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Destino: O Herdeiro Alfa
Destino: O Herdeiro Alfa
Destino: O Herdeiro Alfa
E-book394 páginas6 horas

Destino: O Herdeiro Alfa

Nota: 3 de 5 estrelas

3/5

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Sobre este e-book

Eu, uma ômega sem loba, fui intimidada e desprezada pela alcateia.
Neste dia, cada lobo encontrou seu companheiro, e eu também.
Meu Companheiro era Noah, o futuro Alfa da Alcateia de Red Lake.
Quando ele soube que eu era sua Companheira, ele logo me rejeitou.
Porque eu era uma ômega inútil que não merecia ficar ao seu lado.
Ele reivindicou a filha de Beta, a bela do campus, e a beijou bem na minha frente.
Eu não sabia porque tinha que sofrer tanto, o que tinha feito de errado!
Nesse momento, a deusa da lua me deu esperança.
Eu descobri minha identidade oculta - uma curandeira.
"Eu, Carrot, da alcateia de Red Lake, rejeito você, Noah Howard, como meu companheiro."
"Como você ousa? Sua Ômega inútil."
"Porque eu sou uma curandeira, e o Rei Alfa está atrás de mim."

IdiomaPortuguês
EditoraPublishdrive
Data de lançamento12 de jun. de 2023
Destino: O Herdeiro Alfa

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Avaliações de Destino

Nota: 3.2222222222222223 de 5 estrelas
3/5

9 avaliações3 avaliações

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A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

  • Nota: 1 de 5 estrelas
    1/5

    Nov 29, 2024

    Infelizmente não temeveria ter aviso ao iniciar a leitura final e nao tem e ebook complementar assim comoo a maioria.d
  • Nota: 3 de 5 estrelas
    3/5

    Jan 16, 2025

    A história é maravilhosa, envolvente, porém não tem final, não tem continuidade.

    1 pessoa achou esta opinião útil

  • Nota: 4 de 5 estrelas
    4/5

    Sep 7, 2024

    Ótimo, mas não tem fim e não acho a continuação.

    4 pessoas acharam essa opinião útil

Pré-visualização do livro

Destino - PopNovel

Índice

Chapter 1 Rejeição

Chapter 2 Uma Exibição Repugnante

Chapter 3 Entorpecida

Chapter 4 Louca Tentativa

Chapter 5 Rainha do Lixo

Chapter 6 Um voto de vingança

Chapter 7 A loba possessiva

Chapter 8 O que você é?

Chapter 9 Ponto de vista de Noah

Chapter 10 Companheira

Chapter 11 Rainha da noite

Chapter 12 Um acasalamento contratual

Chapter 13 O Convite

Chapter 14 Dormindo na Mesma Cama

Chapter 15 Cuidado com a Víbora

Chapter 16 O Príncipe Bastardo

Chapter 17 A Proposta da Rainha

Chapter 18 O Primeiro Sonho

Chapter 19 O Truque da Rainha

Chapter 20 De Joelhos

Chapter 21 Envenenada?

