Invasão de Anjuã de 2008
A invasão de Anjuã (ou Operação Democracia nas Comores),[5][6] em 25 de março de 2008, foi um assalto anfíbio liderado pelas Comores, apoiado pelas forças da União Africana (UA), incluindo tropas do Sudão, Tanzânia, Senegal, juntamente com apoio logístico da Líbia e da França. O objetivo da invasão foi o de derrubar a liderança do coronel Mohamed Bacar, em Anjuã, uma parte insular da União das Comores, quando se recusou a renunciar depois de uma disputada eleição de 2007, desafiando o governo federal e a UA. O arquipélago das Comores, no Oceano Índico, teve uma história fragmentada desde a independência da França, passando por mais de 20 golpes ou tentativas de golpes.[7]
Invasão de Anjuã de 2008 | ||||
---|---|---|---|---|
Mapa da invasão de Anjuã | ||||
Data | 25–26 de março de 2008 | |||
Local | Anjuã, Comores | |||
Desfecho | Vitória de Comores/União Africana e substituição do governo de Anjuã | |||
Beligerantes | ||||
| ||||
Comandantes | ||||
| ||||
Forças | ||||
| ||||
Baixas | ||||
|
A invasão ocorreu na madrugada de 25 de março de 2008. As principais cidades foram rapidamente invadidas e a ilha foi declarada sob o controle das forças invasoras no mesmo dia. Mohamed Bacar conseguiu fugir para Mayotte em 26 de março e pediu asilo político. Ele foi posteriormente mantido em custódia lá pela administração francesa e levado para a ilha de Reunião. Em 15 de maio, a França rejeitou o pedido de asilo de Bacar, mas o gabinete de refugiados francês decidiu que o líder deposto não poderia ser extraditado para os Comores devido ao risco de perseguição.[8]
Um analista francês afirmou que a União Africana esperava uma vitória relativamente fácil em Anjuã para obter prestígio internacional para compensar as dificuldades em missões no Sudão e na Somália.[9]
Em 1997, o separatismo da ilha tinha confrontado o governo central e este reagiu enviando uma guarnição de 200 a 300 soldados para subjugar e assegurar a estabilidade da ilha.[10]
- ↑ AFP (25 de março de 2008). «African forces invade rebel Comoros island». ReliefWeb. Consultado em 1 de outubro de 2008
- ↑ AFP (27 de março de 2008). «Bacar has asked for asylum in France». France 24. Consultado em 1 de outubro de 2008
- ↑ a b «Comoros: Military action irreversible». Integrated Regional Information Networks Africa. 14 de março de 2008. Consultado em 30 de setembro de 2008
- ↑ Amir, Ahmed Ali (27 de março de 2008). «Comoros rebel leader flees to French-run island». Mail & Guardian. Consultado em 2 de março de 2011
- ↑ «Troops head for Comoros island». Al Jazeera. 24 de março de 2008. Consultado em 1 de outubro de 2008
- ↑ Goujon, Emmanuel; AFP (24 de março de 2008). «AU troops move towards rebel Comoros island». France 24. Consultado em 1 de outubro de 2008. Arquivado do original em 24 de fevereiro de 2009
- ↑ «Anti-French protests in Comoros». BBC. 27 de março de 2008. Consultado em 2 de outubro de 2008
- ↑ «Comoran rebel asylum plea refused». BBC News. 15 de maio de 2008. Consultado em 1 de outubro de 2008
- ↑ Reuters (24 de março de 2008). «Leaflets dropped on Anjouan to warn of attack». France 24
- ↑ Uppsala conflict data expansion. Non-state actor information. Codebook Arquivado em 21 de janeiro de 2012, no Wayback Machine. pp. 287; 353. Em 1975 as Comores obtiveram a independência sob mandato de Ali Solilih, que foi derrubado três anos depois por Ahmed Abdallah Abderramane, que se manteve no poder apoiado por Bob Denard e seus 300 a 700 mercenários que passaram a constituir a Guarda Presidencial (o exército tinha por seu lado apenas 1000 membros). Em 1989 Abdallah foi assassinado e Denard foi para o exílio.