O código da nobreza: A provocante jornada da essência humana
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Sobre este e-book
Muitas pessoas acreditam que a vida é uma constante busca por conforto. Que todas as nossas escolhas devem estar pautadas nisso, em aconchego e bem-estar. Há também quem acredite que muitos jovens se cansam facilmente e evitam o trabalho. Outros acreditam que a tradição que os mais velhos querem manter é, tantas vezes, considerada um atraso pelos mais jovens.
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O código da nobreza - Roberto Tranjan
1
Quem você pensa que é?
Em plena Serra do Itapetinga, em meio à exuberante natureza, eu me recolho a uma pousada para escrever o novo livro. Tenho um indício na cabeça sobre o tema a tratar, muitas indagações e algumas confirmações.
O início de uma obra é sempre penoso, ao menos para mim, embora tenha escrito uma dezena. Preciso do isolamento para que as ideias floresçam, enquanto penso de dia, de tarde e à noite em como transportá-las para o texto de uma forma interessante. Escrevo, inclusive, enquanto não escrevo, nas caminhadas matinais e durante as pausas; e escrevo enquanto escrevo, diante do computador ou do papel, a lápis ou à caneta.
Costumo levar comigo um bloco de notas para que as ideias não me escapem. Pois, em certa manhã, no horário do café, após a caminhada de praxe, um jovem se aproxima, enquanto eu tomo notas.
— Bom dia! Vejo que o senhor está sempre escrevendo. É escritor? — pergunta, curioso.
— Sim — respondo, adivinhando a idade denunciada pelas espinhas no rosto.
— Não tenho o hábito de ler, muito menos de escrever — ele admite, sem nenhum constrangimento. — Gosto mesmo é de games.
— Ler e escrever são, também, jogos, mas de outra natureza. Ou seja, penso que me divirto tanto quanto você — eu comento, sorrindo.
Ele se chama Gael e veio hospedar-se durante as férias com seu pai, que teve de ir embora dias atrás, às pressas. Um desfalque na empresa dele o obrigara a verificar o que estava acontecendo, a fim de sanar os prejuízos. Deixou Gael à espera de seu retorno. A reserva havia sido feita há meses e o pai não queria perder o dinheiro. Enquanto aguarda, Gael está aproveitando para se divertir nos dias frios de julho naquele local agradável, onde poderia realizar várias atividades respirando o ar saudável das montanhas.
Todas as vezes em que eu o avisto, porém, o garoto está mergulhado no smartphone ou jogando no seu console. Parece que toda aquela exuberância natural não o atrai.
— E sobre o que o senhor está escrevendo?
— A respeito da nobreza.
— Um livro sobre a aristocracia? Estudei na escola.
— Não exatamente! Estou escrevendo sobre a nobreza humana, que está em você e em mim.
— Penso que nobreza tem a ver com pessoas endinheiradas. No condomínio onde moro, existem muitas.
Ele mora com sua mãe e a irmã mais velha, que durante o presente ano faz intercâmbio no Canadá. Fico sabendo, também, da separação de seus pais. Por essa razão e para compensar a pouca presença, ele viera com seu pai para a pousada com a intenção de desfrutarem do convívio um do outro.
Eu o convido para sentar-se à mesa comigo.
— E você, Gael, qual vai ser a sua profissão?
— Não sei ainda, mas imagino tipo trabalhar no mercado financeiro. Quero viajar pelo mundo e conhecer uma porção de lugares — responde, enquanto examina o smartphone.
— Viajar é muito bom — digo —, por isso gosto de escrever.
— Acho legal ser escritor, mas você deve se sentir muito sozinho.
— Os livros são bons amigos, e as melhores viagens que já fiz foram por meio da leitura ou da escrita. Existem vários jeitos de viajar.
Gael dá de ombros e volta a espiar o smartphone, na expectativa de encontrar alguma novidade.
— Gosta de novidades? — pergunto, tentando capturar a sua atenção.
— Tem sempre coisas novas no smartphone. Eu gosto de saber sobre os jogos que estão sendo lançados e tals.
— E qual o tipo de que mais gosta?
— Daqueles de luta e dos que consigo interagir como um avatar. Assim posso me transformar em vários outros seres. É muito louco.
— Imagino que seja mesmo divertido. E aposto que vai se divertir ainda mais com o código de nobreza.
— Código de nobreza? O que é isso?
— Depois lhe conto, mas agora tenho de ir, está na hora de me dedicar à escrita. Assim que nos encontrarmos de novo, podemos conversar mais. Tchau.
— Falô! — responde, curioso, dessa vez desviando o olhar para mim.
