Pureza
Pureza é um município do estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 9 825 habitantes.
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | purezense | ||
Localização | |||
Localização de Pureza no Rio Grande do Norte | |||
Localização de Pureza no Brasil | |||
Mapa de Pureza | |||
Coordenadas | 5° 28′ 01″ S, 35° 33′ 21″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Rio Grande do Norte | ||
Municípios limítrofes | Touros, Rio do Fogo, Maxaranguape, Ceará-Mirim, Taipu, Poço Branco e João Câmara | ||
Distância até a capital | 64 km | ||
História | |||
Fundação | 5 de abril de 1963 (61 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | João da Fonseca Moura Neto[1] (UNIÃO [2], 2021–2024) | ||
Vereadores | 9 | ||
Características geográficas | |||
Área total [3] | 504,294 km² | ||
População total (estimativa IBGE/2021[3]) | 9 825 hab. | ||
Densidade | 19,5 hab./km² | ||
Clima | Tropical chuvoso | ||
Altitude | 40 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[4]) | 0,567 — baixo | ||
PIB (IBGE/2019[5]) | R$ 125 799,86 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2019[5]) | R$ 13 075,55 | ||
Sítio | www www |
Geografia
editarCom 504,294 km² de área[3] (0,9549% da superfície estadual), Pureza se limita a norte com Touros; a sul com Taipu, Poço Branco e João Câmara; a leste com Maxaranguape e Rio do Fogo e a oeste com Touros e João Câmara.[6] Na divisão territorial do Brasil feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, o município pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Natal;[7] antes, na divisão em mesorregiões e microrregiões que vigorava desde 1989, fazia parte da microrregião do Litoral Nordeste, uma das quatro microrregiões formadoras da mesorregião do Leste Potiguar.[8] A cidade está a 64 km de Natal, capital estadual,[9] e a 2 468 km de Brasília, a capital federal.[10]
O território de Pureza está inserido tanto nos tabuleiros costeiros, também chamados de "planaltos rebaixados", e quanto na Chapada da Serra Verde, com altitudes geralmente superiores aos tabuleiros.[6] Os solos locais são profundos e de forte a excessivamente drenados, porém pouco férteis e, em sua maior parte, de textura arenosa, caracterizando as areias quartzosas distróficas,[6] chamadas de neossolos na nova classificação brasileira de solos.[11] Também ocorrem, em áreas menores, o latossolo, os solos orgânicos (organossolos), o vertissolo e o solo bruno não cálcico (luvissolo).[12] A geologia local é constituída por sedimentos terciários do Grupo Barreiras, exceto na porção oeste do município, onde ocorrem os calcários da Formação Jandaíra, ambos inseridos na Bacia Potiguar.[6]
Pureza está em uma área de transição entre os biomas Mata Atlântica e Caatinga, que ocupam 7% e 93% da área do município, respectivamente.[13] A Mata Atlântica, mais densa, apresenta-se sob as formas de floresta subperenifólia e subcaducifólia, o primeiro verde ao longo de todo o ano e o segundo com folhas caducas, que caem na estação seca, tal como ocorre na Caatinga, onde são comuns arbustos e espécies com presença de espinhos. Na hidrografia, 58,91% do território purezense estão na bacia hidrográfica do rio Punaú, 38,49% na bacia do rio Maxaranguape e os 2,5% restante na bacia do Boqueirão.[6] Na zona urbana está localizada a fonte do olheiro, importante ponto turístico que abriga a nascente do Rio Maxaranguape,[14] cuja foz está em Barra de Maxaranguape, uma praia do Oceano Atlântico, logo após passar pela cidade de Maxaranguape.[15]
