cambiais tem a mesma gravidade que a conduta de falsificar
papel moeda, sendo, por isso, punida com as mesmas penas deste crime.
Certo ( ) Errado ( )
53. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: Agente de Inteligência
No que se refere aos crimes contra a fé pública, julgue o item seguinte.
A configuração do crime de moeda falsa exige que a falsificação não seja grosseira.
Certo ( ) Errado ( )
54. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: Agente de Inteligência
No que se refere aos crimes contra a fé pública, julgue o item seguinte.
O crime de falsidade ideológica é considerado crime próprio, admitindo-se a modalidade
tentada por ação e por omissão.
Certo ( ) Errado ( )
55. Ano: 2020 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPE-CE Prova: Analista Ministerial - Direito
Acerca dos princípios aplicáveis ao direito penal e das disposições gerais acerca dos
crimes contra o patrimônio, contra a dignidade sexual e contra a administração pública,
julgue o item a seguir.
No crime de favorecimento pessoal, a prestação de auxílio por irmão do criminoso
configura hipótese de redução de pena.
Certo ( ) Errado ( )
56. Ano: 2020 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPE-CE Prova: Técnico Ministerial
Ana, servidora do MP/CE, aproveitou-se do acesso que sua função pública lhe permitia
para se apropriar de valores do órgão. Durante o inquérito policial, preocupada com
eventual condenação, Ana ofereceu vantagem pecuniária a uma amiga que não exerce
função pública, para prestar depoimento falso em seu favor, a qual assim o fez.
Nessa situação hipotética,
a conduta de Ana ao oferecer dinheiro para que a amiga mentisse não caracteriza crime
de corrupção ativa.
Certo ( ) Errado ( )
57. Ano: 2020 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: SEFAZ-AL Prova: Auditor Fiscal da Receita
Estadual
MUDE SUA VIDA!
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Com relação a aspectos do direito penal, julgue o item a seguir.
Autorizar a inscrição em restos a pagar de despesa que tenha sido previamente
empenhada não é uma conduta tipificada como crime contra as finanças públicas.
Certo ( ) Errado ( )
58. Ano: 2020 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: SEFAZ-AL Prova: Auditor de Finanças e
Controle de Arrecadação da Fazenda Estadual
Com relação a aspectos do direito penal, julgue o item a seguir.
O agente que patrocina interesse privado junto à administração fazendária valendo-se da
qualidade de funcionário público comete o crime de advocacia administrativa que, de
acordo com o Código Penal, é punido com reclusão.
Certo ( ) Errado ( )
59. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Analista Judiciário - Oficial de
Justiça Avaliador
Júnia, de quatorze anos de idade, acusa Pierre, de dezoito anos de idade, de ter praticado
crime de natureza sexual consistente em conjunção carnal forçada no dia do último
aniversário da jovem. Pierre, contudo, alega que o ato sexual foi consentido.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, tendo como referência
aspectos legais e jurisprudenciais a ela relacionados.
Se comprovado que Júnia agiu com má-fé ao dar causa à instauração de processo judicial
contra Pierre, ela poderá ser responsabilizada pelo crime de comunicação falsa de crime.
Certo ( ) Errado ( )
60. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PGE-PE Prova: Analista Judiciário de
Procuradoria
João, valendo-se da sua condição de servidor público de determinado estado, livre e
conscientemente, apropriou-se de bens que tinham sido apreendidos pela entidade
pública onde ele trabalha e que estavam sob sua posse em razão de seu cargo. João
chegou a presentear diversos parentes com alguns dos referidos produtos. Após a
apuração dos fatos, João devolveu os referidos bens, mas, ainda assim, foi denunciado
pela prática de peculato-apropriação, crime para o qual é prevista pena privativa de
liberdade, de dois anos a doze anos de reclusão, e multa.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsecutivo, considerando a disciplina
acerca dos crimes contra a administração pública.
A devolução dos bens apropriados indevidamente por João antes do recebimento da
denúncia é hipótese de eficiente reparação do dano, o que deverá ser considerado como
causa de extinção da punibilidade do crime de peculato-apropriação.
MUDE SUA VIDA!
16
Certo ( ) Errado ( )
MUDE SUA VIDA!
17
GABARITO
1. ERRADO
2. ERRADO
3. ERRADO
4. CERTO
5. CERTO
6. ERRADO
7. ERRADO
8. CERTO
9. CERTO
10. CERTO
11. CERTO
12. ERRADO
13. CERTO
14. CERTO
15. ERRADO
16. ERRADO
17. CERTO
18. CERTO
19. ERRADO
20. ERRADO
21. ERRADO
22. ERRADO
23. CERTO
24. CERTO
25. CERTO
26. CERTO
27. ERRADO
28. ERRADO
29. ERRADO
30. CERTO
31. ERRADO
32. ERRADO
33. ERRADO
34. CERTO
35. ERRADO
36. CERTO
37. CERTO
38. ERRADO
39. CERTO
40. ERRADO
41. ERRADO
42. ERRADO
43. ERRADO
MUDE SUA VIDA!
18
44. ERRADO
45. CERTO
46. CERTO
47. CERTO
48. ERRADO
49. CERTO
50. CERTO
51. CERTO
52. CERTO
53. CERTO
54. CERTO
55. CERTO
56. ERRADO
57. ERRADO
58. CERTO
59. CERTO
60. ERRADO
MUDE SUA VIDA!
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QUESTÕES COMENTADAS
1. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia
Julgue o item seguinte, relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos e às
garantias constitucionais.
Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser
feita por meio de lei em sentido material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido
formal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
O princípio da legalidade penal vem da expressão em latim NULLUM CRIMEN,
NULLA POENA SINE PRAEVIA LEGE, ou seja, não há crime sem lei anterior que o
defina, nem pena sem prévia definição legal, regra prevista no art. 5º, XXXIX, CF/88
e no art. 1º do CP.
Ele se divide em outros subprincípios: reserva legal, taxatividade, anterioridade
e vedação da analogia in malam partem.
Pelo subprincípio da reserva legal, somente lei em sentido estrito/formal
(editada pelo Poder Legislativo) pode definir condutas como infração penal e
estabelecer sanções penais (penas e medidas de segurança).
Assim, Decretos, atos administrativos e Medidas Provisórias não podem exercer
tal função.
No entanto, segundo o STF, Medida Provisória, desde que seja materialmente
favorável ao réu (descriminalizar uma conduta, por exemplo), será considerada
válida. Cuidado, pois a Lei não pode apenas estabelecer o mínimo da pena, ela precisa
deixar claro o limite mínimo e máximo.
O erro da assertiva foi afirmar que não se exige lei em sentido forma, o que
conflita com o princípio da legalidade (reserva legal).
2. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Criminal
A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas para
posteriormente revendê-los. Certo dia, enquanto expunha os produtos para venda em
determinada praça pública de uma cidade brasileira, Pedro foi surpreendido por
policiais, que apreenderam a mercadoria e o conduziram coercitivamente até a delegacia.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
O princípio da adequação social se aplica à conduta de Pedro, de modo que se revoga o
tipo penal incriminador em razão de se tratar de comportamento socialmente aceito.
Certo ( ) Errado ( )
MUDE SUA VIDA!
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GABARITO: ERRADO
Pelo princípio da adequação social, ainda que uma conduta seja tipificada como
infração penal, ela não será considerada como crime caso não seja capaz de afrontar
o sentimento social de Justiça, ou seja, a aceitação pela sociedade com status de
crime.
Ele surgiu como uma regra de hermenêutica (interpretação), possibilitando a
exclusão de condutas que, embora se ajustem formalmente a um tipo penal
(tipicidade formal), não são mais consideradas objeto de reprovação social e, por
essa razão, se tornaram socialmente aceitas e adequadas. Ex.: Pais de uma recém-
nascida que decidem furar a orelha da criança (não é considerado como lesão
corporal).
O princípio da adequação social não tem o condão de revogar condutas que
estejam tipificadas formalmente como delitos.
Trata-se de mera regra de interpretação cuja finalidade é, em alguns específicos
casos, afastar a aplicação da norma em razão da ausência de reprovação social. Este
princípio justificou, inclusive, a exclusão de tipicidade da conduta de adultério.
O STJ, através da Súmula n. 502, afastou a possibilidade de aplicação do
princípio da adequação social à conduta de expor à venda CDs e DVDs pirateados.
Súmula 502 do STJ - Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica,
em relação ao crime previsto no art. 184, §2º, do CP, a conduta de expor à venda
CDs e DVDs piratas.
Por conta da Súmula acima transcrita, a assertiva está errada, considerando
que à conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas não se aplica o princípio da
adequação social.
3. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Analista Judiciário – Judiciária
Tendo como referência a jurisprudência sumulada dos tribunais superiores, julgue o item
a seguir, acerca de crimes, penas, imputabilidade penal, aplicação da lei penal e institutos.
É possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes contra a administração
pública, desde que o prejuízo seja em valor inferior a um salário mínimo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
De acordo com o princípio da INSIGNIFICÂNCIA (ou Bagatela Própria), deixa
de ser crime a conduta que não ofenda de forma mínima os bens jurídicos protegidos
pela norma penal.
A conduta é típica (regra), mas se a lesão for mínima, faltará o requisito da
tipicidade material, excluindo-se o fato típico. STF e STJ estabeleceram requisitos
para a aplicação do princípio da insignificância.
STF (requisitos objetivos – não levam em conta características pessoais do
infrator, como o cargo, por exemplo):
MUDE SUA VIDA!
