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Ellora é um sítio arqueológico da Índia, chamado localmente Verul, afamado por suas 34 cavernas artificiais escavadas ao longo de 2 km nos montes Charanandri para criação de templos e mosteiros budistas, hinduístas e jainistas. O sítio está localizado a cerca de 30 km da cidade de Aurangabade, no estado de Maarastra.

Grutas de Ellora 

Templo de Kailasa, gruta 16

Critérios (i) (iii) (vi)
Referência 243 en fr es
País Índia
Coordenadas 20° 01′ 35″ N, 75° 10′ 45″ L
Histórico de inscrição
Inscrição 1983

Nome usado na lista do Património Mundial

O grupo de templos foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1983, e representa a epítome deste estilo de arquitetura na Índia. A construção ocorreu entre os séculos V e XIII, e compreende 12 grutas budistas, 17 hinduístas e 5 jainistas.

História

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As grutas budistas (1 a 12) são as mais antigas, tendo sido escavadas entre os séculos V e VIII, quando a corrente maaiana floresceu na região. As hinduístas (13 a 29) foram criadas entre os séculos VII e X, e incluem o famoso templo de Kailasa, cuja construção se deve possivelmente ao rei Krishna I. Por fim, as jainistas datam de entre os séculos X e XIII. Ao longo do tempo a região caiu em relativa obscuridade, embora haja relatos históricos de viajantes mencionando a magnificência do conjunto. A proximidade de tantos templos pertencentes a religiões diversas atesta a harmonia e tolerância religiosa que reinava na época de sua construção.

Atualmente o sítio é administrado e protegido pelo governo da Índia, que executa ações periódicas de preservação no patrimônio arquitetônico e artístico do sítio arqueológico, bem como subsidia diversos projetos de pesquisa em várias especialidades científicas de interesse para a sua conservação e programas de educação para estudantes.

Grutas budistas

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Gruta 10, mostrando uma galeria com a imagem de Buda

Principalmente compreendendo viaras (mosteiros) de dois ou três andares, com séries de quartos, salas, galerias, cozinhas e outros aposentos. As mais notáveis são as grutas 5, 10 e 12, com fachadas ornamentadas por galerias e janelas, pátios internos e significativa estatuária. A gruta 12 é especialmente importante, sendo um enorme mosteiro em três andares, com um grande pátio defronte, e no interior existem grandes estátuas de Buda. A gruta 10 possui uma sala em forma de stupa, cujo teto foi entalhado de modo a simular obra em madeira. Ao fundo fica uma estátua monumental de Buda sentado em atitude de pregação.

Grutas hinduístas

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Gruta 29

As mais interessantes são a 15, 16 e 29. A gruta 15, Dasavatara, é uma caverna com dois andares, com grandes esculturas e painéis em relevo, ilustrando os avatares de Vixnu e entre outras cenas a morte de heróis e seres míticos, com fino detalhamento e formas vigorosas.

A gruta 16 é o templo de Kailasa, uma das mais importantes grutas-templo da Índia por suas proporções gigantescas, sua habilíssima decoração esculpida e pelo engenho arquitetônico demonstrado em sua construção, que significou a remoção de mais de 200 mil toneladas de rocha, em mais de 100 anos de trabalho. Possui um grande pátio de 82 x 46 m escavado na rocha viva, contra um paredão de 32 m de altura às suas costas. O templo consiste em um santuário principal para um lingam de Xiva, com estrutura sustentada por pilastras, com um pórtico e outros santuários anexos dedicados a deidades menores. A sua estatuária é considerada das mais ousadas e perfeitas em todo o patrimônio artístico indiano, segundo o relatório da UNESCO,[1] sendo especialmente digna de nota a representando Rama em ato de levantar o monte Kailash. As paredes são decoradas também com pinturas.

A gruta 21 (Ramesvara) tem pilares maciços ornamentados com figuras de devas e motivos vegetais. Outras esculturas que se salientam são as das deusas Ganga e Jamuna, e a de Xiva com quatro braços. A gruta 29, Dumar Lena, é uma grande escavação com um santuário para um lingam, uma série de grossos pilares e diversas esculturas, das quais a cena representando o casamento de Xiva com Parvati é das mais refinadas.

Grutas jainistas

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As últimas a serem construídas no complexo, criadas pela seita Digambara, as grutas jainistas se espelham nos modelos hindus das proximidades, igualmente com admirável decoração esculpida e remanescentes de belos painéis pintados, de grande importância para a história da arte da pintura na Índia. A arte que estas grutas contêm ilustra características específicas da ascética fé Jaina, com maior atenção ao detalhe e proporções arquitetônicas menos impositivas.

Referências
  1. UNESCO: Relatório Periódico de Solicitação à Convenção do Patrimonio Mundial.[1]
 
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