Chapter 22 Bêbada

Chapter 23 A Arte da Sedução

Chapter 24 Plano Maligno

Chapter 25 O Segredo de Sabrina

Chapter 26 Trama de Assassinato

Chapter 27 Reencontrando o Psicopata

Chapter 28 A Transformação

Chapter 29 Chantagem

Chapter 30 Sr. Ninguém

Chapter 31 Um Estranho Encontro - Parte I

Chapter 32 Um Estranho Encontro - Parte II

Chapter 33 A Verdade

Chapter 34 O Intruso

Chapter 35 Família

Chapter 36 Um Fim e um Começo

Chapter 37 Vazia

Chapter 38 Uma Híbrida

Chapter 39 Bruxa Espiritual

Chapter 40 Um Desejo Implacável

Chapter 41 A Marca Dele

Chapter 42 Festa de Aniversário

Chapter 43 Embate Entre Inimigos

Chapter 44 Em Chamas

Chapter 45 Dois Coelhos com uma Cajada

Chapter 46 Todos Cairão

Chapter 47 Dupla de Mal-educadas

Chapter 48 Jacqueline Bale

Chapter 49 O Preço da Lealdade

Chapter 50 As Irmãs

Chapter 51 Cenourinha

Chapter 52 A Confissão

Chapter 53 Orion - Conselheiro Amoroso

Chapter 54 Surpresa

Chapter 55 Tratado de Paz

Chapter 56 Eliza Bale

Chapter 57 Declaração de Amor

Chapter 1 Rejeição

Dizem que quando a vida te dá limões, você faz uma limonada, mas e se os limões estiverem podres? O que fazer, então? Uma pessoa mais otimista acharia algo útil para fazer com limões podres, mas não eu. Já estava cheio de só ter que lidar com coisas horríveis.

Mas que diabos é isso? Noah rosnou, seus olhos brilhando com despeito: Só pode tá brincando comigo. Que tipo de piada doentia e horrível é essa!? Ele gritou, chamando a atenção dos outros na nossa direção: Sua v*dia, o que você fez!? Ele me encarou com olhos avermelhados, que eu não pude evitar encarar.

O que tá acontecendo? As pessoas ao nosso redor sussurravam enquanto o filho do alfa me xingava, seus olhos brilhando com tanta malícia, que parecia que ele queria me enterrar viva.

Querido, o que foi? A loira ao seu lado perguntou com um beicinho, tentando chamar a atenção de volta para ela.

Saia de cima de mim! Ele deu de ombros e caminhou a frente, com passos decididos em minha direção.

Minhas pernas tremiam enquanto eu tentava fugir, mas meu corpo havia ficado bloqueado, fazia muito isso quando sentia perigo. Eu me tornei um coelho congelado, escondendo-se em uma concha artisticamente esculpida, aperfeiçoada ao longo dos anos, na qual entrava ao primeiro sinal de perigo, para poder me salvar.

Você não pode ser minha companheira. Ele sussurrou com raiva na minha cara, saliva voando por toda parte: Você não é boa o suficiente pra ficar ao meu lado. Suas palavras eram inaudíveis até para mim, que as pronunciou como se temesse que outra pessoa pudesse ouvir. Ele tinha vergonha de mim e eu não o culpava, pois também tinha vergonha de mim mesma.

Eu era uma pessoa vergonhosa. Era uma vergonha que, aos vinte anos, não tivesse a forma correspondente a uma loba e mais ainda como permitia que essas pessoas me lançassem de um lado para o outro, sem revidar.

Eu não posso te aceitar, Noah rosnou na minha cara, seu hálito cheirando a álcool.

Tudo bem, respondi com um encolher de ombros, escondendo a angústia que rasgava minhas entranhas.

Era o meu pior pesadelo acontecendo bem diante de mim. Havia sonhado por tanto tempo em encontrar meu companheiro, mas sem ter uma loba, eu sabia que as chances de rejeição eram altas. No entanto, isso não significava que eu não tinha esperanças. Companheiros são duas partes de um todo. Companheiros predestinados não se rejeitam, mas minha vida tinha mesmo que ser uma contradição.

Eu sei que não sou boa o suficiente, murmurei para Noah, que ainda respirava na minha cara: Eu entendo. Ele recuou, surpreso com a minha calma.

'O quê foi? Esperava que eu caísse aos seus pés e implorasse pra ser aceita? Eu tenho um pouco de orgulho, sabe? Posso ser uma ômega órfã e não ter loba, mas ainda tenho meu amor-próprio, por menor que seja', pensei.

Você... Noah gaguejou e em um minuto, seu rosto pálido ficou vermelho: Você não é... Seu hálito alcoólico irritou minhas narinas.

Querido, o que foi? Bella avançou e agarrou o braço de Noah, agarrando-se a ele.

Ele me lançou um olhar irritado, antes de agarrá-la pela cintura, puxá-la para seu peito e esmagar seus lábios contra os dela. A garota engasgou de surpresa, mas o puxou para mais perto, suas mãos se enredando em seu cabelo. As pessoas atrás assobiaram, mas ele manteve os olhos fixos em mim, enquanto beijava outra garota.

