O Alienista
4/5
()
Sobre este e-book
Joaquim Maria Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) is widely regarded as among the greatest Brazilian writers of all time. The grandson of freed slaves, he was born to a poor family in Rio de Janeiro and, with little formal education, took work as a typographer's apprentice and began to write and publish at age 15. Machado went on to a successful career as a government bureaucrat and writer of romantic fiction. From the late 1870s his style became more complex and ironic, and he went onto write the ground-breaking stories and novels that would permanently charge the course of Brazilian letters, among them Don Casmurro, The Posthumous Memoirs of Brás Cubas and 'The Alienist'.
Leia mais títulos de Joaquim Maria Machado De Assis
O espelho e outros contos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContos de Suspense e Terror: Obras primas de grandes mestres do conto Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO alienista: Em quadrinhos Nota: 4 de 5 estrelas4/525 contos de Machado de Assis Nota: 5 de 5 estrelas5/5Dom Casmurro: Edição anotada, com biografia do autor e panorama da vida cotidiana da época Nota: 4 de 5 estrelas4/5Quincas Borba: Edição anotada, com biografia do autor e panorama da vida cotidiana da época Nota: 4 de 5 estrelas4/5Melhores Contos Machado de Assis Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEsaú e Jacó Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Melhores Contos Brasileiros - I Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContos de Machado de Assis Nota: 0 de 5 estrelas0 notasConto de escola em quadrinhos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBons dias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Alienista: Versão adaptada para neoleitores Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContos Nota: 5 de 5 estrelas5/5A mão e a luva em quadrinhos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMACHADO DE ASSIS: Os melhores contos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMemórias póstumas de Brás Cubas: Conteúdo adicional! Perguntas de vestibular Nota: 4 de 5 estrelas4/5Contos do mar sem fim Nota: 4 de 5 estrelas4/5Gótico Americano Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCasa Velha: Edição anotada, com biografia do autor e panorama da vida cotidiana da época Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Relacionado a O Alienista
Ebooks relacionados
Esaú e Jacó Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMemórias de um sargento de milícias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMACHADO DE ASSIS: Os melhores contos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOS MELHORES CONTOS LATINOS Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Alienista: Versão adaptada para neoleitores Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMemórias Póstumas de Brás Cubas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDom Casmurro Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Retrato de Dorian Gray Nota: 4 de 5 estrelas4/5MEMÓRIAS DO CÁRCERE- Graciliano Ramos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLivro do desassossego Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Diabo Nota: 3 de 5 estrelas3/5Dom Casmurro: Edição anotada, com biografia do autor e panorama da vida cotidiana da época Nota: 4 de 5 estrelas4/5Quincas Borba Nota: 5 de 5 estrelas5/5O alienista Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Cortiço Nota: 4 de 5 estrelas4/5MEMÓRIAS DO SUBSOLO Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Morte de Ivan Ilitch Nota: 4 de 5 estrelas4/5Casa Velha Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPRIMEIRO AMOR - Turguêniev Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Grande Gatsby Nota: 4 de 5 estrelas4/5O cortiço Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCrime e Castigo Nota: 4 de 5 estrelas4/5O curioso caso de Benjamin Button Nota: 5 de 5 estrelas5/5O médico e o monstro Nota: 3 de 5 estrelas3/5O Morro dos Ventos Uivantes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Melhores Contos de Franz Kafka Nota: 5 de 5 estrelas5/5A metamorfose Nota: 4 de 5 estrelas4/5Os Irmãos Karamazov Nota: 5 de 5 estrelas5/5A mão e a luva Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTriste fim de Policarpo Quaresma Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Humor e Sátira para você