Embora Pureza esteja na região do semiárido brasileiro delimitada pelo governo federal, que leva em conta o risco de seca,[16][17] o clima é considerado tropical chuvoso com verão seco, com chuvas concentradas no período de março a julho, sendo abril e junho os meses de maior precipitação. Desde 1962, quando foi instalado um pluviômetro na cidade, o maior acumulado de chuva em 24 horas alcançou 205 mm em 30 de julho de 1998, seguido por 193,7 mm em 18 de fevereiro de 2018.[18] A partir de dezembro de 2018, quando entrou em operação uma estação meteorológica automática da EMPARN na cidade, a menor temperatura ocorreu em 16 de agosto de 2022, com mínima de 17,6 °C, e a maior atingiu 35,6 °C nos dias 12 de janeiro de 2019 e 22 de março de 2020.[19]
Dados climatológicos para Pureza | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 35,6 | 35 | 35,6 | 34,8 | 33,8 | 33,6 | 32,9 | 32,9 | 33,5 | 34,2 | 34,7 | 34,9 | 35,6 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 21,4 | 21,4 | 21,6 | 22,2 | 21,4 | 19,7 | 18,1 | 17,6 | 18,9 | 19,4 | 20 | 19,4 | 17,6 |
Precipitação (mm) | 55,2 | 76,2 | 155,6 | 167 | 130,7 | 151,8 | 118,5 | 53 | 29,6 | 9,9 | 10,5 | 13,1 | 971,1 |
Fonte: EMPARN (recordes de temperatura: 01/12/2018-presente; médias de precipitação: 1962-2018)[18][19] |
- ↑ Prefeito de Pureza toma posse; eleição para vereadores está sub judice Portal G1 - acessado em 2 de janeiro de 2021
- ↑ «Representantes». União Brasil. Consultado em 29 de setembro de 2022
- ↑ a b c Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Brasil | Rio Grande do Norte | Pureza». Consultado em 22 de dezembro de 2020
- ↑ Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). «IDHM Municípios 2010». Consultado em 4 de setembro de 2013
- ↑ a b IBGE. «Brasil | Rio Grande do Norte | Pureza | Produto Interno Bruto dos Municípios». Consultado em 3 de janeiro de 2022
- ↑ a b c d e Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (2008). «Perfil do seu município: PUREZA» (PDF). Consultado em 18 de novembro de 2022
- ↑ IBGE (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 29 de março de 2019
- ↑ IBGE (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. 1. Consultado em 25 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 25 de setembro de 2017
- ↑ «Distância de Pureza a Natal». Consultado em 18 de novembro de 2022
- ↑ «Distância de Pureza a Brasília». Consultado em 18 de novembro de 2022
- ↑ JACOMINE, 2008, p. 178.
- ↑ EMBRAPA. «Mapa Exploratório-Reconhecimento de solos do município de Pureza, RN» (PDF). Consultado em 18 de novembro de 2022
- ↑ «Pureza – RN». Consultado em 18 de novembro de 2022
- ↑ LIMA; SILVA, 2011, p. 127.
- ↑ SIMONETTI, 2022, p. 26.
- ↑ «Municípios do Semiárido Brasileiro – 2017» (PDF). Consultado em 18 de novembro de 2022
- ↑ SUDENE. Resolução CONDEL/SUDENE Nº 150, de 13 de dezembro de 2021. Aprova a Proposição n. 151/2021, que trata do Relatório Técnico que apresenta os resultados da revisão da delimitação do Semiárido 2021, inclusive os critérios técnicos e científicos, a relação de municípios habilitados, e da regra de transição para municípios excluídos. Acesso em 18/11/2022.
- ↑ a b Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN). «Relatório pluviométrico». Consultado em 18 de novembro de 2022
- ↑ a b EMPARN. «Relatório de variáveis meteorológicas». Consultado em 18 de novembro de 2022
Bibliografia
editarJACOMINE, Paulo Klinger Tito. A nova classificação brasileira de solos. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, v. 5, p. 161-179, 2008.
LIMA, Rodrigo Lucas; SILVA, Valdenildo Pedro. Gestão ambiental para o turismo excursionista do olheiro de Pureza-RN: uma contribuição da percepção de moradores e excursionistas. HOLOS, v. 3, p. 120-137, 2011.
SIMONETTI, Thiago França. Análise das mudanças no uso e cobertura da terra na Bacia hidrográfica do Rio Maxaranguape - RN (1985 - 2020). 70f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Geografia), Departamento de Geografia, UFRN, Natal, 2022.