Não importa o quanto eu fingisse estar bem por fora, minhas entranhas estavam revirando-se e se contorcendo. Meu coração parecia estar sendo esfaqueado com uma faca cega, cortando e dilacerando, desacelerando por um momento, sendo quase impossível respirar. Com os olhos embaçados, observei os olhos de Noah se iluminarem, antes de fecharem, ao se envolver totalmente em beijar outra garota enquanto eu, sua companheira, observava.

Nenhum golpe jamais doeu tanto. Nenhum tapa, chute ou palavra dura até então havia me causado tanta dor.

Me virei, com o coração muito pesado para continuar assistindo a cena que acontecia diante de mim, mas quando o fiz, uma voz alta me fez parar.

Encontrei minha companheira! Noah gritou no corredor e eu fui tomada por silêncio. Atordoada, virei-me para olhá-lo.

Que truque será que ele tinha na manga?

Parabéns, Bella! Uma garota gritou ao lado deles: Você vai ser a Luna, como disse! Assim, as pessoas aplaudiram e a parabenizaram, sem perguntar com quem Noah estava pareado. Depois daquele ardente beijo, dado em público, não havia necessidade de perguntar.

A confusão brilhou nos olhos de Bella ao olhar para Noah, mas os olhos dele estavam fixos em mim, seus lábios puxados para o lado, enquanto observava minha reação. Seguindo seu olhar, ela me encarou e pude perceber seu sorriso desaparecer, ao mesmo tempo em que um olhar sombrio cruzava seus olhos e um frio cortante perfurava meu peito.

Isso mesmo, ela disse com uma voz fria: Eu sou a Luna do Noah. Ela levantou o queixo no ar e deu um sorriso altivo.

Noah, meu menino! O Alfa correu para o salão onde a festa de boas-vindas para seu filho estava em pleno andamento.

Mais cedo, os adultos haviam deixado o salão para os jovens' festejarem, mas naquele momento, o Alfa e sua Luna corriam para a festa para parabenizar seu filho por encontrar sua companheira. A Luna passou por mim, enquanto corria para abraçar Bella e eu ri baixinho, ninguém ouviu e foi tudo o que pude fazer naquela situação.

Eu deveria ser a parabenizada, não Bella, eu era a companheira de Noah, não ela, mas não podia dizer isso. Ele mesmo havia dito que eu não merecia ficar ao seu lado e estava certo. Havia acabado de retornar da universidade, onde passou os últimos cinco anos sendo educado para assumir a alcateia. O lugar de uma garota como eu não era ao seu lado, e Bella era mais adequada. Era a filha do Beta, uma garota bonita com um corpo maravilhoso, uma atitude legal e o mais importante, uma loba beta. E quanto a mim? Eu não era ninguém.

Lágrimas escorriam pelo meu rosto, quando saí do corredor, e tentei me convencer de que isso era o melhor. Mesmo que Noah me aceitasse, sua família não me aceitaria e a alcateia nunca me respeitaria. Eu não nasci para ser uma Luna, eu sabia disso, mas as lágrimas não paravam.

Por que havia doído tanto? Por que meus limões têm um gosto tão ruim? Com quantas rejeições mais eu teria que lidar na minha vida? Meu pai me rejeitou, minha mãe, minha alcateia e agora meu companheiro também. Desde a minha concepção, eu não era boa o suficiente. Quando eu seria boa o suficiente? O que eu tinha que fazer para ser aceita?

Como uma das ajudantes da festa, não poderia sair como o fiz, mas minhas pernas me levaram para o meu quarto. As lágrimas caíram mais rápido e mais forte, enquanto eu tropeçava escada acima e assim que fechei a porta atrás de mim, gritei.

Era demais. As emoções me sufocaram, minha cabeça latejava, meu coração e minha garganta também, enquanto eu gritava mais alto.

Por que eu!? Eu gritei para o teto: O que eu fiz? Por que tenho que sofrer tanto? Eu gritei, arranhando meu peito. Isso machucava. A facada no meu coração doía demais. Meus membros tremeram, enquanto eu batia no peito: O que eu fiz de errado? Eu gritei: Eu sou apenas... Eu sou apenas uma pessoa, então por que tinha que carregar um fardo tão pesado?

