Harpia
As harpias (em grego, αρπυια) são criaturas da mitologia grega, frequentemente representadas como aves de rapina com rosto de mulher e seios[1]. Na história de Jasão, as harpias foram enviadas para punir o cego rei trácio Fineu, roubando-lhe a comida em todas as refeições[2]. Os argonautas Zetes e Calais, filhos de Bóreas e Orítia, libertaram Fineu das hárpias, que, em agradecimento, mostrou a Jasão e os argonautas o caminho para passar pelas Simplégades[2]. Eneias e seus companheiros, depois da queda de Troia, na viagem em direção à Itália, pararam na ilha das harpias; mataram animais dos rebanhos delas, atacaram-nas quando elas roubaram as carnes, e ouviram de uma das harpias terríveis profecias a respeito do resto da sua viagem.[3]
Segundo Hesíodo, as harpias eram irmãs de Íris, filhas de Taumante e a oceânide Electra, e seus nomes eram Aelo (a borrasca), Celeno (a obscura) e Ocípete (a rápida no voo)[4]. Higino lista os filhos de Taumante e Electra como Íris e as harpias, Celeno, Ocípete e Aelo[5], mas, logo depois, dá as harpias como filhas de Taumante e Oxomene[1].
As harpias são referidas na Eneida de Virgílio como residindo nas Estrófades, um pequeno arquipélago do mar Jónico,[6] à entrada do Orcus,[7] ou numa gruta em Creta, por Apolónio.[8]
Aelo
editarAelo (Ἀελλώ) é uma harpia cujo nome em grego significa "a borrasca".
Ocípete
editarOcípete (Οκύπητη) é uma harpia cujo nome em grego significa "a rápida no voo".
Celeno
editarCeleno (Κελαινώ) é uma harpia cujo nome em grego significa "a obscura". Também é chamada de Podarge (Ροδάργη). Em outras versões em vez de harpia, Celeno uma das sete plêiades, filha de Atlas e Pleione.
Mitologia japonesa
editarNa mitologia japonesa, as harpias são seres que forçam as almas a entrar no barco do rio Estige.
Ver também
editarReferências
editar- ↑ a b Higino, Fabulae, XIV, Argonautas reunidos
- ↑ a b Higino, Fabulae, XIX, Fineu
- ↑ [ Bulfinch, Thomas , O Livro de Ouro da Mitologia: Histórias de Deuses e Heróis, Ediouro
- ↑ Hesíodo, Teogonia, 265-269
- ↑ Higino, Fabulae, Prefácio
- ↑ Virgílio. Eneida, Livro 3.210
- ↑ Virgílio. Eneida, Livro 6.289
- ↑ Apolónio. Argonautica, Livro 2.298