21
• Mínima ofensividade da conduta
• Ausência (nenhuma) de periculosidade social da ação
• Reduzido (ou reduzidíssimo) grau de reprovabilidade do comportamento
• Inexpressividade da lesão jurídica
STJ (requisito subjetivo):
• Importância do objeto material do crime para a vítima, de forma a verificar
se, no caso concreto, houve ou não, de fato, lesão.
Além disso, o STJ, através da Súmula 599, definiu que “O princípio da
insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública”, o que
demonstra o erro da assertiva contida na questão.
Sobre a reincidência, o STF entende que ela, por si só, não afasta a
possibilidade de aplicação do princípio.
4. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: Defensor Público
Considerando o Código Penal brasileiro, julgue o item a seguir, com relação à aplicação
da lei penal, à teoria de delito e ao tratamento conferido ao erro.
Em razão da teoria da ubiquidade, considera-se praticado o crime no lugar em que
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria
ter sido produzido o resultado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Além de saber o momento em que o crime foi praticado, também é importante
saber o lugar, pois, como regra, a lei penal é aplicável no território brasileiro.
Sobre o lugar do crime, o Código Penal adotou a teoria da ubiquidade (ou
mista), considerando praticado o crime no lugar da atividade (ação ou omissão) e
também no lugar do resultado.
Art. 6º do CP - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação
ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-
se o resultado.
UAI, QUE COISA ENCRENCADA, RILU. VOU ATÉ BUSCAR UMA MERENDA PARA
ENTENDER MELHOR O ASSUNTO.
Vá não! Espera eu explicar melhor, depois faça o seu intervalo.
A regra parece confusa, mas a ideia do legislador é definir quais crimes podem
ser considerados como ocorridos no território brasileiro e, por conseguinte, aplicar o
nosso Direito Penal.
Essa regra só tem sentido para os crimes à distância ou de espaço máximo,
que são aqueles cuja execução se inicia no território de um País e a consumação se
dá ou deveria dar-se em outro.
Imagine que Caetana acerte um tiro em Alquingelson na cidade de Brasileia/AC.
A vítima, mesmo ferida, busca socorro e é levada a hospital de Cobija/Bolívia. Como
MUDE SUA VIDA!
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a ação ocorreu no território brasileiro, aplicar-se-á o nosso Código Penal. Se
ocorresse o inverso, ou seja, ação na Bolívia e resultado no Brasil, também seria
aplicada a norma penal brasileira.
5. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PGE-PE Prova: Analista Judiciário
Com relação ao tempo e ao lugar do crime e à aplicação da lei penal no tempo, julgue o
item seguinte.
A superveniência de lei penal mais gravosa que a anterior não impede que a nova lei se
aplique aos crimes continuados ou ao crime permanente, caso o início da vigência da
referida lei seja anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
A questão encontra resposta na Súmula n. 711 do STF: “A lei penal mais grave
aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior
à cessação da continuidade ou da permanência.”
O crime permanente é aquele cuja consumação se protrai (ou prolonga) no
tempo, como é o caso do sequestro e cárcere privado (art. 148 do CP), que pode
durar meses.
Crime continuado é aquele em que o criminoso pratica crimes da mesma
espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras
semelhantes, os crimes subsequentes são tidos como continuação do primeiro. É o
caso, por exemplo, do servidor público que todo dia se apropria de um pequeno bem
da repartição.
Diante disso, imagine um crime permanente em que a execução teve início no
mês de Janeiro/20, caso em que o CP estipulava pena de reclusão de 1 a 3 anos, e
a execução da infração hipotética termina em Agosto/20.
No caso, se uma nova lei penal, com vigência a partir de abril/20, cominar pena
de reclusão de 2 a 4 anos (mais grave), ela será aplicada.
RILU, MAS ISSO NÃO É RETROATIVIDADE PARA PREJUDICAR O RÉU?
Nos crimes permanentes e continuados, entende-se que a execução da infração
se prolonga no tempo. É que o infrator, no caso hipotético que citei, estaria
executando o crime, de forma permanente ou contínua, de Janeiro/20 a Agosto/20.
A execução não cessa neste período e, surgindo nova lei enquanto a execução estiver
ocorrendo, ela será aplicada, ainda que mais gravosa ao réu.
6. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PGE-PE Prova: Analista Judiciário
Com relação ao tempo e ao lugar do crime e à aplicação da lei penal no tempo, julgue o
item seguinte.
MUDE SUA VIDA!
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O Código Penal adota a teoria da atividade, segundo a qual o delito deverá ser
considerado praticado no momento da ação ou da omissão e o local do crime deverá ser
aquele onde tenha ocorrido a ação ou a omissão.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
É de suma importância saber a data em que a infração penal foi praticada
(tempo do crime). Imagine, por exemplo, que um adolescente com 17 anos e 11
meses de idade atira contra uma pessoa, na intenção de matar. A vítima é socorrida
e falece 2 meses depois, data em que o infrator está com 18 anos.
Se considerar que o homicídio ocorreu na data da ação ou omissão, o agente
será inimputável (não poderá receber pena e será aplicável o ECA). Mas se
considerarmos que o crime foi praticado na data do resultado (dia que a vítima
faleceu), o Código Penal será aplicado ao agente.
Sobre o tempo do crime, o Código Penal adotou a teoria da atividade, ou seja,
considera-se praticado na data da ação ou omissão. O momento do resultado é
irrelevante.
Art. 4º do CP - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão,
ainda que outro seja o momento do resultado.
Além disso, você já sabe que, sobre o lugar do crime, o Código Penal adotou a
teoria da ubiquidade (ou mista), considerando praticado o crime no lugar da atividade
(ação ou omissão) e também no lugar do resultado.
Art. 6º do CP - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação
ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-
se o resultado.
O erro da assertiva está em considerar a teoria da atividade tanto para o lugar
quanto para o tempo do crime.
7. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia
Federal - Agente de Polícia Federal
Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a
portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina.
Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Se, durante o processo judicial a que José for submetido, for editada nova lei que diminua
a pena para o crime de receptação, ele não poderá se beneficiar desse fato, pois o direito
penal brasileiro norteia-se pelo princípio de aplicação da lei vigente à época do fato.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
MUDE SUA VIDA!
24
Além de exigir Lei em sentido estrito, ela precisa ser anterior ao fato. Imagine,
hipoteticamente, uma conduta praticada em 2019 e, apenas em 2020, passa a ser
considerada infração penal. A pessoa que praticou em 2019 não será penalizada, pois
a Lei não estava vigente.
No entanto, se o mesmo fato for praticado em 2021, existe Lei anterior
criminalizando a conduta, logo, quem praticar o ato será responsabilizado.
Trata-se da anterioridade da lei penal e ela deriva o princípio da irretroatividade
da lei penal. Para alguns doutrinadores, inclusive, são sinônimos. Mas a
irretroatividade não é absoluta, pois se a nova norma penal estabelecer conteúdo
mais benéfico ao réu, ela será aplicada de forma retroativa, ainda que já tenha
ocorrido o trânsito em julgado da sentença.
CF: Art. 5º(...) XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
O erro da questão foi afirmar que o agente não poderá se beneficiar de lei nova
que diminuía a pena (mais benéfica).
Veja o art. 2º, parágrafo único, do CP: “A lei posterior, que de qualquer modo
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado.”
8. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia
Em cada item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva
a ser julgada com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais
superiores a respeito de execução penal, lei penal no tempo, concurso de crimes, crime
impossível e arrependimento posterior.
Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de nova lei, esse
tipo penal foi formalmente revogado, mas a conduta de Manoel foi inserida em outro tipo
penal. Nessa situação, Manoel responderá pelo crime praticado, pois não ocorreu a
abolitio criminis com a edição da nova lei.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Quando nova lei penal entra em vigor, revogando dispositivo que considerava
determinada conduta como infração penal, ocorre o ABOLITIO CRIMINIS e a nova
norma será aplicada de forma retroativa por ser mais benéfica.
Reconhecido o abolitio criminis, que é causa de extinção da punibilidade, os
efeitos penais se apagam, permanecendo os efeitos civis (indenização).
Uma situação interessante ocorreu com o crime de Atentado Violento ao Pudor,
em que a conduta foi inserida no tipo penal Estupro. Observe que não houve abolitio
criminis, pois a conduta continuou sendo ilícito penal, mas passou a integrar outro
tipo penal (outro crime). Esse foi um caso de CONTINUIDADE NORMATIVA TÍPICA.
MUDE SUA VIDA!
25
Diante disso, se alguém praticar a conduta que antes era prevista como
atentado violento ao pudor, responderá pelo crime de estupro, pois não ocorreu a
abolitio criminas da lei, logo, a assertiva da questão está certíssima.
9. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: EMAP Prova: Analista Portuário
A respeito da aplicação da lei penal, julgue o item a seguir.
Aplica-se a lei penal brasileira a crimes cometidos dentro de navio que esteja a serviço
do governo brasileiro, ainda que a embarcação esteja ancorada em território estrangeiro.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Olha aí uma daquelas questões que derrubam candidatos que negligenciam o
estudo da Lei Seca (estudar os artigos do Código Penal).
Pelo princípio da TERRITORIALIDADE, a lei penal brasileira é aplicada aos
crimes cometidos no território brasileiro, pouco importando a nacionalidade do
infrator. No entanto, existem algumas exceções, daí o motivo da doutrina chamar de
princípio da TERRITORIALIDADE MITIGADA OU TEMPERADA.
CP: Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e
regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
Território é o espaço em que o Estado exerce sua soberania. Nele estão
incluídos o:
Mar territorial = é uma faixa de águas costeiras que alcança 12 milhas
náuticas (22 quilômetros) a partir do litoral de um Estado.
