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Agujaceratops (que significa "Rosto com chifre da Aguja") é um gênero de dinossauros ceratopsídeos casmossauríneos que viveram durante o período Cretáceo (final da fase Campaniano) onde agora é o Texas. Originalmente conhecido como Chasmosaurus mariscalensis e descrito por Lehman em 1989, ele foi transferido para um novo gênero por Lucas, Sullivan e Hunt em 2006. Atualmente, duas espécies foram identificadas, a espécie-tipo A. mariscalensis e a A. mavericus, descrita em 2016.

Agujaceratops
Intervalo temporal: Cretáceo Superior
77 Ma
Crânio de holótipo parcial, Museu de Ciência e História Natural do Texas
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Dinosauria
Clado: Ornithischia
Clado: Neornithischia
Subordem: Ceratopsia
Família: Ceratopsidae
Subfamília: Chasmosaurinae
Gênero: Agujaceratops
Lucas, Sullivan & Hunt, 2006
Espécie-tipo
Agujaceratops mariscalensis
(Lehman, 1989)
Espécies
  • A. mariscalensis (Lehman, 1989)
  • A. mavericus Lehman et al., 2016
Sinónimos

Agujaceratops era um ceratopsídeo relativamente grande, com cerca de 4,3 metros de comprimento e uma massa corporal de uma tonelada e meia. Como um casmossauríneo, era herbívoro e quadrúpede. Possuía uma chifre nasal curto e um babado (ou folho) em forma similar a um coração.

Este dinossauro fazia parte da fauna da Formação Aguja, uma área adjacente ao Mar Interior Ocidental que possivelmente representava uma região pantanosa.

Descoberta

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Chifre da testa Agujaceratops mariscalensis

Em 1938, três leitos ósseos de dinossauros foram escavados e o material ceratopsiano foi coletado pelo Parque Nacional de Big Bend (Texas) por William Strain. Este material foi estudado por Lehman em 1989 e denominado Chasmosaurus mariscalensis.[1][2] Sabe-se apenas do holótipo UTEP P.37.7.086 é um crânio adulto parcial que inclui uma caixa craniana, maxila esquerda e mandíbula direita. O material adicional foi associado com o holótipo, mas não são considerados parte do mesmo. Todos os espécimes de Agujaceratops foram coletados na região superior da Formação Aguja, datando de 75-73.5 milhões de anos atrás, no Parque Nacional de Big Bend, Condado de Brewster.[1][2][3]

Originalmente descrito como Chasmosaurus mariscalensis por Lehman em 1989, análises subsequentes resultaram na colocação do táxon em seu próprio gênero. Agujaceratops foi nomeado por Spencer G. Lucas, Robert M. Sullivan e Adrian Hunt em 2006, e a espécie-tipo é Agujaceratops mariscalensis.[2]

Mais tarde, Lehman e colegas revisitaram o material do Agujaceratops e encontraram variações substanciais. Eles descreveram o crânio da Rattlesnake Mountain como uma nova espécie, Agujaceratops mavericus.[3]

Descrição

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Tamanho comparado de Agujaceratops mariscalensis com humano
 
Restauração do animal em vida

Agujaceratops era um ceratopsídeo relativamente grande, atingindo 4,3 metros de comprimento e 1,5 toneladas de massa corporal.[4] Era semelhante a outros casmossauríneos, como Pentaceratops, por ter um chifre nasal curto, chifres longos na testa e um babado alongado circundado por pequenos chifres. A parte de trás do babado tem um entalhe forte, como em Pentaceratops e Chasmosaurus, dando-lhe um formato de coração, com três ou quatro pares de chifres semelhantes a espinhos. As bordas do babado apresentam numerosos chifres baixos e rombos, dando-lhe uma aparência fortemente recortada. Os chifres da testa são orientados para cima e para fora e curvam-se para trás na vista lateral.[3]

Duas espécies são conhecidas, Agujaceratops mariscalensis e A. mavericus. A. mariscalensis tem chifres de testa mais curtos e um babado mais curto.[3]