Charlie, o jovem adulto Nota: 5 de 5 estrelas5/5Os Contos Com Nenhuma Dignidade Nota: 5 de 5 estrelas5/550 Piadas de Humor Negro Nota: 3 de 5 estrelas3/5Eu gosto de apanhar na cara e outros contos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMissão Tdah Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGatilhos Mentais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDesperte a diva que existe em você: Assuma sua personalidade diva e dê adeus à cafonice para sempre Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMinha esposa é putinha Nota: 2 de 5 estrelas2/5365 piadas para chorar de rir Nota: 0 de 5 estrelas0 notasResumo De O Livro Perdido De Enki Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Guia (mal-humorado) Do Feminismo Radical Nota: 5 de 5 estrelas5/5Constelação Familiar Maldita Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComo pensar no discernimento vocacional e na formação humana do catequista Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs Mentiras mais contadas... e que todo mundo engole Nota: 0 de 5 estrelas0 notas50 Receitas De Bolos Nota: 0 de 5 estrelas0 notas50 Maneiras De Fazê-Lo Ter Medo De Perder Você Nota: 5 de 5 estrelas5/5Querida, Dolly Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNão sei como ela dá conta Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ela escolheu esperar Nota: 2 de 5 estrelas2/5Como ter uma vida normal sendo louca Nota: 0 de 5 estrelas0 notas101 Piadas Nota: 3 de 5 estrelas3/5Isto Vai Doer: Diário Secreto de um Médico Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAliança Inquebrável Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPiadinhas gozadas de duplo sentido Nota: 2 de 5 estrelas2/5Orações Contra Perseguições, Conspirações E Emboscadas Do Inimigo Nota: 0 de 5 estrelas0 notas365 melhores charadas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Soppy: Os pequenos detalhes do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de O Alienista
177 avaliações3 avaliações
- Nota: 3 de 5 estrelas3/5
Jun 3, 2019
Taking place in a fictional small town in Brazil, this is a farcical look at the new science of psychiatry, whose practitioners are called Alienists, and what exactly it means to be mad. Who can claim someone is insane versus someone else? What exactly is normal? Are we all mad? Is normalcy a sign of insanity? Many such circular questions are examined in this farce. I enjoyed the story but wasn't overly taken with it. The main character, Bacamarte, a scientist, physician, alienist is studying and experimenting madness and sanity on the residence of a small town. I found him quite over the top and unbelievable, while the residents were gullible and also unrealistic but then one is aware at each turn that this is a farce and over the top unrealistic characters are the norm for such fare. An interesting and enlightening take on sanity/insanity especially coming from this Victorian era. I'm glad to have read it but does not make me interested in the author's other work. - Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Jun 3, 2019
You Don't Love the Same Woman Twice: "The Alienist and Other Stories of Nineteenth-Century Brazil" by Machado de Assis, John Charles Chasteen (translator)
Published 2013.
Let’s talk about luxury. Not that one, but the one that goes through the objects that I covet. One of these objects is the 1600-page-book “Os Romances de Machado de Assis” (the Novels of Machado de Assis) edited by the Glaciar publishing House, containing among others “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Memorial de Aires” e “Dom Casmurro”, “Quincas Borba”, “Esaú e Jacob”, “Helena”, … This beast of a book waits for me (or I’m waiting for it; take your pick). Being neigh on impossible to find it despite having been published quite recently, I just had to make do with Chasteen’s translated collection. After having finished it, it’s also become a cult object.
Contents:
“To be Twenty Years Old” (Vinte anos! Vinte anos!)
“The Education of a Poser” (Teoria do medalhão), my favourite story; the poser in the story resembles a few Portuguese politicians from the here and now, but I won’t name them in case one of them is reading this…I’m sure I could find further examples from other political milieus
“The Looking Glass” (O espelho)
“Chapter of Hats” (Capítulo dos chapéus)
“A Singular Occurrence” (Singular Ocorrência)
“Terspischore” (Terpsícore)
“Father Against Mother” (Pai contra mãe)
“The Alienist” (O Alienista)
You can read the rest of this review on my blog. - Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Jun 30, 2020
O tema foi desenvolvido de forma inteligente criando um suspense dentro de fatos ficticios que prendem a atenção do leitor no desenrolar da historia .
Pré-visualização do livro
O Alienista - Joaquim Maria Machado de Assis
Machado de Assis: do morro à academia
Estás sempre aí, bruxo alusivo e zombeteiro, que resolves em mim tantos enigmas.
(C.Drummond de Andrade. A um bruxo com amor
.)
Sem dúvida, foi Joaquim Maria Machado de Assis quem elevou a prosa brasileira ao nível das melhores escritas no mundo em sua época. Sua obra não visa apenas à diversão ou à afirmação de valores morais, mas objetiva, antes de tudo, a investigação do espírito humano, universal, sem, contudo, afastar-se da realidade nacional. O texto machadiano, em verdade, antecipa procedimentos modernistas e descobertas psicanalíticas, evidenciando as mazelas humanas de forma ácida e irônica.
Aquele menino mulato, numa sociedade ainda escravocrata, pobre, gago e de pouca instrução formal apresentava todos os requisitos para o fracasso. No entanto – quem diria –, ainda em vida, recebeu honrarias devido a uma reconhecida e aclamada atividade literária e na esfera do serviço público. Ao morrer, em 29 de setembro de 1908, seu corpo, tal como o de um estadista, foi seguido por milhares de admiradores pelas ruas da cidade onde nasceu e viveu: o Rio de Janeiro.