Espaço aéreo = é a porção da atmosfera que se sobrepõe ao território desse
país, incluindo o território marítimo, indo do nível do solo, ou do mar, até 100
quilômetros de altitude, onde o país detém o controle sobre a movimentação de
aeronaves.
Subsolo = é a camada da crosta terrestre que fica abaixo do solo.
O art. 5º, §1º, do CP, estabelece que, “Para os efeitos penais, consideram-se
como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem,
bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em
alto-mar.”
Assim, a assertiva da questão está correta, pois também é considerado
território brasileiro, por extensão, aplicando-se a Lei Penal brasileira aos crimes
ocorridos nas Embarcações e Aeronaves PÚBLICAS ou a serviço do Governo brasileiro
EM QUALQUER LUGAR DO MUNDO em que estejam.
10. Ano: 2015 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TCE-RN Prova: Assessor Técnico Jurídico
MUDE SUA VIDA!
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Acerca da aplicação da lei penal, dos princípios de direito penal e do arrependimento
posterior, julgue o item a seguir.
O crime contra a fé pública de autarquia estadual brasileira cometido no território da
República Argentina fica sujeito à lei do Brasil, ainda que o agente seja absolvido naquele
país.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
A regra é que a Lei penal brasileira seja aplicada a infrações ocorridas no
território nacional. No entanto, existem exceções, casos em que a norma pátria será
aplicada a fatos criminosos ocorridos no estrangeiro. Isso se chama
extraterritorialidade.
Dentre as hipóteses de extraterritorialidade, existe o caso de aplicação do
PRINCÍPIO DA DEFESA OU PROTEÇÃO, aplicável aos crimes cuja aplicação da lei
penal brasileira independe do lugar e nacionalidade do agente, considerando haver
ofensa a bens jurídicos nacionais altamente relevantes. As hipóteses são as
seguintes.
Art. 7º do CP - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado,
de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista,
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
§1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda
que absolvido ou condenado no estrangeiro.`
Como se vê da letra b e §1º acima transcritos, mesmo que o crime contra a fé
pública de autarquia seja cometido em outro País ou que o agente seja absolvido no
estrangeiro, haverá aplicação da norma penal brasileiro, o que torna a assertiva
corretíssima.
11. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: Defensor Público
Considerando o Código Penal brasileiro, julgue o item a seguir, com relação à aplicação
da lei penal, à teoria de delito e ao tratamento conferido ao erro.
A superveniência de causa relativamente independente da conduta do agente excluirá a
imputação do resultado nos casos em que, por si só, ela tiver produzido o resultado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
MUDE SUA VIDA!
27
Observe que, apesar de ser uma questão cobrada em concurso para cargo
privativo de bacharel em Direito, a assertiva é copia e cola do art. 13, §1º, do Código
Penal, logo, está corretíssima.
Um dos elementos do Fato típico é o NEXO DE CAUSALIDADE, podendo ser
definido como um vínculo que une a conduta ao resultado que produziu. É uma
espécie de ponte que une uma coisa (conduta) a outra (resultado). Atente-se que o
requisito nexo de causalidade é aplicável apenas aos crimes materiais.
Sobre o tema, existem algumas teorias.
O Código Penal, como regra, adotou a TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DAS
CONDIÇÕES (OU DOS ANTECEDENTES) OU CONDITIO SINE QUA NON, definindo que
é causa do crime toda conduta sem a qual o resultado não teria ocorrido, sendo um
antecedente invariável e incondicionado de algum fenômeno, sem distinção entre
causa e condição.
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual
o resultado não teria ocorrido.
No entanto, a TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA também foi adotada pelo
CP, mas para uma situação específica: concausa superveniente relativamente
independente que, por si só, produz o resultado, segundo o art. 13, §1º: “A
superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por
si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os
praticou.”
12. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia
Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente Carlos,
também maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi
à sua residência e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à
corporação policial de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta
minutos, armado com o revólver, sob a influência de emoção extrema e na frente dos
amigos, Carlos fez disparos da arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no local antes
mesmo de ser socorrida.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item.
Carlos agiu sob o pálio da excludente de legítima defesa justificante.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
Veja o art. 25 do CP: “Entende-se em legítima defesa quem, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente,
a direito seu ou de outrem.”
Observe que, diferentemente do EN (perigo atual), o instituto da LD exige uma
agressão.
MUDE SUA VIDA!
28
Além disso, um dos requisitos para a caracterização da legítima defesa é a
existência de Agressão Injusta (ação ou omissão) ATUAL OU IMINENTE, ou seja, a
agressão humana deve estar ocorrendo ou prestes a acontecer.
Atual é a agressão presente, que está em progressão. Iminente é aquela que
está prestes a se concretizar.
Não cabe LD para revidar uma agressão passada, pois isso é vingança. Também
não cabe LD em face do simples temor de agressão.
No texto da questão, observe que Carlos VOLTOU AO CLUBE DEPOIS DE 40
MINUTOS, ou seja, a agressão não estava ocorrente (ela JÁ TINHA OCORRIDO). Além
disso, a conduta não foi proporcional, logo, não houve legítima defesa.
Poderíamos, inclusive, aplicar ao caso o disposto no art. 121, §1º, do CP: “Se
o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima,
o juiz pode reduzir a pena de 1/6 a 1/3.”
13. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Criminal
A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas para
posteriormente revendê-los. Certo dia, enquanto expunha os produtos para venda em
determinada praça pública de uma cidade brasileira, Pedro foi surpreendido por
policiais, que apreenderam a mercadoria e o conduziram coercitivamente até a delegacia.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Se a conduta de Pedro não se consumar em razão de circunstâncias alheias à sua vontade,
ele responderá pelo crime tentado, para o que está prevista a pena correspondente ao
crime consumado diminuída de um a dois terços.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
A tentativa ocorre quando a execução do crime é iniciada, mas não há
consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente.
A consumação, por sua vez, ocorre quando se reúnem todos os elementos da
definição legal do delito.
Para facilitar, veja o crime de roubo.
Roubo: Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante
grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio,
reduzido à impossibilidade de resistência: (...)
Imagine que um infrator anuncie um roubo, mediante grave ameaça, ocasião
em que, ao colocar a mão na bolsa da vítima, um agente de segurança pública surge
e o sujeito é preso em flagrante delito.
No caso, o agente não conseguiu subtrair o objeto e o art. 157 exige isso para
consumação, que não ocorreu por circunstância contrária à vontade do delinquente,
logo, é um caso de tentativa.
Art. 14 - Diz-se o crime:
MUDE SUA VIDA!
29
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição
legal;
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias
alheias à vontade do agente.
Observe que a tentativa exige 3 (três) requisitos:
Início da execução;
Não consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente e
Dolo
14. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Técnico Judiciário -
Administrativa
Considerando que crime é fato típico, ilícito e culpável, julgue o item a seguir.
O crime é dito impossível quando não há, em razão da ineficácia do meio empregado,
violação, tampouco perigo de violação, do bem jurídico tutelado pelo tipo penal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
A questão exige o conhecimento do art. 17 do CP, que trata do CRIME
IMPOSSÍVEL: Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
Também chamado de Crime Oco, Quase Crime ou de tentativa inidônea ou
inadequada. Trata-se de uma tentativa impunível. A tentativa é impossível nas
seguintes hipóteses:
Ineficácia Absoluta do Meio (IAM) = trata-se do meio executório da infração.
Por exemplo: tentar matar alguém disparando tiros com pistola d’água, usar
documento grosseiramente falsificado e etc. O crime é dito impossível quando não
há, em razão da ineficácia do meio empregado, violação, tampouco perigo de
violação, do bem jurídico tutelado pelo tipo penal.
Absoluta Impropriedade do Objeto (AIO) = trata-se do objeto material da
infração, ou seja, a pessoa ou a coisa sobre a qual recai a conduta. Ex.: disparar com
arma de fogo, com animus necandi (vontade de matar) contra quem já morreu;
ingerir medicamento abortivo para interromper gravidez imaginária e etc.
Se não houve lesão e nem perigo de lesão pela ineficácia do meio empregado,
estamos diante de crime impossível.
Você pode até questionar a falta da palavra ABSOLUTA, mas se o meio não foi
suficiente para causar lesão ou perigo é pelo fato da ineficácia ser absoluta, pois se
não fosse, o resultado seria outro. A banca adora fazer questões que exigem
raciocínio jurídico do candidato. Por isso é importante treinar questões anteriores.
15. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Técnico Judiciário
Considerando que crime é fato típico, ilícito e culpável, julgue o item a seguir.
MUDE SUA VIDA!
30
Crime doloso é aquele em que o sujeito passivo age com imprudência, negligência ou
imperícia.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
A questão exigiu conhecimento do art. 18 do CP. No entanto, a imprudência,
negligência e imperícia são hipóteses de CRIME CULPOSO e não doloso, eis o motivo
de a assertiva estar errada.
Art. 18 - Diz-se o crime:
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência,
negligência ou imperícia
16. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Técnico Judiciário
Considerando que crime é fato típico, ilícito e culpável, julgue o item a seguir.
São causas excludentes de culpabilidade o estado de necessidade, a legítima defesa e o
estrito cumprimento do dever legal.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
As causas que excluem a antijuridicidade poder ser genéricas ou específicas.
Genéricas são aplicáveis a todos os crimes e estão previstas na parte geral do Código
Penal (art. 23). As específicas (ou supralegais), como o próprio nome diz, são
aplicáveis a alguns crimes apenas.
