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O urso-europeu (Ursus arctos arctos), também chamado urso-pardo-europeu ou urso-pardo-euroasiático, é uma subespécie de urso pardo e é encontrado em algumas partes da Europa e da Ásia.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaUrso-pardo-europeu

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Ursidae
Gênero: Ursus
Espécie: U. arctos
Subespécie: U. a. arctos
Nome trinomial
Ursos arctos arctos
Linnaeus, 1758
Distribuição geográfica
Distribuição territorial do urso-europeu (maior faixa em azul, tom número 5)
Distribuição territorial do urso-europeu (maior faixa em azul, tom número 5)

Características

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Os ursos-europeus possuem o pelo de cor castanho-escuro ou castanho-claro, com reflexos dourados em alguns casos, e os pelos podem medir 10 centímetros de comprimento. Os pelos das patas, normalmente, são mais escuros que os pelos de outras partes do corpo.

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
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Os ursos-europeus machos medem de 1,70 a 2,50 metros de comprimento, e cerca de 3 metros de altura quando ficam de pé; pesam até 280 quilos, enquanto as fêmeas são consideravelmente mais leves, pesando 160 quilos ou um pouco mais.

Assim como todos os outros ursos-pardos, possuem uma típica corcunda de músculos na nuca.

Vivem entre 25 a 30 anos.

Ameaçado de extinção

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O urso-europeu está ameaçado de extinção devido a desflorestação, caça e urbanização. Atualmente, as ameaças são apenas caça, incêndios e atropelamentos, pois a desflorestação e urbanização não são atividades ainda muito praticadas já que a Europa é um continente desenvolvido. A sua preservação varia muito de região para região, pois as populações estão muito fragmentadas. No centro da Europa, estão em risco de extinção, já nos Pirenéus e nos Alpes, estão em perigo crítico de extinção. Hoje, é encontrado apenas nos Alpes, nos Pirenéus, no Norte da Europa (Finlândia, Rússia, Suécia), nos Balcãs (uma pequena cordilheira situada em alguns países balcânicos como Grécia, Bulgária, Romênia e Eslovênia), e alguns poucos nos Montes Cárpatos. Além da caça, outra atividade que já contribui para diminuir a população selvagem de ursos na Europa foi sua utilização em espetáculos de circos e encenações pelas ruas. Após serem capturados enquanto filhotes, os ursos aprendiam, por exemplo, a andar de pé, segurar bengalas e acenar com a pata. Nos Pirenéus, localizados entre França e Espanha, existem aproximadamente 100 exemplares (20 na França e 80 na Espanha). O governo francês vem tentando evitar o desaparecimento desses animais nos Pirenéus introduzindo ursos-europeus da Eslovênia.

Histórico demográfico

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Na Alemanha, os ursos-europeus foram extintos por volta de 1835. Mas, em 2006, um urso-europeu que havia sido reintroduzido na natureza nos Alpes Italianos, andou, à procura de companhia, até a Alemanha. Foi o primeiro urso selvagem na Alemanha em 171 anos. Foi morto por caçadores.

 
Os Pirenéus, onde existem 100 ursos-europeus (Cortesia NASA)

Na França, existem muitos esforços para a preservação dos ursos-europeus nos Montes Pirenéus. Em 1987, existiam de 15 a 20 ursos nos Pirenéus, porém, em 1995, este número havia caído drasticamente para 6 indivíduos, e atualmente o número já subiu para 20 exemplares novamente. E vários fatores atrapalham esses esforços de preservação, como caçadores, atropelamentos, e principalmente, fazendeiros que alegam que os ursos atacam (ou pelo menos podem atacar) seus rebanhos. Os principais projetos consistem em capturar ursos-europeus em montanhas eslovenas e introduzi-los nos Pirenéus. O governo francês já entrou em acordos com o governo esloveno para a captura desses ursos, mas o governo francês deve arcar com todas as despesas. Atualmente, devem existir não mais do que 20 ursos-europeus vivendo em liberdade na França.