Onde estava a deusa? Por que ela havia me abandonado? Por que minha criadora sempre me colocava em situações em que eu sofreria? Como uma deusa pode ser tão cruel?

Eu te odeio, eu disse as palavras blasfemas: Você é... você é muito cruel. As palavras ficaram presas na minha garganta apertada: Você não deveria me amar?Não me criou? Por que você...?

Até a deusa havia me rejeitado.

Eu nunca havia conhecido o amor e nunca pedi para ser amada, nem uma migalha de carinho. Tudo o que eu queria na vida era ser tratada como uma pessoa que tinha um coração com sentimentos. Queria que as pessoas vissem e entendessem que eu estava ferida e sofrendo, talvez então me tratassem como uma pessoa com emoções e não como um objeto para ser abusado. Não achava que fosse pedir muito.

A deusa deveria me dar um companheiro amoroso. Meu companheiro era a única pessoa no planeta que eu sentia que poderia me amar com todas as minhas falhas e deficiências. Por que ela teve que me dar um homem como Noah? Por que sempre fui criada para ser ferida e humilhada?

Te odeio! Eu não sabia para quem eram as palavras aquela vez, se para a deusa que me abandonou ou Noah, que não só me rejeitou segundos após descobrir que éramos companheiros, mas também proclamou outra mulher como sua Luna, bem na minha presença: Eu odeio... As palavras ficaram presas na minha garganta enquanto eu engasgava, meus olhos escurecendo por uma fração de segundo, enquanto uma faca afiada atingia meu coração.

Chapter 2 Uma Exibição Repugnante

O que tá acontecendo comigo? Entrei em pânico, cambaleando sobre os joelhos trêmulos. Meu corpo enrijeceu e fiz uma careta, ao sentir o gosto amargo que se espalhou pela minha língua: O que é isso? Engoli em seco, com a garganta apertada.

Minha boca se abriu quando a dor se intensificou. Eu agarrei a porta quando meu corpo balançou enquanto eu saía do meu quarto, uma força invisível incitando-me a sair dali. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas meus instintos dispararam e algo dentro de mim uivou e gritou em agonia.

Minhas pernas me conduziram escada abaixo e para fora da casa da alcateia, enquanto uma picada afiada e implacável rasgou minhas entranhas. Como se impulsionada por uma força externa, virei à esquerda e caminhei em direção aos fundos.

Parei de repente, ao testemunhar a cena que se desenrolava diante dos meus olhos.

Ah, Bella gemeu: Mais rápido, ahh, sim! Assim! Ela levantou a saia e meu companheiro a segurou pela cintura, com a calça na altura dos tornozelos.

Eu balancei minha cabeça lentamente, minha respiração presa, em descrença. Mesmo que ele me odiasse – que detestasse o ar que eu respirava, isso não era demais? Era sujo e nojento de assistir e isso me fez engolir em seco. Caminhei de costas, tornada cativa da cena cruel da qual queria escapar, mas um galho estalou sob meus pés e Noah levantou a cabeça.

O suor escorria de sua testa, e bufava com os lábios entreabertos, em um movimento de vai-e-vem ao pen*trar Bella, que delirava, e por isso nem notou minha presença, mas ele sim. Aqueles olhos cheios de luxúria brilharam e seus lábios entreabertos formaram um sorriso; foi então, que eu percebi.

Ele havia feito aquilo de propósito. A exibição selvagem e repugnante era para meu benefício. Foi ali para ter relações sexuais, esperando que eu os encontrasse e quando olhou fixamente para mim, o medo percorreu a minha espinha, por conta do ódio que vi refletido nele.

Naquele momento, era como se minhas pernas tivessem congelado, sem se mover, me forçando a assistir enquanto ele pen*trava outra mulher. Havia feito aquilo para me machucar, retorcer minhas entranhas e esmagar meu coração. Eu morria por dentro, me contorcia de dor internamente, enquanto meu companheiro profanava nosso vínculo. Aquele homem – aquele homem cruel, era meu companheiro, que a deusa havia predestinado para mim.