Em caso de comprovação de uma causa excludente de ilicitude, não haverá
crime, ainda que o fato seja típico. É que as excludentes do Fato Típico e da Ilicitude
fazem que o fato não seja considerado crime, segundo a teoria finalista tripartida.
O Código Penal, em seu art. 23, define as excludentes genéricas de ilicitude,
que são:
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Dessa forma, a questão está errada, pois os casos previstos no art. 23 do CP
são excludentes de ilicitude (ou antijuricidade) e não da culpabilidade.
17. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Oficial de Justiça Avaliador
Federal
Acerca do crime doloso e do arrependimento posterior, julgue o item seguinte.
MUDE SUA VIDA!
31
Em relação ao crime doloso, o Código Penal adota a teoria da vontade para o dolo direto
e a teoria do assentimento para o dolo eventual.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Algumas teorias buscam conceituar o conceito de DOLO.
Teoria da Vontade = dolo é a vontade (desejo) consciente dirigida ao
resultado.
Teoria da Representação = haverá dolo quando o agente realizar a conduta
prevendo o resultado como certo ou provável.
Teoria do Assentimento ou Consentimento = aquele que, prevendo o
resultado, assume o risco de produzi-lo, age dolosamente.
Existem outras teorias que podem ser cobradas em provas.
Teoria da indiferença: estabelece a distinção entre dolo eventual e culpa
consciente por meio do "alto grau de indiferença por parte do agente para com o bem
jurídico ou sua lesão.
Teoria da decisão contrária ao bem jurídico = quando o agente produz um
resultado típico por integrar a realização de seu plano, diferenciando-se de um mero
descuido.
O Código Penal define crime doloso.
Art. 18 - Diz-se o crime:
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
Veja que foram adotadas a teoria da vontade para o dolo direto (agente quis)
e a do assentimento para o dolo eventual (agente assumiu o risco), logo, a assertiva
da questão está correta.
Na primeira parte do art. 18, I, do CP, temos o DOLO DIRETO, que ocorre
quando o agente tem a vontade de realizar a conduta e produzir o resultado.
Existe, ainda, o DOLO INDIRETO, que se divide em DOLO EVENTUAL e DOLO
ALTERNATIVO. A parte final do art. 18, I, do CP, fala sobre o DOLO EVENTUAL, que
ocorre quando o sujeito pratica uma conduta e não quer o resultado, mas assume o
risco de ele ocorrer. O resultado não é inerente ao meio escolhido; ele pode ocorrer
ou não.
18. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Oficial de Justiça Avaliador
Federal
A respeito da culpabilidade, da ilicitude e de suas excludentes, julgue o item que se segue.
Conforme a doutrina pátria, uma causa excludente de antijuridicidade, também
denominada de causa de justificação, exclui o próprio crime.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
MUDE SUA VIDA!
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Segundo a teoria finalista tripartida, crime é fato típico, antijurídico e culpável.
Caso existe uma excludente do fato típico da antijuridicidade (ou ilicitude), NÃO
HAVERÁ CRIME. A excludente da culpabilidade, todavia, isentam o agente de pena,
como é o caso da menoridade penal.
Assim, a assertiva está correta, considerando que as excludente de
antijuridicidade, também chamadas de causas de justificação, como é o caso da
legítima defesa e estado de necessidade (além de outros), excluem o próprio crime.
19. no: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Oficial de Justiça Avaliador Federal
A respeito da culpabilidade, da ilicitude e de suas excludentes, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Um policial, ao cumprir um mandado de condução coercitiva
expedido pela autoridade judiciária competente, submeteu, embora temporariamente,
um cidadão a situação de privação de liberdade. Assertiva: Nessa circunstância, a conduta
do policial está abarcada por uma excludente de ilicitude representada pelo exercício
regular de direito.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
No Exercício Regular de Direito, como o próprio nome diz, há um DIREITO.
Ocorre que a questão fala em policial, que possui um DEVER LEGAL, ou seja, a própria
lei obriga o agente público a realizar conduta, dando-lhe poder até de praticar fatos
típicos, isso em nome do interesse público.
Quando um policial, para manter a ordem pública, pratica um fato típico dentro
do previsto pela lei, não haverá ilicitude por conta do ESTRITO CUMPRIMENTO DO
DEVER LEGAL-ECDL e não Exercício Regular de Direito, o que torna a assertiva da
questão incorreta.
Todavia, quando o agende segurança pública, numa troca de tiros, ferir ou
matar um suspeito, ele não age no ECDL, mas em Legítima Defesa, pois apenas pode
atirar contra alguém quando isso for absolutamente necessário para repelir injusta
agressão contra si ou contra terceiros.
Agente de Segurança Pública
→ Regra = ECDL
→ Troca de tiros (repelir injusta agressão atual ou imintente) = LD
São requisitos do ECDL:
• Existência prévia de um dever legal;
• Atitude pautada pelos estritos limites do dever.
20. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Oficial de Justiça
Avaliador Federal
Acerca da antijuridicidade e das causas de exclusão no direito penal, julgue o item
subsequente.
MUDE SUA VIDA!
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Segundo o Código Penal, o agente que tenha cometido excesso quando da análise das
excludentes de ilicitudes será punido apenas se o tiver cometido dolosamente.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
O excesso ocorre com a desnecessária intensificação de uma conduta a princípio
legítima.
É o exagero que, em razão disso, resulta num crime doloso ou culposo,
conforme o caso.
Trata-se de exercício irregular de causa excludente de antijuridicidade devido
ao desaparecimento da circunstância (excesso extensivo) que permitia o ato ou pela
utilização de meio desproporcional (excesso intensivo).
Art. 23 (...) Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo,
responderá pelo excesso doloso ou culposo.
O dispositivo acima é aplicável ao excesso em qualquer das causas excludentes
da ilicitude.
Além disso, o excesso pode ser doloso ou culposo, o que torna a assertiva da
questão incorreta, pois ela afirma que só há punição para o excesso doloso.
21. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Oficial de Justiça
Avaliador Federal
Acerca da antijuridicidade e das causas de exclusão no direito penal, julgue o item
subsequente.
O oficial de justiça encontra-se em exercício regular de direito ao cumprir mandado de
reintegração de posse de bem imóvel de propriedade de banco público, com ordem de
arrombamento, desocupação e imissão de posse.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
Da mesma forma que as autoridades policiais, os Oficiais de Justiça (agentes
públicos) cumpre um DEVER LEGAL e não apenas um direito. Assim, é importante
observar que o Estrito Cumprimento do Dever Legal, como regra, abarca as condutas
de agentes públicos, como é o caso do Oficial de Justiça que executa ordem de
despejo e a execução de mandado judicial de busca e apreensão ou arrombamento.
A violência necessária para efetuar prisão é outra hipótese.
Assim, a assertiva está errada por ser hipótese de Estrito Cumprimento do
Dever Legal e não Exercício Regular de Direito.
22. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Oficial de Justiça
Avaliador Federal
MUDE SUA VIDA!
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Acerca da antijuridicidade e das causas de exclusão no direito penal, julgue o item
subsequente.
O consentimento do ofendido é uma excludente de antijuridicidade e poderá ser
manifestado antes, durante ou depois da conduta do agente.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
As causas excludentes supralegais são aquelas não previstas em lei, fundadas
no emprego da analogia in bonan partem, suprindo eventuais situações não
compreendidas no texto legal.
É o que ocorre com o CONSENTIMENTO DO OFENDIDO nos tipos penais em que
o bem jurídico é disponível e o sujeito passivo do crime for pessoa capaz. Não há
previsão expressa no CP como causa excludente de ilicitude, mas sua ocorrência é
pacífica como causa supralegal.
ATENÇÃO: O consentimento do ofendido como causa excludente de ilicitude
deve ser manifestado antes ou durante a prática do fato. Se posterior, pode significar
renúncia ou perdão, causas extintivas da punibilidade nos crimes perseguidos
mediante ação penal privada.
Assim, a assertiva da questão está errada ao afirmar que o consentimento
posterior funcionará como excludente de antijuridicidade.
Vale destacar que o consentimento do ofendido pode atuar como causa
excludente da ilicitude. Ex.: consentimento para destruição de um bem, no caso do
crime de dano do art. 163 do CP. Mas também pode funcionar como causa excludente
da tipicidade. Ex.: Violação de domicílio do art. 150 do CP (consentimento constitui
elemento do tipo penal).
23. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Técnico Judiciário
Antônio, renomado cientista, ao desenvolver uma atividade habitual, em razão da pressa
para entregar determinado produto, foi omisso ao não tomar todas as precauções no
preparo de uma fase do procedimento laboratorial, o que acabou ocasionando dano à
integridade física de uma pessoa.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A omissão de Antônio é penalmente relevante porque foi esse comportamento que criou
o risco de ocorrência do resultado danoso à integridade física.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Sobre o NEXO DE CAUSALIDADE, o Código Penal adotou, como regra, a TEORIA
DA EQUIVALÊNCIA DAS CONDIÇÕES (OU DOS ANTECEDENTES) OU CONDITIO SINE
QUA NON.
MUDE SUA VIDA!
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Ela define que é considerada causa do crime toda conduta (ação ou omissão)
sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual
o resultado não teria ocorrido.
A causa pode ser gerada por uma AÇÃO ou OMISSÃO. Veja, por exemplo, o
tipo penal previsto no art. 135 do CP:
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da
autoridade pública(...)
Observe que a assertiva da questão foi clara ao afirmar que a omissão de
Antônio acabou ocasionando dano à integridade física de uma pessoa, ou seja, foi
causa do resultado, logo, ela será penalmente relevante.
24. Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: Analista Judiciário
Julgue o próximo item, relativo ao instituto da tentativa.
No que concerne à punibilidade da tentativa, o Código Penal adota a teoria objetiva.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
O Código Penal adotou penas distintas para o delito consumado e o tentado. É
que foi adotada a TEORIA OBJETIVA (dualística ou realista), a qual preconiza uma
redução de pena para o delito imperfeito. A outra teoria é a subjetiva (não adotada
pelo CP), em que a pena seria a mesma, sem redução.
Art. 14 (...)
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a
pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
Como se vê, a assertiva da questão está certíssima.
25. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPU Prova: Analista do MPU - Direito
Com relação aos crimes em espécie, julgue o item que se segue, considerando o
entendimento firmado pelos tribunais superiores e a doutrina majoritária.
Situação hipotética: João, penalmente imputável, dominado por violenta emoção após
injusta provocação de José, ateou fogo nas vestes do provocador, que veio a falecer em
decorrência das graves queimaduras sofridas. Assertiva: Nessa situação, João responderá
por homicídio na forma privilegiada-qualificada, sendo possível a concorrência de
circunstâncias que, ao mesmo tempo, atenuam e agravam a pena.
Certo ( ) Errado ( )
MUDE SUA VIDA!
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GABARITO: CERTO
Observe que a conduta de João ocorre por VIOLENTA EMOÇÃO, APÓS INJUSTA
PROVOCAÇÃO da vítima. Assim, presentes requisitos caracterizadores do HOMICÍDIO
PRIVILEGIADO
Art. 121. Matar alguem: (...) §1º Se o agente comete o crime impelido por
motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo
em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto
a um terço.
Entretanto, o agente utilizou FOGO, caracterizando hipótese de homicídio
qualificado:
Art. 121 (...) §2° Se o homicídio é cometido: (...)
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
Considerando que a qualificadora (fogo) é relativa aos meios e modos de
execução do crime, ela é classificada como OBJETIVA.
Assim, admite-se a aplicação simultânea do privilégio e da qualificadora,
gerando uma hipótese de homicídio privilegiado-qualificado.
Caso a qualificadora fosse subjetiva (motivos do crime), não seria possível.
26. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia
Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente Carlos,
também maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi
à sua residência e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à
corporação policial de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta
minutos, armado com o revólver, sob a influência de emoção extrema e na frente dos
amigos, Carlos fez disparos da arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no local antes
mesmo de ser socorrida.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item.
Na situação considerada, em que Paula foi vitimada por Carlos por motivação torpe, caso
haja vínculo familiar entre eles, o reconhecimento das qualificadoras da motivação torpe
e de feminicídio não caracterizará bis in idem.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
A questão exigiu conhecimento do Informativo n. 625 do STJ, em que o órgão
do Poder Judiciário decidiu que “Não caracteriza bis in idem o reconhecimento das
qualificadoras de motivo torpe e de feminicídio no crime de homicídio praticado contra
mulher em situação de violência doméstica e familiar.”
Além disso, tome cuidado para não ficar viajando no enunciado. Foque na
assertiva sob pena de ir além do que a banca está perguntando.
MUDE SUA VIDA!
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Quando há concurso de qualificadoras, o juiz pode aplicar apenas uma delas
para qualificar o tipo penal e a outra qualificadora poderá ser usada como agravante
genérica ou residualmente, como circunstancia judicial desfavorável.
No entanto, o feminicídio é uma qualificadora de ordem OBJETIVA e o motivo
torpe é de natureza SUBJETIVA. Assim, não há impedimento, segundo o STJ.
Segue um trecho da decisão:
“Observe-se, inicialmente, que, conforme determina o art. 121, § 2º-A, I, do
CP, a qualificadora do feminicídio deve ser reconhecida nos casos em que o delito é
cometido em face de mulher em violência doméstica e familiar. Assim, "considerando
as circunstâncias subjetivas e objetivas, temos a possibilidade de coexistência entre
as qualificadoras do motivo torpe e do feminicídio. Isso porque a natureza do motivo
torpe é subjetiva, porquanto de caráter pessoal, enquanto o feminicídio possui
natureza objetiva, pois incide nos crimes praticados contra a mulher por razão do
seu gênero feminino e/ou sempre que o crime estiver atrelado à violência doméstica
e familiar propriamente dita, assim o animus do agente não é objeto de análise".m
Posso afirmar, assim, que, no crime de homicídio, admite-se a incidência
concomitante de circunstância qualificadora de caráter objetivo referente aos meios
e modos de execução com o reconhecimento do privilégio, desde que este seja de
natureza subjetiva.
27. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia
Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente Carlos,
também maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi
à sua residência e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à
corporação policial de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta
minutos, armado com o revólver, sob a influência de emoção extrema e na frente dos
amigos, Carlos fez disparos da arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no local antes
mesmo de ser socorrida.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item.
Por ter agido influenciado por emoção extrema, Carlos poderá ser beneficiado pela
incidência de causa de diminuição de pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
CUIDADO COM A LEI SECA!
Os casos de diminuição de pena no crime de homicídio estão previstos no art.
121, §1º, do CP: Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor
social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.”
Veja que o dispositivo legal cita DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO e não
VIOLENTA EXTREMA.
Assim, a assertiva está incorreta.
MUDE SUA VIDA!
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28. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia
Francisco, maior e capaz, em razão de desavenças decorrentes de disputa de terras,
planeja matar seu desafeto Paulo, também maior e capaz. Após analisar detidamente a
rotina de Paulo, Francisco aguarda pelo momento oportuno para efetivar seu plano.
A partir dessa situação hipotética e de assuntos a ela correlatos, julgue o item seguinte.
Caso o delito ocorra pouco tempo depois da motivação e do planejamento do crime, a
premeditação poderá ser considerada uma qualificadora do delito de homicídio.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
As qualificadoras do crime de homicídio estão previstas no art. 121, §2º, do
CP:
Homicídio qualificado
Art. 121 (...) § 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo futil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que
dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de
outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Observe que a PREMEDITAÇÃO não consta no rol acima, logo, a presença dela,
por si só, não funciona como qualificadora. O CP estabelece, dentre outras, a
TRAIÇÃO, EMBOSCADA ou DISSIMULAÇÃO como qualificadoras.
A premeditação é utilizada pena juiz no momento da fixação da pena-base.
29. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Criminal
Uma mulher de vinte e oito anos de idade foi presa acusada do crime de infanticídio, após
ter jogado em uma centrífuga o bebê que ela havia dado à luz. Segundo a ocorrência
policial, um familiar da suspeita disse que ela havia escondido a gravidez e que negava
que houvesse praticado aborto.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A configuração do crime de infanticídio independe da existência de estado puerperal,
bastando para tal que o sujeito passivo seja uma criança.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
Questão tranquila! O art. 123 exige, para a caracterização do crime de
Infanticídio, que a MÃE esteja sob a influência do estado puerperal.
MUDE SUA VIDA!
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Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante
o parto ou logo após:
Pena - detenção, de dois a seis anos.
Assim, a assertiva da questão está errada.
30. Ano: 2015 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Analista Judiciário
A respeito dos crimes contra a pessoa e o patrimônio, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Lucas, descuidadamente, sem olhar para trás, deu marcha a ré em
seu veículo, em sua garagem, e atropelou culposamente seu filho, que faleceu em
consequência desse ato. Assertiva: Nessa situação, o juiz poderá deixar de aplicar a pena,
se verificar que as consequências da infração atingiram Lucas de forma tão grave que a
sanção penal se torne desnecessária
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Mais uma questão cobrando Lei Seca!
O art. 121, 5º, do CP, estabelece umas das hipóteses legais de PERDÃO
JUDICIAL para o HOMICÍDIO CULPOSO, ou seja, praticado por negligência, imperícia
ou imprudência, caso as consequências da infração atingirem o próprio agente de
forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
Art. 121 (...) §5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de
aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma
tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
Questão correta de acordo com o dispositivo legal acima.
31. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: Agente de Polícia
Alex agrediu fisicamente seu desafeto Lúcio, causando-lhe vários ferimentos, e, durante
a briga, decidiu matá-lo, efetuando um disparo com sua arma de fogo, sem, contudo,
acertá-lo.
Nessa situação hipotética, Alex responderá pelos crimes de lesão corporal em concurso
material com tentativa de homicídio.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
A questão trata da PROGRESSÃO CRIMINOSA, em que o agente inicialmente
deseja praticar um crime menor e o consuma. Posteriormente, delibera praticar um
crime maior e o também o concretiza, atentando contra o mesmo bem jurídico.
É exatamente o caso da assertiva em análise, caso em que o agente
inicialmente pretende somente causar lesões na vítima, porém, após consumar os
ferimentos, decide ceifar a vida do ferido, causando-lhe a morte.
MUDE SUA VIDA!
40
Na situação, somente incidirá a norma referente ao crime de homicídio, ficando
absorvido o delito de lesões corporais, logo, o item está errado, pois o agente não
responderá pela lesão corporal.
32. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Criminal
Tendo em vista que o médico-legista deve descrever, em seu laudo, as lesões que
eventualmente encontrar, e cuja natureza jurídica pode ser leve, grave e gravíssima, ou,
ainda, lesão corporal seguida de morte, em conformidade com o art. 129 do Código Penal,
julgue o item que se segue.
A incapacidade para ocupações habituais por mais de trinta dias, a deformidade
permanente e a aceleração de parto caracterizam lesões corporais de natureza grave.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
As hipóteses de Lesão Corporal de natureza GRAVE estão previstas no §1º do
art. 129 do CP. No §2º constam as hipóteses de lesões corporais de natureza
GRAVÍSSIMA.
