[go: up one dir, main page]

Urucaguina, Uruinimguina ou Iricaguina (em sumério: 𒌷𒅗𒄀𒈾; romaniz.: URU-KA-gi.na; c. século XXIV a.C.) foi rei das cidades-estado de Lagas e Guirsu na Mesopotâmia, e o último governante da primeira dinastia de Lagas.[3] Ele assumiu o título de rei (lugal), alegando ter sido divinamente nomeado, após a queda de seu predecessor corrupto, Lugalanda.

Urucaguina
Rei de Lagas
Urucaguina
Fragmento de uma inscrição de Urucaguina, que diz o seguinte: "Ele [Uruininguina] cavou (...) o canal para a cidade-de-NINA. No início, ele construiu o Eninu; no final, ele construiu o Esirarã." Museu do Louvre.[1]
Patesi (ou lugal) de Lagas
Reinado c. século XXIV a.C.
Antecessor(a) Lugalanda
Sucessor(a) Lugalzaguesi
Dinastia Primeira dinastia de Lagas
Religião Mitologia suméria
Título "Uracaguina, rei de Guirsu" (𒌷𒅗𒄀𒈾 𒈗 𒄈𒋢𒆠), Urukagina lugal Girsu-ki), na "Lamentação pela destruição de Uma".[2]

Ele é mais conhecido pelas reformas que promoveu para combater a corrupção, e que incluíram a criação de um dos primeiros códigos legais da história documentada. Embora o texto real não tenha sido descoberto, muito de seu conteúdo pode ser presumido de referências a ele. Nele, Urucaguina isentou viúvas e órfãos de impostos; compeliu a cidade a pagar as despesas de funeral (incluindo a comida e bebida de libações para a viagem dos mortos para o mundo inferior); e decretou que os ricos deviam usar prata ao comprar dos pobres, e que, se os pobres não quisessem vender, o homem poderoso (o rico ou o sacerdote) não poderia forçá-lo a fazê-lo.[4]

Ele também participou de diversos conflitos, notadamente um conflito de fronteira com Uruque. No sétimo ano de seu reinado, Uruque caiu sob a liderança de Lugalzaguesi, patesi de Uma, que finalmente anexou a maior parte do território de Lagas e estabeleceu o primeiro reino, documentado de forma confiável, a abranger toda a Suméria. A destruição de Lagas foi descrita em um lamento (possivelmente o exemplo mais antigo registrado do que se tornaria um prolífico gênero literário sumério).[5] O próprio Lugalzaguesi, responsável pela destruição, foi logo derrotado e seu reino foi anexado por Sargão da Acádia.

Ver também

editar
Referências
  1. «Site officiel du musée du Louvre». cartelfr.louvre.fr. Consultado em 8 de março de 2021 
  2. THUREAU-DANGIN, F. (1904). «LA RUINE DE SHIRPOURLA (LAGASH): SOUS LE RÈGNE D'OUROU - KAGINA». Revue d'Assyriologie et d'archéologie orientale (1): 26–32. ISSN 0373-6032. Consultado em 7 de março de 2021 
  3. Finegan, Jack (2019). Archaeological History Of The Ancient Middle East. Routledge (em inglês). [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-429-72638-5 
  4. «The Reforms of Urukagina». History-world.org. Consultado em 3 de dezembro de 2019. Cópia arquivada em 17 de novembro de 2018 
  5. Louvre. «Lamentation sur la ruine de Lagash». Musée du Louvre. Consultado em 20 de novembro de 2020 
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Urukagina».