Apesar da faca torcendo minhas entranhas e rasgando meu coração, eu me sentia entorpecida. Fiquei imóvel, minha visão embaçada perante o que estava diante de mim e meus pulmões se comprimindo, dificultando a respiração.

Ah, Noah... eu vou... A garota gemeu algumas palavras, que meus ouvidos que zumbiam não conseguiam mais ouvir.

Eu não conseguia mais vê-los, ouvi-los e nem me mover. Meu corpo estava travado na mesma posição, com tristeza e desgosto se revezando e perfurando meu coração.

O que foi? Através da minha visão embaçada, vi a menor das duas figuras diante de mim saltar: O que essa depravada tá olhando? Eu ouvi Bella gritar: Vai embora! Senti algo atingir minha pele, ela havia jogado areia em mim, mas eu não me mexi.

Mesmo querendo correr, não consegui. Apesar de orar fervorosamente a fim de parar de respirar ali mesmo e alcançar o fim de minha existência, foi em vão, pois nada aconteceu. Estava simplesmente imóvel diante daqueles que causavam minha dor.

Ei, tô falando com você! As facas perfurando meu coração pararam, deixando para trás pedaços do meu coração partido: Tá me ignorando? Assim que minha visão clareou, ela ficou branca e vi estrelas. Bella puxou meu cabelo para trás enquanto gritava: Você tá ignorando a futura Luna? Ela gritou, pisando no meu pé.

Bella. Noah falou com um frio na voz: Deixa a gente a sós. Seu tom soou com finalidade e o aperto no meu cabelo afrouxou.

O, o quê? O que você quer fazer com ela? Ela exigiu. Não me diga... Ela começou com uma voz trêmula.

Quem é você pra me questionar? A raiva vibrou em seu tom tranquilo. Cai fora, ele rosnou para ela, que se afastou, me deixando com o predador e meus pés ainda enraizados no chão, enquanto ele avançava.

Você fica ainda mais feia quando chora, sussurrou ele na minha cara, seu dedo enrolando uma mecha do meu cabelo.

Noah Howard...

Ele tinha dezesseis anos da última vez que o vi. Nunca tivemos nada a ver um com o outro, pois vivíamos em mundos diferentes dentro do mesmo bando. À época, ele não passava de um adolescente que os anciãos achavam muito irresponsável para assumir o controle do bando, então o mandaram para a universidade. Ele retornou aquela noite para uma festa surpresa, mas quem acabou sendo surpreendida fui eu.

Noah Howard era meu companheiro...

Me rejeite, eu disse a ele, com os dentes cerrados, intensificando assim a dor no meu coração, o que o fez mostrar um sorriso feio, e a mim, tremer.

Por que eu deveria? Ele logo perguntou, com uma risada.

Você não me quer, eu o lembrei. Algumas horas atrás, havia me dito que eu não era digna de ficar ao lado dele, então deveria me rejeitar: Torne a rejeição oficial.

E onde tá a diversão nisso? Ele enrolou meu cabelo, com um olhar estranho em seus olhos: Não posso rejeitá-la, Carrot, ele murmurou: Não antes de te fazer sofrer.

Por que tá fazendo isso? Lágrimas encheram novamente meus olhos: Você não me quer, então me rejeite! Eu gritei. Minha orelha direita zumbiu, quando minha cabeça virou para o lado, quando ele me deu um forte tapa.

Não levante a voz para seu superior. Sua voz suave fez cócegas em meu ouvido: Como ousa? Ao perguntar isso, então, sua voz tornou-se áspera e os olhos escureceram. Minhas pernas, imóveis, finalmente me obedeceram, a tempo de eu me afastar para trás; entretanto, ainda assim não consegui escapar dele.

Como um pedaço de m*rda como você se atreve a ser minha companheira!? Ele berrou: Você sabe quem eu sou? Se atreve a atrapalhar meus planos assim? Ele avançava sobre mim, quanto mais eu fugia.

Eu não... Eu não pedi para ele ser meu companheiro, então por que me culpava? Não é como se eu tivesse te escolhido, eu gritei, exasperada.

O que quer dizer? Existe outro homem que você escolheria, se tivesse a chance? Ele rosnou, seu rosto escurecendo ainda mais: Como alguém como você ousa agir de forma tão superior? Quem é você pra aceitar minha rejeição com um 'tudo bem?' Não tem medo?