Machado de Assis nasceu no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, a 21 de junho de 1839. Filho de um pintor mulato e de uma lavadeira açoriana, viveu seus primeiros anos em uma das humildes construções que constituíam a chácara de Dona Maria José de Mendonça Barroso, viúva de um senador e madrinha do garoto. Já na infância, revelou frágil saúde: atitudes nervosas, epilepsia e gaguez, que surgiriam a intervalos ao longo de sua existência e que lhe confeririam um temperamento tímido e reservado.
Sua mãe morreu cedo, e seu pai casou-se novamente com uma mulata doceira, que lhe ensinou as primeiras letras. Continuou seus estudos em uma escola pública, mudando de colégio quando da morte do pai. A fim de reforçar o orçamento, vendia os doces feitos pela madrasta, Maria Inês, pelas ruas de São Cristóvão, bairro onde residia. Recebeu aulas de francês e de latim de um padre amigo, mas foi como autodidata que construiu sua vasta cultura.
Aos dezesseis anos, ingressou como tipógrafo aprendiz – não dos melhores, segundo o chefe, que implicava com seus constantes mergulhos na leitura – na Imprensa Nacional. Devido às reclamações do responsável pelo setor, o diretor do órgão, Manuel Antônio de Almeida – autor de Memórias de um sargento de milícias – quis conhecê-lo. Surgiu aí uma amizade que em muito auxiliaria Machado no mundo literário. Aos dezoito anos, na editora de Paula Brito, para cuja revista A Marmota
enviava colaborações, publicou seu primeiro poema: Ela
. Daí em diante, sempre ligado aos círculos literários e jornalísticos, viu sua atividade como ficcionista alçar voo. Como servidor público, atingiu o ponto máximo almejado por um funcionário de carreira: Diretor Geral do Ministério da Viação. Tal situação deu-lhe tranquilidade para dedicar-se à ficção.
Aos trinta anos, casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novais, culta senhora portuguesa, irmã de um dos amigos de seu grupo literário. O preconceito – ele, indisfarçavelmente mulato; ela, filha de boa família branca – não foi obstáculo suficiente para impedir a união entre Carolina e Machadinho – assim se assinava o autor em cartas enviadas à amada. Durante trinta e cinco anos, a mulher imortalizada em um de seus melhores sonetos proporcionou-lhe uma vida conjugal tranquila e afetuosa (diferente das marcadas por ciúmes e adultérios tematizados em sua obra), impedindo que a epilepsia interrompesse a ascensão literária e social de Machado. Em 1904, morta Carolina, o escritor pouco saía de casa, contando os dias para o reencontro: Como estou à beira do eterno aposento, não gastarei tempo em recordá-la. Irei vê-la, ela me esperará.
De fato, em 1908, o Bruxo do Cosme Velho
(assim chamado devido ao bairro Cosme Velho, onde se situava sua residência), um dos fundadores e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, cercado por um pequeno grupos de amigos, partiu ao encontro de Carolina.
Na segunda metade do século XIX, a Europa passava por uma série de transformações econômicas, científicas e ideológicas que determinaram o surgimento de uma estética antirromântica. A nova revolução industrial, ensejada pelo avanço tecnológico e pelo progresso científico, modificou não só os processos de produção, mas também a estrutura econômica, fazendo surgir uma rica burguesia urbana luxuosa e poderosa.
Acentuaram-se os contrastes entre burguesia e proletariado. Já não era possível a fantasia, a idealização. O momento requeria a participação do escritor, que, nessa medida, passou a analisar a realidade à luz de novas teorias e correntes filosóficas. Eis que o Realismo – termo bastante abrangente – era a doutrina estética que respondia a essa necessidade, caracterizando-se pela objetividade, impessoalidade, racionalismo, análise psicológica dos indivíduos, verossimilhança, contemporaneidade e pessimismo ao abordar as engrenagens da vida.
Apesar de ser considerado o maior nome do Realismo brasileiro, Machado de Assis valeu-se de alguns processos contrários àqueles elaborados pelos narradores realistas europeus: fundiu objetividade e subjetividade, utilizou uma linguagem elíptica e tornou o narrador uma presença constante em seus livros. A divisão de sua obra em duas fases apresenta-nos, na primeira, textos ainda comprometidos com os ideais românticos, a exemplo de Iaiá Garcia; na segunda, quando conhecemos as verdadeiras obras-primas do romancista, sua temática é a do adultério, do parasitismo social, do tênue limite entre a razão e a loucura, da hipocrisia, da ambiguidade das mulheres,