Art. 129 (...)
§ 1º Se resulta (GRAVE):
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2° Se resulta (GRAVÍSSIMA):
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incuravel;
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Assim, a hipótese de DEFORMIDADE permanente não é caso de lesão corporal
grave, mas sim GRAVÍSSIMA.
DEBILIDADE permanente = GRAVE
DEFORMIDADE permanente = GRAVÍSSIMA
33. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPF Prova: Perito Criminal
Tendo em vista que o médico-legista deve descrever, em seu laudo, as lesões que
eventualmente encontrar, e cuja natureza jurídica pode ser leve, grave e gravíssima, ou,
ainda, lesão corporal seguida de morte, em conformidade com o art. 129 do Código Penal,
julgue o item que se segue.
MUDE SUA VIDA!
41
A incapacidade permanente para o trabalho, a enfermidade incurável e a debilidade
permanente de membro, sentido e(ou) função, como resultado de lesão corporal, são
consideradas gravíssimas.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
As hipóteses de Lesão Corporal de natureza GRAVÍSSIMA estão previstas no
§2º do art. 129 do CP.
Art. 129 (...)
§ 2° Se resulta (GRAVÍSSIMA):
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Assim, o único caso de lesão gravíssima descrito na assertiva é enfermidade
incurável.
A incapacidade permanente para o trabalho e a debilidade permanente de
membro, sentido e(ou) função são hipótese de lesão corporal de natureza GRAVE
(art. 129, §1º), logo, a assertiva está errada.
34. Ano: 2012 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: Agente de Polícia
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
O homicídio e a lesão corporal são classificados como crimes contra a pessoa.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Questão linda e que derruba muita gente. Ao estudar o Código Penal, você
verifica que o Título CRIMES CONTRA A PESSOA é compostos por vários capítulos, a
saber:
1 - Crime contra a vida;
2 - De lesão corporal;
3 - De periclitação da vida e da saúde;
4 - De rixa;
5 - Contra a honra;
6 - Contra a liberdade individual.
Assim, a questão está certíssima! E já fique sabendo que, constando no edital
CRIMES CONTRA A PESSOA, não basta estudar os crimes contra a vida. Você deve
dominar todos os tópicos acima.
35. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: EBSERH Prova: Advogado
MUDE SUA VIDA!
42
Julgue o item seguinte, relativos aos tipos penais dispostos no Código Penal e nas leis
penais extravagantes.
O crime de omissão de socorro, tipificado na parte especial do Código Penal, somente se
consuma com a ocorrência de um resultado naturalístico, o qual, dependendo de sua
gravidade, poderá constituir, ainda, causa qualificadora da conduta.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
Primeiro precisamos diferenciar Crimes Omissivos Puros (ou próprios) de
Crimes Omissivos Impuros (ou Impróprios).
Nos crimes omissivos próprios, o próprio tipo penal estabelece que a omissão
é infração penal. O Crime de Omissão de Socorro, previsto no art. 135 do CP, ocorre
com a simples omissão, independentemente de qualquer resultado. É um caso de
dever legal de agir. Trata-se de um crime omissivo próprio.
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da
autoridade pública(...)
No crime omissivo próprio há somente a omissão de um dever de agir, imposto
normativamente, dispensando a relação de causalidade naturalística (é um dever
genérico imposto a todos). O tipo penal sequer faz referência à ocorrência de um
resultado naturalístico.
Assim, a questão está incorreta ao afirmar que a consumação exige o resultado
naturalístico.
Nos crimes omissivos impróprios (também chamados de comissivos por
omissão), não há um tipo penal estabelecendo que a omissão é crime. O agente será
responsabilizado pela ocorrência de um resultado por omissão quando tinha um dever
de agir específico. É a hipótese, por exemplo, de um pai que descobre a prática de
crime contra seu filho e, podendo, não adota nenhuma providência para impedir a
consumação do crime.
Além disso, para configurar qualificadora, há necessidade de ocorrer uma das
hipóteses previstas em lei, ou seja, a omissão, por si só, não é qualificadora.
36. Ano: 2015 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: STJ Prova: Analista Judiciário
A respeito dos crimes contra a pessoa e o patrimônio, julgue o item que se segue.
A coautoria é obrigatória no caso do crime de rixa, pois a norma incriminadora reclama
como condição obrigatória do tipo a existência de, pelo menos, três pessoas,
considerando irrelevante que um deles seja inimputável.
Certo ( ) Errado ( )
MUDE SUA VIDA!
43
GABARITO: CERTO
O delito de rixa é um crime de concurso necessário de pessoas, uma vez que
exige a participação de três ou mais pessoas, logo, a assertiva está correta.
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores:
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
37. Ano: 2014 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: Agente de
Polícia Legislativa
Em relação aos crimes previstos na parte especial do Código Penal, ao crime de abuso de
autoridade e ao que dispõem o Estatuto do Idoso e a Lei contra o Preconceito, julgue os
próximos itens.
O crime de injúria qualificada consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor,
etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência para
ofender a dignidade ou o decoro de alguém. Diferentemente do que ocorre no caso de
crime de racismo, a injúria qualificada processa-se por ação penal pública condicionada
a representação.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
A INJÚRIA RACIAL está prevista na art. 140, §3º, do CP:
Art. 140 (...) § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a
raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de
deficiência(...)
A prática de RACISMO está tipificada na Lei 7.716/89.
A Injúria Racial ocorre quando a ofensa é individualizada e se processa por ação
penal é pública condicionada à representação do ofendido.
A prática de racismo, contudo, ocorre com ofensa contra uma coletividade e se
processa por ação penal pública incondicionada.
Logo, o item está correto.
38. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-BA Provas: Investigador de Polícia
Julgue o item subsecutivo, acerca de crimes contra a pessoa.
Nos crimes contra a honra — calúnia, difamação e injúria —, o Código Penal admite a
retratação como causa extintiva de punibilidade, desde que ocorra antes da sentença
penal, seja cabal e abarque tudo o que o agente imputou à vítima.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
Retratação nada mais é que desmentir os fatos imputados. Assim, há a
necessidade de um fato.
MUDE SUA VIDA!
44
Por tal motivo, a retratação somente é possível na CALÚNIA e na DIFAMAÇÃO,
tornando a assertiva da questão incorreta.
NÃO CABE RETRATAÇÃO na INJÚRIA! O crime de injuria não admite retratação,
e nem exceção de verdade, uma fez que não se imputa fato e sim uma qualidade
negativa independente de ser verdadeira ou falsa.
Observe que o art. 143 do CP não fale em injúria.
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia
ou da difamação, fica isento de pena.
39. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal
Abordado determinado veículo em região de fronteira internacional, os policiais
rodoviários federais suspeitaram da conduta do motorista: ele conduzia duas
adolescentes com as quais não tinha nenhum grau de parentesco. Ao ser questionado, o
condutor do veículo confessou que fora pago para conduzi-las a um país vizinho, onde
seriam exploradas sexualmente. As adolescentes informaram que estavam sendo
transportadas sob grave ameaça e que não haviam consentido com a realização da
viagem e muito menos com seus propósitos finais.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.
A conduta do motorista do veículo se amolda ao tipo penal do tráfico de pessoas, em sua
forma consumada, incidindo, nesse caso, causa de aumento de pena, em razão de as
vítimas serem adolescentes.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
O crime de TRÁFICO DE PESSOAS está previsto no art. 149-A do CP.
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar
ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com
a finalidade de:
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo;
II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo;
III - submetê-la a qualquer tipo de servidão;
IV - adoção ilegal; ou
V - exploração sexual.
Observe que o texto da questão afirma que as adolescentes foram
TRANSPORTADAS, sob GRAVE AMEAÇÃO e condutor confessou que elas seriam
EXPLORADAS SEXUALMENTE.
Assim, caracterizada a hipóteses do incido V acima transcrito.
Além disso, a pena de fato será aumentada quando o crime é praticado contra
adolescentes, senão vejamos o §2º do art. 149-A do CP:
Art. 149-A (...) §1o A pena é aumentada de um terço até a metade se:
I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou
a pretexto de exercê-las;
MUDE SUA VIDA!
45
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com
deficiência;
III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de
coabitação, de hospitalidade, de dependência econômica, de autoridade ou de
superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional.
A assertiva da questão, desse modo, está corretíssima.
40. Ano: 2020 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPE-CE Prova: Analista Ministerial
Acerca dos princípios aplicáveis ao direito penal e das disposições gerais acerca dos
crimes contra o patrimônio, contra a dignidade sexual e contra a administração pública,
julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Maria, de sessenta e oito anos de idade, e Teresa, de cinquenta e
quatro anos de idade, são irmãs e residem no mesmo endereço. Na ocasião de uma
festividade familiar, Teresa se aproveitou de um descuido de Maria e acabou por
subtrair-lhe a bolsa. Assertiva: Nos termos do Código Penal, o processamento do crime
de furto praticado por Teresa dependerá de representação de Maria.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
Apesar de o crime ter sido cometido em prejuízo da irmã, a ação penal será
pública incondicionada, pois Maria é pessoa com mais de 60 anos de idade, aplicando-
se o art. 183, III, do CP.
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto
neste título é cometido em prejuízo:
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego
de grave ameaça ou violência à pessoa;
II - ao estranho que participa do crime.
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos.
Assim, a assertiva da questão está errada, pois a ação penal NÃO DEPENDERÁ
de representação. Será pública incondicionada.
