Tricíclico
Tricíclicos são compostos químicos que contêm três anéis de átomos interligados.
Embora vários compostos possuam uma estrutura tricíclica, em farmacologia o termo tem sido tradicionalmente utilizado para descrever drogas heterocíclicas. Entre estas estão os antidepressivos, antipsicóticos, anticonvulsivantes e anti-histamínicos (bem como antialérgicos, antipruriginosos, hipnóticos e sedativos) das classes químicas das dibenzazepinas, dibenzocicloheptenos, dibenzotiazepinas [en], dibenzotiepinas, fenotiazinas, tioxantenos [en] e outros.
História
editar- A prometazina e outros anti-histamínicos de primeira geração com estrutura tricíclica foram descobertos na década de 1940.[1]
- A clorpromazina, composto derivado da prometazina e relevante inicialmente por seu potencial como sedativo, também demonstrou possuir propriedades neurolépticas e foi o primeiro antipsicótico típico a ser introduzido no mercado no início da década de 1950.[2][1]
- A imipramina, originalmente investigada como antipsicótico, foi descoberta no início da década de 1950 e foi o primeiro antidepressivo tricíclico.[1]
- A carbamazepina foi descoberta em 1953 e posteriormente introduzida como anticonvulsivante em 1965.[3]
- Antidepressivos com estrutura tetracíclica [en], como mianserina e maprotilina, foram desenvolvidos pela primeira vez na década de 1970, dando origem à classe dos antidepressivos tetracíclicos.[4]
- Na década de 1990, a clozapina foi o primeiro antipsicótico atípico a ser introduzido no mercado.[5]
- A loratadina foi introduzida como um anti-histamínico de segunda geração não sedativo na década de 1990.[6]
Estrutura
editarAntidepressivos | ||||
---|---|---|---|---|
Iprindol |
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Antipsicóticos | ||||
Tioridazina |
Clorprotixeno |
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Anti-histamínicos | ||||
Latrepirdina |
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Outros | ||||
Ver também
editar- ↑ a b c Caponi, Sandra (3 de setembro de 2021). «Sobre la llamada revolución psicofarmacológica: el descubrimiento de la clorpromazina y la gestión de la locura». História, Ciências, Saúde-Manguinhos (em espanhol): 661–683. ISSN 0104-5970. doi:10.1590/S0104-59702021000300003. Consultado em 30 de agosto de 2022
- ↑ Hillhouse, Todd M.; Porter, Joseph H. (fevereiro de 2015). «A brief history of the development of antidepressant drugs: From monoamines to glutamate.». Experimental and Clinical Psychopharmacology (em inglês) (1): 1–21. ISSN 1936-2293. PMC 4428540 . PMID 25643025. doi:10.1037/a0038550. Consultado em 30 de agosto de 2022
- ↑ Guerreiro, Carlos A. M. (março de 2006). «História do surgimento e desenvolvimento das drogas antiepilépticas». Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology: 18–21. ISSN 1676-2649. doi:10.1590/S1676-26492006000200004. Consultado em 30 de agosto de 2022
- ↑ Romeiro, Luiz Antonio Soares; Fraga, Carlos Alberto Manssour; Barreiro, Eliezer J. (maio de 2003). «Novas estratégias terapêuticas para o tratamento da depressão: uma visão da química medicinal». Química Nova: 347–358. ISSN 0100-4042. doi:10.1590/S0100-40422003000300012. Consultado em 30 de agosto de 2022
- ↑ Elkis, Helio (junho de 2001). «Clozapina, esquizofrenia refratária e evidências». Brazilian Journal of Psychiatry: 59–60. ISSN 1516-4446. doi:10.1590/S1516-44462001000200002. Consultado em 30 de agosto de 2022
- ↑ Kay, G. G.; Harris, A. G. (1999). «Loratadine: a non-sedating antihistamine. Review of its effects on cognition, psychomotor performance, mood and sedation». Clinical and Experimental Allergy. 29 Suppl 3: 147–150. PMID 10444229. doi:10.1046/j.1365-2222.1999.0290s3147.x