[go: up one dir, main page]

 Nota: Se procura o sinal tipográfico, veja Chevron (tipografia).

A Chevron, com sede nos Estados Unidos, é uma das grandes empresas mundiais do ramo energético, especialmente petrolífero. É uma Supermajor, ou seja, uma das maiores empresas petrolíferas do mundo, integrando o chamado Big Oil — o lobby da energia —, que desfruta de grande poder econômico e influência política, particularmente nos Estados Unidos.[4] De acordo com uma pesquisa de 2019, a Chevron foi responsável pela emissão de 43,35 bilhões de toneladas de CO₂ entre 1965 e 2017, sendo a segunda empresa com as emissões mais altas do mundo, atrás apenas da Saudi Aramco.[5]

Chevron Corp.
Empresa de capital aberto
Cotação NYSE: CVX
Atividade Óleo e gás
Gênero Incorporation
Fundação 10 de setembro de 1879 (145 anos) como "Pacific Coast Oil Co."
Sede San Ramon, Califórnia
Área(s) servida(s) Mundo
Locais San Ramon, Estados Unidos
Los Angeles, Estados Unidos
São Paulo, Brasil
Rio de Janeiro, Brasil[1]
Buenos Aires, Argentina
Pessoas-chave Michael Wirth (CEO e Presidente)[2]
Empregados 42,595 (Mar./2021)[3]
Produtos Petróleo, gás natural e outras petroquímicas
Marcas
Ativos Baixa US$ 239.54 bilhões (2021)[3]
Lucro Aumento US$ 15.63 bilhões (2021)[3]
Faturamento Aumento US$ 162.47 bilhões (2021)[3]
Website oficial www.chevron.com

Em 2022, foi considerada a 16ª maior empresa dos EUA, segundo a Fortune.[6]

História

editar
 
Posto Texaco

A Chevron foi uma das empresas resultantes da divisão da Standard Oil Company. Era inicialmente conhecida como Standard Oil California, ou Socal. Fez parte do grupo conhecido como sete irmãs - as sete maiores empresas petrolíferas do início do século XX.

Em 1933, a Socal conseguiu a concessão do governo da Arábia Saudita para prospecção de petróleo no país. Em 1938, a empresa encontrou o que viria a ser a maior reserva de petróleo do mundo[7] e apoiou econômicamente a Alemanha Nazista.[8] Sua subsidiária, California-Arabian Standard Oil Company, viria a evoluir para a empresa Arabian American Oil Company ou Aramco (atualmente, Saudi Aramco).

Em 2001, fundiu-se com a Texaco, mudando seu nome para ChevronTexaco. Em maio de 2005, a empresa anunciou que retornaria a se chamar apenas Chevron.

Atividades

editar

As atividades da Chevron incluem extração e transporte de petróleo e gás natural; refinação de petróleo; produção e venda de produtos químicos e geração de energia. A Chevron afirma que, após a fusão com a Unocal Corporation, tornou-se a maior produtora de energia geotérmica do mundo todo.[9]

No Brasil

editar

A sede brasileira da empresa está localizada no Rio de Janeiro.[1] Em 2009 a Chevron vendeu para o Grupo Ultra os seus ativos fixos (postos de combustíveis).[10][11] A partir de 2012, todos os postos de combustíveis da Texaco deixaram de existir no Brasil, tornando-se postos Ipiranga.[12]

Em Angola

editar

Em Angola, encontra-se representada pela sua subsidiária Cabinda Gulf Oil Company Limited (CABGOC), detendo 100℅ do seu capital. A sua sede está localizada em Luanda. A Chevron iniciou as suas atividades em Angola no ano de 1954, quando a CABGOC realizou o primeiro estudo geológico de campo.[13]

