Mário Borriello
Mário Borriello (Itália, 1946 - Rio de Janeiro, 11 de março de 2023) foi um cenógrafo, artista plástico e carnavalesco brasileiro. Foi campeão do carnaval do Rio de Janeiro em 1993, pela Acadêmicos do Salgueiro, com o enredo Peguei um Ita no Norte.
Mário Borriello | |
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Nascimento | 1946 |
Morte | 11 de março de 2023 (77 anos) Rio de Janeiro, RJ, Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Ocupação | cenógrafo artista plástico carnavalesco |
Principais trabalhos | Peguei um Ita no Norte, por Acadêmicos do Salgueiro |
Biografia
editarBorriello é filho de italianos, cuja família passou a residir no interior de São Paulo.[1] Na adolescência, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estudou no Colégio Santo Inácio. Tem formação em belas artes e em desenho industrial.[1]
Foi cenógrafo da TV Globo, onde trabalhou em diversas produções da linha de shows, novelas e programas infantis.[2] Realizou trabalhos em novelas como Pai Herói, Marrom Glacê e Chega Mais.[3] Também trabalhou nos musicais infantis Pluct Plact Zum e Pirlim-Pim-Pim.[3] Como artista plástico, já expôs trabalhos em Nova York, Amsterdã e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.[2]
Como carnavalesco, ingressou na Acadêmicos do Salgueiro em 1992, onde produziu o enredo O Negro Virou Ouro nas Terras do Salgueiro.[2] No carnaval seguinte, em 1993, desenvolveu Peguei um Ita no Norte, seu maior êxito no carnaval carioca. Ajudou a escola a ser campeã do Grupo Especial, encerrando um período de 17 anos sem títulos.[4]
Ainda no ano de 1993, ajudou na criação dos figurinos da ópera Turandot, que foi encenada na Praça da Apoteose.[5]
Borriello não permaneceu no Salgueiro para o carnaval de 1994, voltando a desenvolver um enredo somente em 1995. Fora da folia carioca, trabalhou no São João de Caruaru, onde projetou um dos carros alegóricos para o desfile das quadrilhas.[6]
Assinou o desfile da Estácio de Sá de 1995, que homenageou o centenário do Clube de Regatas do Flamengo.[2] A escola terminou o carnaval em sétimo lugar.
Em 1996, assinou os figurinos da ópera Aída, encenada na Praça da Apoteose. Borriello fez uma parceria com Fernando Pamplona, responsável pela cenografia.[7]
Voltou ao Salgueiro em 1997, onde projetou o enredo De Poeta, Carnavalesco e Louco, Todo Mundo tem um Pouco, que terminou em sétimo lugar. Em 1998, assinou um enredo em homenagem ao Festival Folclórico de Parintins.[2]
Para o carnaval de 1999, acertou com a Império Serrano, onde fez o enredo Uma Rua Chamada Brasil.[8] Em 2000, assinou o enredo Pra Não Dizer que Não Falei das Flores, da União da Ilha, baseando-se na composição de Geraldo Vandré.[2]
Borriello voltou ao carnaval em 2003, com a Porto da Pedra, onde fez o enredo Os Donos da Rua, Um Jeitinho Brasileiro de Ser.[2] Em 2004, foi o escolhido para ser o responsável pela decoração das ruas do Rio de Janeiro para o carnaval daquele ano.[9] Comentou ainda o desfile das campeãs daquele ano para a TV Bandeirantes.[10] Esteve à frente do enredo De Sol a Sol, a Soja... Um Negócio da China, pela Tradição, em 2005.[2] Seu último desfile foi em 2008, com 100 anos de imigração japonesa no Brasil - Tem pagode no Maru, pela Porto da Pedra.[11]
O carnavalesco morreu no dia 11 de março de 2023, aos 77 anos. Ele estava internado no Hospital Casa Rio Botafogo, sendo vítima de uma infecção generalizada.[3]
Premiações
editar- 1993 - Melhor enredo (Salgueiro - "Peguei um Ita no Norte") [12]
- ↑ a b «Mario Borriello». Dicionário Cravo Albin. Consultado em 22 de maio de 2023
- ↑ a b c d e f g h «O genial Mário Borriello! | Tribuna de Petrópolis». Consultado em 22 de maio de 2023
- ↑ a b c «Morre no Rio o carnavalesco Mário Borrielo». G1. 12 de março de 2023. Consultado em 22 de maio de 2023
- ↑ «Mário Borriello: o carnavalesco campeão de 1993 gosta da Tijuca e da Barra, reclama da rede hospitalar da cidade e sonha ver o Salgueiro em Nova Iorque». Jornal do Brasil. 27 de fevereiro de 1993. Consultado em 21 de maio de 2023
- ↑ «Carnaval para 'Turandot'». Jornal do Brasil. 16 de setembro de 1993. Consultado em 21 de maio de 2023
- ↑ «Caruaru, capital do forró, tem quaresma junina». Jornal do Brasil. 15 de junho de 1994. Consultado em 21 de maio de 2023
- ↑ «Dois dias de apoteose para Aída». Jornal do Brasil. 11 de outubro de 1996. Consultado em 21 de maio de 2023
- ↑ «Tentando a sorte na 46». Jornal do Brasil. 14 de fevereiro de 1999. Consultado em 21 de maio de 2023
- ↑ «Hildegard Angel». Jornal do Brasil. 17 de janeiro de 2004. Consultado em 21 de maio de 2023
- ↑ «SAMBARIO - O site dos sambas-enredo». www.sambariocarnaval.com. Consultado em 22 de maio de 2023
- ↑ «Porto da Pedra». www.sambariocarnaval.com. Consultado em 22 de maio de 2023
- ↑ «Salgueiro: Quatro Estandartes». O Globo. 24 de fevereiro de 1993. p. 10. Consultado em 21 de agosto de 2019. Arquivado do original em 21 de agosto de 2019