41. Ano: 2019 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: TJ-AM Prova: Analista Judiciário
Pedro, com vinte e dois anos de idade, e Paulo, com vinte anos de idade, foram
denunciados pela prática de furto contra Ana. A defesa de Pedro alegou inimputabilidade.
MUDE SUA VIDA!
46
Paulo confessou o crime, tendo afirmado que escolhera a vítima porque, além de idosa,
ela era sua tia.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item subsecutivo, a respeito de
imputabilidade penal, crimes contra o patrimônio, punibilidade e causas de extinção e
aplicação de pena.
Uma vez que a vítima é tia de Paulo, a ação penal será pública condicionada a
representação.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
As hipóteses em que os crimes contra o patrimônio são processados por ação
penal pública condicionada à representação estão previstas no art. 182 do CP.
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto
neste título é cometido em prejuízo:
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
Ocorre que não basta a relação de tio/sobrinho, pois o CP exige a coabitação
entre os parentes. Além disso, a vítima é idosa, atraindo a aplicação do art. 183, III,
do CP:
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores: (...)
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos.
Assim, a assertiva da questão está errada, pois a ação penal NÃO DEPENDERÁ
de representação. Será pública incondicionada.
42. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPU Prova: Analista do MPU - Direito
Com relação aos crimes em espécie, julgue o item que se segue, considerando o
entendimento firmado pelos tribunais superiores e a doutrina majoritária.
Situação hipotética: Um indivíduo, penalmente imputável, ameaçou com arma de fogo
um adolescente e subtraiu-lhe todos os pertences, incluindo-se valores e objetos
pessoais. O autor foi preso logo depois, em flagrante delito, todavia, quando da
abordagem policial, já não mais portava a arma utilizada no roubo. Assertiva: Nessa
situação, o agente responderá pelo roubo na forma simples, sendo indispensável a
apreensão da arma de fogo pela autoridade policial para a caracterização da
correspondente majorante do crime.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
O art. 157, §2º, do CP estabelece causas de aumento da pena.
Art. 157 (...) §2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade:
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
MUDE SUA VIDA!
47
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece
tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para
outro Estado ou para o exterior;
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que,
conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego.
VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca;
Como se vê do inciso VII acima transcrito, se a violência ou grave ameaça é
exercida com emprego de arma branca haverá majorante da pena.
Além disso, o STF entende que “o reconhecimento da referida causa de
aumento prescinde (dispensa) da apreensão e da realização de perícia na arma,
desde que o seu uso no roubo seja provado por outros meios de prova, tais como a
palavra da vítima e testemunhas.” O STJ segue a mesma linha.
Dessa forma, a assertiva está errada, pois afirma que a apreensão da arma é
indispensável. Não é obrigatório que a arma de fogo seja periciada ou apreendida,
desde que, outros meios de prova demonstrem seu potencial lesivo.
43. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPU Prova: Analista do MPU
Cada um do item a seguir apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a
ser julgada, a respeito da aplicação e da interpretação da lei penal, do concurso de
pessoas e da culpabilidade.
Um indivíduo, penalmente imputável, em continuidade delitiva, foi flagrado por
autoridade policial no decorrer da prática criminosa de furtar sinal de TV a cabo. Nessa
situação, de acordo com o atual entendimento do Supremo Tribunal Federal, aplica-se a
analogia ao caso concreto, no sentido de imputar ao agente a conduta típica do crime de
furto de energia elétrica.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
O Supremo Tribunal Federal decidiu que o “sinal de TV a cabo não é energia, e
assim, não pode ser objeto material do delito previsto no art. 155, § 3º, do Código
Penal.”
Daí a impossibilidade de se equiparar o desvio de sinal de TV a cabo ao delito
descrito no referido dispositivo.
Ademais, na esfera penal não se admite a aplicação da analogia para suprir
lacunas, de modo a se criar penalidade não mencionada na lei (analogia in malam
partem), sob pena de violação ao princípio constitucional da estrita legalidade.
Portanto, a assertiva está incorreta por afirmar que é caso de aplicação da
analogia para imputar o crime ao agente.
44. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPE-PI Prova: Analista Ministerial
MUDE SUA VIDA!
48
Rita, depois de convencer suas colegas Luna e Vera, todas vendedoras em uma joalheria,
a desviar peças de alto valor que ficavam sob a posse delas três, planejou detalhadamente
o crime e entrou em contato com Ciro, colecionador de joias, para que ele adquirisse a
mercadoria. Luna desistiu de participar do fato e não foi trabalhar no dia da execução do
crime. Rita e Vera conseguiram se apossar das peças conforme o planejado; entretanto,
como não foi possível repassá-las a Ciro no mesmo dia, Vera levou-as para a casa de sua
mãe, comunicou a ela o crime que praticara e persuadiu-a a guardar os produtos ali
mesmo, na residência materna, até a semana seguinte.
Considerando que o crime apresentado nessa situação hipotética venha a ser descoberto,
julgue o item que se segue, com fundamento na legislação pertinente.
Rita e Vera responderão pelo crime de furto qualificado pelo abuso de confiança.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
A banca tem o costume de elaborar textos grandes e alguns candidatos
respondem as questões com informações que não estão na prova. Começa a deduzir.
NÃO FAÇA ISSO!
A questão não contém elementos suficientes para caracterizar a qualificadora
de abuso de confiança.
Afinal, a relação de emprego, por si só, não caracteriza o furto privilegiado
mediante abuso de confiança. Deve haver uma relação de intimidade entre as partes,
o que não consta na texto da questão.
Portanto, não se trata de furto qualificado pelo abuso de confiança, o que torna
o item incorreto.
45. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPE-PI Prova: Analista Ministerial
Rita, depois de convencer suas colegas Luna e Vera, todas vendedoras em uma joalheria,
a desviar peças de alto valor que ficavam sob a posse delas três, planejou detalhadamente
o crime e entrou em contato com Ciro, colecionador de joias, para que ele adquirisse a
mercadoria. Luna desistiu de participar do fato e não foi trabalhar no dia da execução do
crime. Rita e Vera conseguiram se apossar das peças conforme o planejado; entretanto,
como não foi possível repassá-las a Ciro no mesmo dia, Vera levou-as para a casa de sua
mãe, comunicou a ela o crime que praticara e persuadiu-a a guardar os produtos ali
mesmo, na residência materna, até a semana seguinte.
Considerando que o crime apresentado nessa situação hipotética venha a ser descoberto,
julgue o item que se segue, com fundamento na legislação pertinente.
Ainda que não tenha sido informado de que as peças seriam produto de crime, Ciro
poderá responder criminalmente por uma das espécies de receptação, caso venha a
adquiri-las por valor muito abaixo do preço de mercado.
Certo ( ) Errado ( )
MUDE SUA VIDA!
49
GABARITO: CERTO
De fato, mesmo que o agente não saiba que o objeto é produto de crime,
ocorrerá uma presunção de que o bem é produto de crime caso exista uma
desproporção entre o valor da coisa e o preço ajustado, segundo o art. 180, §3º, do
CP.
Ora, se alguém chegar a sua casa oferecendo um telefone Motorola novo e de
última geração por R$500, está clara a procedência duvidosa. Além disso, nem
sempre o criminoso vai afirmar que o objeto é produtor de crime.
Evidente que esta presunção não é absoluta.
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito
próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro,
de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: (...)
§3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção
entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida
por meio criminoso:
Assim, o item da questão está correto, pois a informação de que o objeto é
produto de crime não é requisito essencial para a configuração do crime de
receptação.
46. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Criminal
Federal
Em cada um do item seguinte, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada a respeito de obrigação tributária sobre ganho de capitais, de
Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e de crimes previdenciários.
Durante um ano e cinco meses, a empresa L&X recolheu as contribuições previdenciárias
de seus empregados, mas não as repassou à previdência social, o que caracterizou o crime
de apropriação indébita previdenciária. Nessa situação, se os representantes legais da
empresa L&X, espontaneamente, confessarem e efetuarem o pagamento das
contribuições antes do início da ação fiscal, ficará extinta a punibilidade.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
A questão exigiu o conhecimento do art. 168, §2º, do CP.
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas
dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: (...)
§2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa
e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as
informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento,
antes do início da ação fiscal.
Portanto, questão corretíssima.
MUDE SUA VIDA!
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47. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia
Federal
Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a
portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina.
Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
A receptação praticada por José consumou-se a partir do momento em que ele adquiriu
o armamento.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Os crimes de receptação e porte ilegal de arma de fogo são autônomos e
possuem momentos consumativos diversos, não havendo que falar, portanto, em
consunção.
O réu que porta ilegalmente arma de fogo, cuja origem sabe ou deveria saber
ser decorrente de produto de crime, deve responder por ambos os delitos, em
concurso material.
Um dos verbos previstos no art. 180 do CP é ADQUIRIR e a questão é clara ao
afirmar que o agente ADQUIRIU o objeto, logo, CRIME CONSUMADO.
48. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia
Federal
Em cada item seguinte, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva
a ser julgada com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais
superiores a respeito de exclusão da culpabilidade, concurso de agentes, prescrição e
crime contra o patrimônio.
Severino, maior e capaz, subtraiu, mediante o emprego de arma de fogo, elevada quantia
de dinheiro de uma senhora, quando ela saía de uma agência bancária. Um policial que
presenciou o ocorrido deu voz de prisão a Severino, que, embora tenha tentado fugir, foi
preso pelo policial após breve perseguição. Nessa situação, Severino responderá por
tentativa de roubo, pois não teve a posse mansa e pacífica do valor roubado.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
Em provas da banca, se existir súmula sobre o tema, siga a Súmula.