Existem mais de 80 ursos em Espanha, vivendo principalmente nos montes da cordilheira dos Pirenéus e nos montes Cantábricos, que ficam no nordeste da Espanha e no norte de Portugal. Em Portugal é considerado como extinto desde o século XVII. No entanto, há relatos que afirmam que ursos da comunidade cantábrica tenham atravessado esporadicamente a fronteira, até inícios do século XX, pelas regiões do Gerês e Montesinho em incursões esporádicas e irregulares.

Nos países balcânicos, a convivência entre ursos e humanos é bem sucedida. Na Eslovênia, fazendeiros utilizam cães para espantar ursos dos rebanhos, para evitar que eles ataquem animais domésticos. Existem aproximadamente 1000 ursos nos países balcânicos, e a maioria vive nas montanhas gregas. Na Grécia, existe um projeto chamado "Callisto", que serve para controlar e avaliar as populações de ursos e lobos no país, protegendo-os.

  • Nos países nórdicos

Nos países nórdicos, a população de urso-europeus está bastante estável e não está muito ameaçada. Na Finlândia, por exemplo, existem reservas onde vivem ursos-europeus. Existem, aproximadamente, mais de 900 exemplares.

Nos alpes italianos, principalmente no Vale Trentino, existem pequenas populações de ursos. Embora estas populações não sejam muito grandes, estão bem preservadas.

Habitat

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Antigamente, os ursos-europeus habitavam muitas florestas da Europa. Mas atualmente estão restritos a pequenas áreas isoladas. Seu habitat inclui a vegetação alpina (nos Alpes, Pirenéus e Balcãs), floresta temperada e a floresta de coníferas ou taiga (no norte da Europa, montanhas e outras áreas).

 
Vegetação alpina com pinheiros nos Pirenéus franceses, no Vale de Ossau

Genética

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Exames de DNA mitocondrial revelaram a existência de dois sub-grupos principais: um na Península Ibérica e o outro nos Balcãs.

Na Itália, existe um grupo de ursos-europeus criticamente em perigo de extinção, chamados de ursos-marsicanos. Porém, o urso-marsicano é considerado uma subespécie distinta do urso-europeu comum.

Hábitos

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Os ursos-europeus, como a maioria dos ursos, são solitários e vagam por seu território da primavera até o outono. Normalmente, os adultos são mais ativos de manhã e de tarde, entre 5 e 8 horas da noite. Os jovens costumam ter hábitos mais diurnos. Esses ursos não tem inimigos naturais, além do homem, e evitam quase todos os animais que não podem caçar. Nos meses frios hibernam, em cavernas ou buracos no chão, e vivem de suas reservas de gordura neste período de descanso. Sua temperatura corporal cai cerca de 4ºC para economizar energia, e o ritmo da respiração e batimentos cardíacos também diminuem. Porém, a hibernação dos ursos não é uma hibernação verdadeira, pois na maioria dos animais hibernantes, a temperatura cai muitos graus e entram em estado de letargia total, enquanto a temperatura dos ursos cai apenas quatro graus e não entram em letargia total, ou seja, podem acordar durante o período de hibernação.

Reprodução

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O urso-europeu geralmente é solitário, como os outros ursos, mas na época de reprodução é capaz de andar vários quilômetros à procura de um companheiro para se reproduzir.

Depois de um período de gestação que dura de seis a nove meses, nascem normalmente dois filhotes dentro do refúgio de inverno, que é geralmente uma toca. Eles são amamentados pela mãe durante um ano e meio, aproximadamente. Depois de crescerem, eles devem procurar seu próprio território.

Alimentação

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O urso-europeu alimenta-se de carne e vegetais: é um animal omnívoro. O urso-europeu pode caçar cabritos-monteses, camurças, coelhos selvagens, lebres e veados; mas pode caçar também animais domésticos, como ovelhas, carneiros, cabras, aves e coelhos. Alimenta-se também de pequenas frutas que encontra em arbustos na floresta, mel e insetos.


Referências
  1. Djuro Huber (Large Carnivore Initiative for Europe / Bear Specialist Group) ({{{ano}}}). Ursus arctos (em inglês). IUCN 2015. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2015. Página visitada em 23 de abril de 2016..

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/animais/animais-urso-pardo.php

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quantas-especies-de-urso-existem-no-mundo

http://www.jornallivre.com.br/252273/o-habitat-do-urso-europeu.html