O que tá dizendo? Eu gritei: Sei que você não me quer e que não posso ficar ao seu lado. É um fato, e sim, já aceitei. Então por que a raiva? Queria que eu implorasse? Se sentiria melhor se me visse com a cara no chão, agarrando seus tornozelos, e implorando pra não me rejeitar? Mudaria alguma coisa, se me visse miserável!? Eu gritei, continuando a me afastar.

Sim, ele brincou: Você deveria ter implorado, caído de cara no chão e me implorado pra estar com uma p*lha de l*xo inútil como você, então eu não estaria sentindo isso! Ele gritou, batendo no peito: Uma garota como você não pode ser minha companheira. Você estragou tudo!

O que eu fiz? Perguntei, meu ímpeto se esvaía e minha dor me sufocava, não conseguia mais gritar e malmente falar: Isso é obra da deusa, não minha. Os céus bem sabiam que, em primeiro lugar, nunca teria escolhido um companheiro como ele.

O homem nasceu arrogante, seu rosto bonito e status o cegaram desde cedo, então não sabia como valorizar os outros e achava que todos existiam com o único propósito de servi-lo. Não importava que fosse o sucessor de uma pequena alcateia, o que o tornava apenas um mero filhote no meio de outros alfas. Mesmo assim, Noah Howard agia como um deus em Red Lake, onde era ironicamente o único lugar em que as pessoas o tratavam com reverência.

Se você não existisse, eu não teria a infelicidade de ser seu companheiro, ele rosnou.

Sim, a culpa era minha por existir, por ter nascido. Se eu não existisse, ele não estaria pareado comigo. Talvez a deusa tivesse lhe dado Bella então, o par perfeito para um homem como ele, mas eu tinha que existir.

'Por que ainda tá viva, Carrot?', perguntei a mim mesma: 'Todo mundo quer que você vá embora, então pra que você existe?'

Se você não vai me rejeitar, comecei a falar, com o coração pesado: então eu vou te rejeitar, e respirando fundo, continuei: Eu, Carrot, da alcateia de Red Lake, rejeito você, Noah Howard, como meu companheiro. Curvei-me enquanto a cortante dor em meu coração se prolongava, e lágrimas turvavam minha visão pela enésima vez naquela noite. Entretanto, em resposta, apenas ouvi uma risada.

Eu recuso sua rejeição. Ele era o alfa, o mais poderoso de nós dois. Era injusto, mas sem a permissão dele, nosso vínculo de companheiros não poderia ser quebrado: Antes de te deixar ir, vou ter que te ferir completamente. Seus olhos brilhavam de ódio: Talvez então eu veja o que há dentro de você, que te dá a audácia de erguer a cabeça na minha presença. Ele cuspiu na minha cara.

No início da madrugada da manhã seguinte, uma mensagem veio do Alfa e Luna de Red Lake.

Chapter 3 Entorpecida

Naquela noite, não consegui dormir, chorando até não me restarem mais lágrimas, e apesar disso, não tinha sono. A angústia me consumia e uma dor aguda atingia meu coração, em intervalos. Por fim, sentei-me na cama e olhei pela janela, avistando o céu noturno, imaginando quando tudo isso terminaria, esperando ter um tempo de todas as aflições da minha vida.

Carrot! Alguém bateu apressadamente na minha porta: É melhor você não estar dormindo. Eu me arrastei para fora da cama, quando minha porta se abriu, batendo contra a parede: Você não me ouviu bater? Sylvia gritou, apontando um dedo para mim.

Eu já ia abrir a porta, murmurei, esfregando os olhos e com o coração acelerado.

Sylvia era a chefe de um grupo ômega, ao qual eu pertencia, e mesmo ali, eu era um pária. Red Lake tinha um total de setenta e quatro lobisomens, liderados pelo Alfa Howard e a Luna Grace. Apesar do nosso pequeno tamanho, a alcateia de Red Lake tinha betas e ômegas, unidades menores na alcateia principal, liderada por um alfa ou um beta. Sylvia chefiava a menor unidade da alcateia principal, ômega, por ser ela o beta mais fraco em Red Lake. A sub-alcateia incluía ômegas... e eu. Ela me odiava.

