Óxido de mercúrio(II)
Óxido de mercúrio(II), também chamado óxido mercúrico, tem fórmula HgO e uma massa molecular de 216.6. Possui coloração vermelha ou amarelo-alaranjado, apresentando-se como um sólido a temperatura e pressão ambiente. Sua forma mineral montroidita é encontrada muito raramente.
Historia
editarEm 1774, Joseph Priestley descobriu que oxigênio era liberado pelo aquecimento de óxido mercúrico, embora ele não tenha identificado o gás como oxigênio (posteriormente, Priestley chamou-o "ar deflogisticado", que era o paradigma em que se estava trabalhando naquela época.)[2]
Síntese
editarA forma vermelha do HgO pode ser produzida pelo aquecimento de Hg em oxigênio a aproximadamente 350 °C, ou por pirólise de Hg(NO3)2.[3] A forma amarela pode ser obtida pela precipitação de Hg2+ aquoso com álcali.[3] A diferença na coloração é devida ao tamanho das partículas, ambas as formas tendo a mesma estrutura de unidade próximo ao linear de O-Hg-O unidas em cadeias em zig-zag com um ângulo O-Hg-O de 108°.[3]
Estrutura
editarSob pressão atmosférica o óxido mercúrico tem duas formas cristalinas: uma é chamada montroidita (ortorômbica, 2/m 2/m 2/m, Pnma), e a segunda é análoda ao sulfeto metálico cinábrio (hexagonal, hP6, P3221); ambos são caracterizados pelas cadeias Hg-O.[4] A pressões acima de 10 GPa ambas estruturas convertem-se em uma forma tetragonal.[5]
- ↑ a b c d e Catálogo da Merck Óxido de mercúrio(II) acessado em
- ↑ Almqvist, Ebbe (2003). History of Industrial Gases. [S.l.]: Springer. p. 23. ISBN 0-306-47277-5
- ↑ a b c Greenwood, Norman N.; Earnshaw, Alan (1997). Chemistry of the Elements (2nd ed.). Butterworth–Heinemann. ISBN 0080379419.
- ↑ Aurivillius, Karin; Carlsson, Inga-Britt; Pedersen, Christian; Hartiala, K.; Veige, S.; Diczfalusy, E. (1958). «The Structure of Hexagonal Mercury(II)oxide.». Acta Chemica Scandinavica. 12: 1297–1304. doi:10.3891/acta.chem.scand.12-1297. Consultado em 17 de novembro de 2010
- ↑ «Mercury oxide (HgO) crystal structure, physical properties». Landolt-Börnstein – Group III Condensed Matter. 41B. [S.l.]: Springer-Verlag. 1999. pp. 1–7. ISBN 978-3-540-64964-9. doi:10.1007/b71137 Em falta ou vazio
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