Classificação

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Agujaceratops é classificado na família Ceratopsidae e na subfamília Chasmosaurinae.[3] É similar ao Pentaceratops e ao Chasmosaurus. Seu folho curto sugere que provavelmente não era um antepassado do Pentaceratops.[5]

A mais recente análise de Chasmosaurinae realizada por Sebastian Dalman, Spencer G. Lucas, Steven E. Jasinski e Nicholas R. Longrich em 2022, na reanálise do gênero Sierraceratops, buscou atualizar os dados de táxons casmossauríneos do sul de Laramidia e posicionou as duas espécies de gêneros em ramos distintos. A espécie Agujaceratops mariscalensis foi considerada mais basal e próxima a Chasmosaurus, enquanto a espécie A. mavericus é considerada mais derivada e próxima a Pentaceratops.[6]

Chasmosaurinae

Mercuriceratops

Judiceratops

Chasmosaurus

Agujaceratops mariscalensis

Mojoceratops

Agujaceratops mavericus

Pentaceratops aquilonius

Casmossauríneo da Formação Williams Fork

Pentaceratops sternbergii

Utahceratops

Navajoceratops

Terminocavus

Kosmoceratops

Spiclypeus

Bisticeratops

Casmossauríneo da Formação Almond

Anchiceratops

Bravoceratops

Coahuilaceratops

Sierraceratops

Arrhinoceratops

Triceratopsini

Paleoecologia

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Restos de Agujaceratops foram descobertos na Formação Aguja, no Texas. Esta formação geológica é datada do andar Campaniano do Cretáceo Superior. Na época, a região representada pela formação ficava ao longo da margem ocidental do Mar Interior Ocidental.[7] Lehman acredita que o habitat do Agujaceratops (pelo menos quando o material fóssil foi encontrado) pode ter sido em um pântano, devido à natureza dos sedimentos.[1]

Notas
Referências
  1. a b c Lehman, T. M. (1989). «Chasmosaurus mariscalensis, sp. Nov., a new ceratopsian dinosaur from Texas». Journal of Vertebrate Paleontology. 9 (2): 137–162. Bibcode:1989JVPal...9..137L. doi:10.1080/02724634.1989.10011749 
  2. a b c Spencer G. Lucas, Robert M. Sullivan and Adrian Hunt (2006). «Re-evaluation of Pentaceratops and Chasmosaurus (Ornithischia: Ceratopsidae) in the Upper Cretaceous of the Western Interior» (PDF). New Mexico Museum of Natural History and Science Bulletin. 35: 367–370 
  3. a b c d e Lehman, T.M.; Wick, S.L.; Barnes, K.R. (2016). «New specimens of horned dinosaurs from the Aguja Formation of West Texas, and a revision of Agujaceratops». Journal of Systematic Palaeontology (em inglês). 15 (8): 641–674. doi:10.1080/14772019.2016.1210683 
  4. Paul, G. S. (2016). The Princeton Field Guide to Dinosaurs 2 ed. Princeton: Princeton University Press. 297 páginas. ISBN 978-0-691-16766-4 
  5. Dodson, P. (1996). The Horned Dinosaurs. Princeton, New Jersey: Princeton University Press. ISBN 0-691-05900-4 
  6. Dalman, S.G.; Lucas, S.G.; Jasinski, S.E.; Longrich, N.R. (2022). «Sierraceratops turneri, a new chasmosaurine ceratopsid from the Hall Lake Formation (Upper Cretaceous) of south-central New Mexico». Cretaceous Research. 130: Artigo 105034. Bibcode:2022CrRes.13005034D. doi:10.1016/j.cretres.2021.105034. Arquivado do original em 7 de janeiro de 2022 
  7. Fowler, Denver Warwick (22 de novembro de 2017). «Revised geochronology, correlation, and dinosaur stratigraphic ranges of the Santonian-Maastrichtian (Late Cretaceous) formations of the Western Interior of North America». PLOS ONE (em inglês). 12 (11): e0188426. Bibcode:2017PLoSO..1288426F. ISSN 1932-6203. PMC 5699823 . PMID 29166406. doi:10.1371/journal.pone.0188426  
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Ligações externas

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