Desastres ambientais

editar

Os efeitos locais das atividades da Chevron-Texaco nos últimos 30 anos têm sido desastrosos. A exploração petroleira no norte da Amazônia equatoriana é responsável pelo desmatamento de dois milhões de hectares. Mais de 650.000 barris de resíduos tóxicos foram derramados nas matas e rios. Metais pesados provenientes da exploração do petróleo contaminaram as fontes de água da região. Várias etnias indígenas, como os Cofanes, Sionas e Secoyas foram afetados até converterem-se em minorias em perigo de extermínio.[14]

De 1964 a 1990, a Texaco, pertencente à Chevron, despejou bilhões de galões de lixo tóxico na Amazônia equatoriana e depois foi embora. Apesar de condenada pela justiça do Equador, a Chevron tem feito uso de seu poderoso lobby e do seu departamento de relações públicas para intimidar seus críticos e se esquivar da responsabilidade pelo enorme desastre ambiental e humano que causou.

A Chevron disse várias vezes que se recusa a pagar pela limpeza da região, apesar da decisão judicial, dizendo que lutará até o fim.[15][16][17]

Em novembro de 2011, a Chevron foi responsável pelo vazamento de óleo na Bacia de Campos, estado do Rio de Janeiro, em razão da abertura de fissuras durante atividades de perfuração. Estima-se que a mancha de óleo tenha alcançado 18 km de extensão, cobrindo uma área de 11,8 km².[18]

Referências
  1. a b «Institucional | Nossa história no Brasil». Chevron Brasil 
  2. «Chevron names Michael Wirth chairman and CEO». MSNBC (em inglês). 28 de setembro de 2017. Consultado em 16 de julho de 2022 
  3. a b c d «2021 Fourth Quarter Report» (PDF) (em inglês). Chevron. 28 de janeiro de 2022. Consultado em 16 de julho de 2022 
  4. Inside the Big Oil Game. Time, 7 de maio de 1979.
  5. «Revealed: the 20 firms behind a third of all carbon emissions». The Guardian (em inglês). 9 de outubro de 2019. Consultado em 17 de julho de 2022 
  6. «500 maiores empresas dos EUA tiveram lucro recorde de US$ 1,84 trilhão em 2021, diz revista». G1. Consultado em 25 de outubro de 2022 
  7. «The King of Giant Fields». Consultado em 5 de junho de 2013 
  8. A People’s History of the United States
  9. Chevron claims energy debate. BBC News. 19 de fevereiro de 2006. Acessado dia 22 de novembro de 2007.
  10. «Ultra compra a Texaco por R$ 1,16 bilhão». Folha de S.Paulo. 15 de agosto de 2008. Consultado em 17 de julho de 2022 
  11. «Grupo Ultra conclui aquisição dos postos Texaco» . Folha de S.Paulo. 31 de março de 2009. Consultado em 17 de julho de 2022 
  12. «Dona da Ipiranga compra postos da Texaco no Brasil por R$ 1,16 bilhões». Gazeta do Povo. 14 de agosto de 2008. Consultado em 17 de julho de 2022 – via Reuters 
  13. «Institucional | Nossa história em Angola». Chevron Angola 
  14. Beristain, Carlos Martín; Rovira, Darío Páez; Fernández, Itziar. Las palabras de la selva - Estudio psicosocial del impacto de las explotaciones petroleras de Texaco en las comunidades amazónicas de Ecuador. Instituto Hegoa. Bilbao: Zubiria Etxea. UPV/EHU. (em castelhano)
  15. Ecuador Amazon oil: Legal battle far from over. Por Irene Caselli. BBC, 1° de março de 2011.
  16. Vídeo: Servio Curipoma arrives in New York to tell his story (em espanhol, com legendas em inglês). Por Mitch Anderson. Amazon Watch, 18 de maio de 2011.
  17. Accompanying Servio to Chevron's "Alternate Reality" (em inglês). Por Alex Goff. Amazon Watch, 3 de junho de 2013.
  18. Chevron está 'envergonhada' por vazamento, diz superintendente. G1, 30 de novembro de 2011.

Ligações externas

editar