O mito da grande classe média: Capitalismo e estrutura social
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Sobre este e-book
Atento sobretudo à dimensão ideológica da absorção da nomenclatura em regime político e econômico neoliberal, Pochmann insiste que a noção de classe média não é unívoca e sim heterogênea. O livro retraça a gênese da classe média assalariada brasileira desde a industrialização iniciada com JK, passando por seu crescimento decisivo com as políticas econômicas da ditadura para revelar, na contracorrente do senso comum econômico-sociológico, o crescimento e o fortalecimento da classe trabalhadora brasileira.
A edição vem ainda enriquecida com um prefácio inédito assinado pela filósofa Marilena Chaui.
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O mito da grande classe média - Marcio Pochmann
1. CLASSE MÉDIA EM QUATRO TEMPOS
O termo classe média não atende a uma base conceitual de origem controlada, sendo por isso incerto e tendo significados distintos ao longo do tempo. Ademais, o desdobramento derivado da determinação de grupos sociais concretos tendeu a se diferenciar não apenas ao longo do tempo, como também por regiões geográficas mundiais e por países.
Em geral, a expressão classe média requer considerar – por ter sua força constitutivamente marcada pelo desenvolvimento capitalista – a temporalidade em que este específico segmento social ganhou identidade analítica. Com base na revisão da literatura especializada, tornou-se possível estabelecer em quatro tempos históricos distintos a evolução das definições de classe média, e isso de forma concomitante às principais transformações estruturais no modo de produção capitalista.
Assim, busca-se situar ao longo do desenvolvimento capitalista a identificação do tema da classe média a partir de um breve resgate do debate realizado acerca das classes sociais. O maior destaque, contudo, concentra-se no período mais recente de repercussões na classe média derivadas de mudanças substanciais no modo de reprodução do capital.
Isso tudo porque, ao longo do tempo, o capitalismo não levou à simplificação da estrutura social, mas, sim, tornou cada vez mais complexo e diversificado o seu entendimento. O reconhecimento de que o modo de produção capitalista requer para a sua expansão a existência de um centro dinâmico estruturado por economias satélites aponta para a conformação de padrões de desenvolvimento desiguais e combinados.
É no centro dinâmico do capitalismo que se explicitam mais claramente as principais implicações para a estrutura social, estando, por isso, nele o foco inicial da abordagem sobre o tema da classe média. Não se desmerece, entretanto, o debate referente à classe média realizado na periferia do sistema capitalista, mesmo porque ele tende a revelar distinções significativas no interior da estrutura social, sempre que guardadas as devidas atenção e consideração. Isso é o que se pode observar em análises sobre o
