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O rio Irauádi[1] ou Irrauádi[2][3] (birmanês: ဧရာဝတီ [ei: ra wa. ti mrac]; inglês: Irrawaddy ou Ayeyarwady) é o rio mais longo de Mianmar (Birmânia) e a via fluvial comercialmente mais importante do país, com uma comprimento de cerca de 2170 km[4] e uma bacia hidrográfica de aproximadamente 411 000 km².

Irauádi
Rio Irauádi
O percurso e a bacia hidrográfica do rio Irauádi.
Comprimento 2170 km
Caudal médio 13 000 m³/s
Foz Mar de Andamão
Área da bacia 411 000 km²
Afluentes
principais
Chindwin
País(es) Myanmar Myanmar
O rio, em 2005.

Etimologia

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A língua portuguesa recebeu o topônimo do francês ou do inglês Irrawaddy.[5] Segundo algumas fontes, o termo naquelas línguas, por sua vez, é uma adaptação do sânscrito Iravati, nome de um rio sagrado e de uma deusa menor na mitologia hindu, ou de seu filho Airavata, o elefante de montaria de Indra.

Geografia

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O Irauádi é formado pela confluência, no norte de Mianmar, próximo à cidade de Myitkyina (estado de Kachin), dos rios Mali e Nmai (May)[4]. Outra fonte importante é o Tarong, que nasce no extremo sudeste do Tibete, no Himalaia. O Mali, a oeste, nasce na extremidade meridional do Himalaia, ao norte de Putao, e (da mesma forma que o Irauádi) é chamado Nam Kiu na língua shan.

Nos seus primeiros quilômetros, o Irauádi passa por terreno montanhoso, não muito longe da fronteira chinesa. Em seguida, cruza a grande planície central birmanesa, cortando o país de norte a sul, antes de desaguar no mar de Andamão (no oceano Índico),[4] por meio de um delta de nove braços.

O afluente mais importante do Irauádi é o Chindwin. Outros tributários são o Mu e o Myitnge. O vale superior do rio detém o recorde pluviométrico mundial, com quase 11 m.

Importância cultural e econômica

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Carta do Rio "Irraouaddy". Desenhada em 1795, por Thomas Wood. In Relation de l'Ambassade anglaise envoyée dans le royaume d'Ava, par la major Michel Symes.Paris, Buisson, AN IX (1800)

A maioria da população birmanesa vive na bacia hidrográfica do Irauádi. Ao longo dos séculos, o rio foi a única grande via de comunicação entre o sul e o norte da Birmânia. Na época colonial, antes das estradas de ferro e dos automóveis, os britânicos chamavam-no de the road to Mandalay ("a estrada para Mandalay"). Ainda hoje, é o eixo principal entre as cidades mais importantes do país. O rio é acessível a navios até a altura de Bhamo, e a barcos menores até Myitkyina. A bacia hidrográfica do Irauádi é uma região relevante para o cultivo do arroz.

Ver também

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Notas
  1. Única forma vernácula registrada por José Pedro Machado e Antenor Nascentes.
  2. Correia, Paulo (Primavera de 2019). «Duxambé, Chechénia e os estados Xã e Chim» (PDF). Sítio web da Direcção-Geral da Tradução da Comissão Europeia no portal da União Europeia. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias (n.º 59): 5-14. ISSN 1830-7809. Consultado em 8 de julho de 2019 
  3. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022 
  4. a b c Si Hein, Aung (2014). «The Ayeyarwady River» 14 ed. Swesone: 18-24 
  5. José Pedro Machado, Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, Lisboa, 3a ed., 2003.
 
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