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Eduardo Prado Coelho

professor e escritor português (1944-2007)

Eduardo de Almeida do Prado Coelho (Lisboa, Santa Isabel, 29 de Março de 1944Lisboa, 25 de Agosto de 2007[1]) foi um professor, escritor e ensaísta português.

Eduardo Prado Coelho
Eduardo Prado Coelho
Eduardo Prado Coelho
Nome completo Eduardo de Almeida do Prado Coelho
Nascimento 29 de março de 1944
Lisboa, Portugal
Morte 25 de agosto de 2007 (63 anos)
Lisboa, Portugal
Nacionalidade Portugal Português
Cônjuge Maria Eduarda Ovelheira dos Reis Colares (1967, 1 filha)

Maria Teresa Alves Tocha (1979)
Maria da Conceição Campina Caleiro (1998)
Maria Manuel Viana

Ocupação Professor, escritor e ensaísta
Prémios Prémio P.E.N. Clube Português de Ensaio (1985)

Grande Prémio de Literatura Biográfica (1996)
Medalha de Mérito Cultural (1997)
Prémio Arco-íris (2004)

Magnum opus Tudo o que não escrevi

Biografia

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Filho do professor Jacinto de Almeida do Prado Coelho e de sua mulher Dália dos Reis de Almeida, cresceu em Lisboa e licenciou-se em Filologia Românica, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Na mesma instituição viria a obter o doutoramento, com uma tese intitulada A Noção de Paradigma nos Estudos Literários. Foi assistente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, entre 1970 e 1983. Em 1984 tornou-se professor associado da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Como professor convidado, leccionou ainda no Curso de Comunicação Social e Cultural da Universidade Lusófona, bem como no Departamento de Estudos Ibéricos da Universidade de Paris III.

Militante do Partido Comunista Português em 1974 e 1975 durante o Processo Revolucionário em Curso[2][3], Prado Coelho ocupou vários cargos públicos, tendo sido director-geral de Acção Cultural, organismo criado com a Revolução de Abril, entre 1975 e 1986, conselheiro cultural na Embaixada de Portugal em Paris, entre 1989 e 1999, comissário de Literatura e Teatro na Europália Portuguesa, em 1990, director da Delegação de Paris do Instituto Camões, entre 1997 e 1998, e representante de Portugal no Salon du Livre, em 2000. Além disso integrou o Conselho Directivo do Centro Cultural de Belém, o Conselho Superior do Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia e o Conselho de Opinião da RDP e da RTP.

Teve ampla colaboração em jornais e revistas e publicou uma crónica semanal no jornal Público até à data da sua morte. Da sua bibliografia ensaística, destacam-se Os Universos da Crítica, O Reino Flutuante, A palavra sobre a palavra, A letra litoral, A mecânica dos fluidos, A noite do mundo, além de um diário, intitulado Tudo o que não escrevi. Publicou nos seus últimos anos de vida Diálogos sobre a fé, com D. José Policarpo, e Dia Por Ama, com Ana Calhau. Em 1996 recebeu o Grande Prémio de Literatura Autobiográfica da Associação Portuguesa de Escritores, em 2004, o Grande Prémio de Crónica João Carreira Bom, e em 2004, o Prémio Arco-íris, da Associação ILGA Portugal, pelo seu contributo para a igualdade baseada na orientação sexual.

Casou pela primeira vez em Lisboa a 2 de Janeiro de 1967 com Maria Eduarda Ovelheira dos Reis Colares, de quem teve uma filha, a jornalista Alexandra Prado Coelho, e de quem se divorciou, casando ela pela segunda vez com Lauro António. Casou ele pela segunda vez na Figueira da Foz a 14 de Novembro de 1979 com Maria Teresa Alves Tocha, sem geração, e casou pela terceira vez em Cascais a 20 de Fevereiro de 1998 com Maria da Conceição Campina Caleiro, sem geração, de quem se divorciou para viver com a escritora Maria Manuel Viana, sua companheira até ao fim da vida.

Foi agraciado com os seguintes graus das Ordens Honoríficas portuguesas: Comendador da Ordem do Mérito (6 de Setembro de 1990), Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (9 de Dezembro de 1991) e Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (30 de Janeiro de 2006).[4]

  • O Reino Flutuante: exercícios sobre a razão e o discurso (1972)
  • A palavra sobre a palavra (1972)
  • Poesia, prosa, com Maria Alzira Seixo (1974)
  • Hipóteses de Abril (1975)
  • Poesia + Prosa: séculos XIX e XX, com Maria Alzira Seixo (1977)
  • A letra litoral: ensaios sobre a literatura e seu ensino (1979)
  • Os universos da crítica: paradigmas nos estudos literários (1982)
  • Vinte anos de cinema português: 1962-1982 (1983)
  • Pessoa-Soares e a cultura em língua francesa (1983)
  • A confissão de Eduardo ou o último a saber: notas para uma leitura de Sedução de José Marmelo e Silva (1984)
  • A mecânica dos fluídos: literatura, cinema, teoria (1984)
  • A "nouvelle critique" em Portugal (1984)
  • Os universos da crítica: paradigmas nos estudos literários (1987)
  • A noite do mundo (1987)
  • Tudo o que não escrevi: diário (1992)
  • Para Óscar Lopes (1996)
  • Uma homenagem a Óscar Lopes (1996)
  • O cálculo das sombras (1997)
Referências
  1. Eduardo Prado Coelho. In Infopédia Em linha. Porto: Porto Editora, 2003-2011. Consult. 2011-01-29
  2. Ruas Com História (29 de março de 2017). «Eduardo Prado Coelho, Professor, Escritor e Político, que nas décadas de 70 e 80, era muito conhecido por EPC, no dia em que faria 73 anos de idade, deixamos aqui esta pequena homenagem.». Ruas Com História. Consultado em 4 de maio de 2021 
  3. Joana Emídio Marques (28 de janeiro de 2016). «As polémicas de um escritor em contracorrente». Jornal Observador. Consultado em 4 de maio de 2021 
  4. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Eduardo Almeida do Prado Coelho". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 6 de agosto de 2020 

Ligações externas

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