Aqui foi cobrado o teor da Súmula 582 do STJ: “Consuma-se o crime de roubo
com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça,
ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e
MUDE SUA VIDA!
51
recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou
desvigiada.”
Observe que não há necessidade da posse mansa e pacífica, o que torna o item
incorreto.
49. Ano: 2020 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: SEFAZ-AL Prova: Auditor Fiscal da Receita
Estadual
Com relação a aspectos do direito penal, julgue o item a seguir.
Caracteriza crime contra a fé pública a venda, no exercício de atividade comercial, de
mercadoria em que tenha sido aplicado selo falsificado que se destina a controle
tributário.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Os crimes contra a fé pública estão previstos no Código Penal entre o art. 289
e o art. 311-A.
O art. 293 trata da falsificação de papéis públicos e, no seu §1º, consta que:
Art. 293 (...) §1o Incorre na mesma pena quem: (...)
III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito,
guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, produto
ou mercadoria:
a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário,
falsificado;
b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a
obrigatoriedade de sua aplicação.
Observe que a conduta prevista na assertiva foi praticamente copia e cola do
Código Penal. Vou repetir: LEI SECA É MUITO IMPORTANTE!
50. Ano: 2020 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: SEFAZ-DF Prova: Auditor Fiscal
À luz da legislação penal brasileira, julgue o item a seguir.
O agente que faz uso de selo falsificado destinado a controle tributário, sabendo de sua
falsificação, comete crime contra a fé pública.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
Mais uma questão de Lei Seca. Veja o Código Penal.
Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de
emissão legal destinado à arrecadação de tributo; (...)
§1o Incorre na mesma pena quem:
MUDE SUA VIDA!
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I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se
refere este artigo;
Assim, a conduta descrita no item da questão, de fato, é um crime contra a fé
pública.
51. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPU Prova: Analista do MPU - Direito
Com relação aos crimes em espécie, julgue o item que se segue, considerando o
entendimento firmado pelos tribunais superiores e a doutrina majoritária.
Nos crimes de falsidade documental, considera-se documento particular todo aquele não
compreendido como público, ou a este equiparado, e que, em razão de sua natureza ou
relevância, seja objeto da tutela penal — como cartão de crédito, por exemplo.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
O conceito de documento particular é subsidiário, ou seja, o documento que
não for público será considerando particular. Além disso, o CP equipara o cartão de
crédito ou débito a documento particular, logo, a assertiva está correta.
Falsificação de documento particular
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar
documento particular verdadeiro:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento
particular o cartão de crédito ou débito.
52. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPE-PI Prova: Analista Ministerial
Considerando a jurisprudência dos tribunais superiores no que se refere a ação penal
pública e privada, a crimes contra a fé pública e a crimes contra a ordem tributária, julgue
o item seguinte.
O criminoso que, ao ser abordado por autoridade policial, atribuir-se falsa identidade no
intuito de não ser preso praticará crime contra a fé pública, não estando sua conduta
acobertada pela autodefesa.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
A questão exigiu o conhecimento da Súmula n. 522 do STJ: “A conduta de
atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação
de alegada autodefesa.”
MUDE SUA VIDA!
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O princípio constitucional da autodefesa não alcança o indivíduo que se atribua
falsa identidade perante autoridade policial com o intento de ocultar seus maus
antecedentes criminais.
Considere que, em uma batida policial, um indivíduo se atribua falsa identidade
perante autoridade policial com o intento de ocultar seus maus antecedentes. Nessa
situação, conforme o STF, configurar-se-á crime de falsa identidade, que é um crime
contra a fé pública.
Falsa identidade
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter
vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui
elemento de crime mais grave.
Portanto, a assertiva está correta.
53. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia
Federal
Julgue o item seguinte, relativos a institutos complementares do direito empresarial,
teoria geral dos títulos de crédito, responsabilidade dos sócios, falência e recuperação
empresarial.
Os livros comerciais, os títulos ao portador e os transmissíveis por endosso equiparam-
se, para fins penais, a documento público, sendo a sua falsificação tipificada como crime.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
O Código Penal, no §2º do art. 297, estabelece que “Para os efeitos penais,
equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao
portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros
mercantis e o testamento particular.”
Além disso, falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar
documento público verdadeiro, configura o crime de Falsificação de documento
público.
Portanto, item está correto.
54. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: Oficial de Inteligência
No que se refere aos tipos penais, julgue o próximo item.
A conduta de dolosamente adquirir dólares falsos para colocá-los em circulação por
intermédio de operações cambiais tem a mesma gravidade que a conduta de falsificar
papel moeda, sendo, por isso, punida com as mesmas penas deste crime.
Certo ( ) Errado ( )
MUDE SUA VIDA!
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GABARITO: CERTO
Mais uma questão de cobrança dos artigos de Lei.
O crime de Moeda Falsa ocorre quando alguém falsificar, fabricando-a ou
alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no
estrangeiro. O art. 289, §1º, do CP, estabelece que aas mesmas penas do crime de
moeda falsa incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire,
vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.
Assim, o item está correto.
55. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: Agente de Inteligência
No que se refere aos crimes contra a fé pública, julgue o item seguinte.
A configuração do crime de moeda falsa exige que a falsificação não seja grosseira.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
A resposta da questão encontra base na Súmula 73 do STJ: a utilização de
papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato,
de competência da Justiça Estadual.
Assim, para configurar o crime de moeda falsa, a falsificação não pode ser
grosseira. Se ela for grosseira, será o crime de estelionato.
56. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: Agente de Inteligência
No que se refere aos crimes contra a fé pública, julgue o item seguinte.
O crime de falsidade ideológica é considerado crime próprio, admitindo-se a modalidade
tentada por ação e por omissão.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
O crime de falsidade ideológica está previsto no art. 299 do CP.
Art. 299. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia
constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser
escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre
fato juridicamente relevante(...)
Apesar de admitir tentativa e a conduta pode ser por ação ou omissão, não se
trata de crime próprio.
A falsidade ideológica é crime COMUM, pois não exige característica ou condição
especial do agente para praticar a conduta típica. Qualquer pessoa pode praticar o
crime.
Portanto, o item está incorreto por afirmar que se trata de crime próprio.
57. Ano: 2020 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPE-CE Prova: Analista Ministerial - Direito
MUDE SUA VIDA!
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Acerca dos princípios aplicáveis ao direito penal e das disposições gerais acerca dos
crimes contra o patrimônio, contra a dignidade sexual e contra a administração pública,
julgue o item a seguir.
No crime de favorecimento pessoal, a prestação de auxílio por irmão do criminoso
configura hipótese de redução de pena.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
O crime de Favorecimento pessoal, previsto no art. 348 do CP, ocorre quando
o agente auxilia a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é
cominada pena de reclusão.
O §2º do art. 348 estabelece que: se quem presta o auxílio é ascendente,
descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.
Assim, se o auxílio for prestado pelo CADI, haverá ISENÇÃO DE PENA e não
redução de pena, logo, o item da questão está incorreto.
58. Ano: 2020 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: MPE-CE Prova: Técnico Ministerial
Ana, servidora do MP/CE, aproveitou-se do acesso que sua função pública lhe permitia
para se apropriar de valores do órgão. Durante o inquérito policial, preocupada com
eventual condenação, Ana ofereceu vantagem pecuniária a uma amiga que não exerce
função pública, para prestar depoimento falso em seu favor, a qual assim o fez.
Nessa situação hipotética,
a conduta de Ana ao oferecer dinheiro para que a amiga mentisse não caracteriza crime
de corrupção ativa.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
O crime de Corrupção ativa, previsto no art. 333 do CP, ocorre quando alguém
oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a
praticar, omitir ou retardar ato de ofício.
Na questão, a amida de Ana não é funcionária pública, logo, não se tratado do
crime de corrupção ativa.
Trata-se, em verdade, do tipo penal previsto no art. 343 do CP.
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa,
negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou
interpretação:
59. Ano: 2020 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: SEFAZ-AL Prova: Auditor Fiscal da Receita
Estadual
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Com relação a aspectos do direito penal, julgue o item a seguir.
Autorizar a inscrição em restos a pagar de despesa que tenha sido previamente
empenhada não é uma conduta tipificada como crime contra as finanças públicas.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: CERTO
O art. 359-B do CP descreve que é crime contra as finanças públicas ordenar
ou autorizar a inscrição em restos a pagar, de despesa QUE NÃO TENHA SIDO
PREVIAMENTE EMPENHADA ou que exceda limite estabelecido em lei.
Na conduta prevista no item da questão, contudo, a despesa foi previamente
empenhada, logo, não há adequação típica no crime previsto, logo, não é crime
contra as finanças públicas.
60. Ano: 2020 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: SEFAZ-AL Prova: Auditor de Finanças e
Controle de Arrecadação da Fazenda Estadual
Com relação a aspectos do direito penal, julgue o item a seguir.
O agente que patrocina interesse privado junto à administração fazendária valendo-se da
qualidade de funcionário público comete o crime de advocacia administrativa que, de
acordo com o Código Penal, é punido com reclusão.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO: ERRADO
O crime de Advocacia administrativa, previsto no art. 321 do CP é punido com
PENA DE DETENÇÃO de 1 a 3 meses, ou multa, e ocorre quando o funcionário público
patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração
pública, valendo-se da qualidade de funcionário.
Além disso, a conduta descrita na questão, ao citar administração fazendária,
se amolda no art. 3º, III, da Lei n. 8137/90:
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária (...)
III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público. Pena -
reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Assim, não se trata do crime de advocacia administrativo, logo, o item está
incorreto.
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