Com quem você tá falando? Ela zombou, fechando a porta.

Me... me desculpe. Eu abaixei minha cabeça, com a garganta queimando.

Doía abaixar a cabeça para essas pessoas o tempo todo, fazia minhas entranhas se contorcerem e minha pele apertar, mas não tinha escolha. Na alcateia de Red Lake, eu era o elo fraco, a última das últimas, então tive que ceder, ou então levaria uma surra e passaria fome por dias.

Você deveria mesmo se desculpar, brincou Sylvia, com os punhos cerrados ao lado do corpo. Havia ficado claro que ela queria me bater e, por isso, me preparei para proteger meu rosto, mas para minha surpresa, ela não o fez. Em vez disso, seus lábios se curvaram e ela me olhou da cabeça aos pés, antes de deixar escapar um som de desgosto: O Alfa quer ver você. Senti meu coração no estômago, enquanto minha mente acelerava.

P-Por quê? Eu perguntei com um suspiro, mas foi um erro.

Garota boba! Sylvia berrou, me apressando. Era uma mulher enorme, mais que o triplo do meu tamanho, então quando correu na minha direção, eu, claro, caí para trás, estremecendo ao bater meu cóccix e ao mesmo tempo sentindo seu punho me atingir.

Quem é você pra me questionar? Ela gritou: Vou colocar algum bom senso em você. O que te dá o direito de agir de forma tão presunçosa? Como ousa me questionar, quando digo que o Alfa quer te ver!? Ela pontuou cada palavra com um golpe, em meu rosto, meu peito, meu estômago, ela me batia em todos os lugares e eu não tive coragem de bloquear minha face.

Fiquei imóvel no chão e me recolhi ao interior da minha concha. Dentro dela, não sentia nada. Ela batia no meu corpo, mas eu não sentia nada, me xingava, mas não ouvia nada. Na minha concha, o mundo desaparecia e eu estava segura e protegida – longe do sofrimento que enfrentava diariamente.

Você tá morta? Sylvia saiu de cima de mim, sacudindo meus ombros com mais força do que o necessário.

Não, respondi. Não importava que eu desejasse estar morta – eu ainda estava viva.

Bom, ela disparou: É tarde demais pra morrer agora. Com essas palavras sinistras, ela me arrancou do chão e me colocou de pé, mas meus joelhos cederam e eu caí novamente. Pelo amor da deusa! Ela me arrastou de volta para ficar em pé: Anda logo! Não deixe o Alfa esperando!

Tá bom, eu murmurei, alisando meu vestido.

Você... isso... Seus olhos brilharam novamente e parecia que ela estava prestes a me bater de novo: Lave o rosto antes de ir, ela rosnou para mim, antes de sair, fechando a porta.

Todos os cômodos da casa da alcateia tinham banheiros, exceto o meu. Cada membro ficava na casa de graça, exceto eu. Tive sorte de ter um quarto, mesmo com a porta quebrada, onde não havia nada além de uma pequena cama, feita para uma criança.

Eu ri, enquanto limpava meu rosto com um pano molhado, e sangue escorrendo pelo meu nariz. Não restava muito humor no meu mundo - apaga, não havia humor nenhum. Ontem à noite, a única esperança que eu tinha de ser feliz foi tirada de mim e agora parecia que não tinha razão para viver. Estava doente e cansada, principalmente cansada, e só queria fechar os olhos e abraçar a escuridão para sempre. Uma parte de mim sabia que era perigoso ter tais pensamentos, mas não me importava, nada mais importava.

Desci as escadas e encontrei a chefe de cozinha da alcateia, Amanda, subindo. Pela maneira como seus olhos brilharam de raiva quando me viu, eu sabia que estava ali me procurando.

Você! Ela apontou sua colher de madeira, marca registrada, para mim: Você esqueceu que tá de serviço na cozinha com a Fátima hoje? Ela gritou.

O Alfa mandou me chamar, eu respondi em um tom monótono.

Ah... Um olhar estranho

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