Quando chego ao chalé, a camareira está concluindo a arrumação.
— Bom dia, Dona Alice!
— Bom dia! Desculpe… os livros desabaram enquanto eu limpava a estante. Não sei se coloquei na ordem em que estavam.
— Acontece, não se preocupe.
— Quando recolhi, vi que um deles é de sua autoria.
— Sim, este é o meu lançamento mais recente — informo, enquanto mostro a capa.
— Então o senhor é escritor?
— Sim — comento —, e estou a trabalho. Por isso toda essa papelada ao redor do computador.
— Minha filha sonha em ser escritora — revela Dona Alice, seguindo na arrumação.
— Como ela se chama? — pergunto, ao rearranjar meu local de trabalho.
— Hanna.
— E quantos anos ela tem?
— Vai completar catorze no mês que vem.
— E já está certa quanto à profissão? Uma raridade entre os jovens hoje em dia.
— Ela adora escrever — responde, orgulhosa. — Mas tenho receio de que não seja a melhor escolha. Ouço dizer que só os escritores famosos conseguem viver da profissão.
— Tem um tanto de verdade nisso — admito, rindo com o comentário.
— O custo de vida está alto. Precisamos de ajuda para compor a renda lá em casa.
Confirmo com a cabeça, enquanto ligo o computador.
— Sem querer chatear, o senhor se importaria de conversar com ela sobre essa profissão?
— Será um prazer.
— Ela está de férias escolares, vou trazê-la comigo amanhã.
— Diga à Hanna para me procurar no café da manhã.
— Obrigada — murmura Dona Alice, exibindo um sorriso belo e largo, os dentes alvos contrastando com a pele negra.
Contemplo, pela janela do chalé, a mata molhada, os pingos da chuva escorrendo pelo telhado da varanda, atento ao silêncio e à calma ao redor.
Enquanto espero aquecer as ideias, examino as árvores, suas várias espécies, os formatos dos troncos, galhos, folhagens e os múltiplos matizes de verde. Não tarda para que o sol resolva mostrar a sua cara e clarear, ainda com timidez, a relva e as copas.
Uma, em especial, chama a minha atenção. Há algo nela que não consigo descrever. Algo diferente de tudo ao redor, uma certa nobreza.
Uma indagação me vem à mente: quem você pensa que é?
Alguém já a escutou explicitamente, vinda de outrem, mas também pode ser feita em nosso íntimo, e a resposta nem sempre é positiva.
Quem já se sentiu inferior, com receio de encarar outras pessoas? Quem já se sentiu menor, diante de um poder que parece intransponível? Quem já se sentiu inferior frente a pessoas que parecem ser maiorais? Quem já se submeteu por medo? Quem já concordou discordando ou discordou concordando? Quem já foi barrado no baile
? Afinal: quem já se deparou com a pergunta quem você pensa que é?
?
Se você não passou por nenhuma das afrontas sugeridas, peço que faça ao menos um exercício de empatia imaginando-se um ser excluído, rejeitado ou desacatado como muitos que já passaram por essas e outras.
Quem você pensa que é?
A pergunta é emblemática e tende a colocar o indivíduo no seu devido lugar, isso ao olhar de quem ocupa uma posição privilegiada na hierarquia social e que, inadvertidamente, faz uso indevido do seu poder.
Bater de frente com o status quo pode ser uma luta inglória, pois nem sempre vale a pena. Existe, no entanto, algo que pode e deve ser feito: resgatar a nobreza que habita em todo ser humano.
Quem você pensa que é?
não é a pergunta certa e o melhor é evitar cair na armadilha de respondê-la. Sugiro substituí-la por outra. Vou apresentá-la oportunamente. Volto, então, a apreciar todo o mundo bucólico da natureza, sobretudo as árvores. Aquela que chamou a minha atenção oferta o que preciso para apaziguar o mundo de dentro.
Nem sempre essa conexão é saudável. Nem sempre o mundo de fora oferece a paz para que consigamos manter a centralidade. Ao contrário, ele nos tira do eixo com facilidade. Não é nada favorável à contemplação e à escrita. Por isso, o recolhimento. É uma maneira de reencontrar com o meu melhor e poder oferecer esse melhor por meio de palavras, sentenças e enredos, capazes de levar os leitores ao mesmo estado de espírito.
Quiçá!
2
Anos-luz
Hanna já me esperava quando chego para o café da manhã. Está compenetrada na leitura de um livro. Dou-lhe bom dia, ela sorri do mesmo jeito caloroso de sua mãe.
Embora de férias, está vestida formalmente como quem vai a uma celebração. Pergunto do que gosta para que eu possa servi-la.
