A partir do estudo histórico-arqueológico realizado na Fábrica de Cerâmica do Senhor d´Além, pret... more A partir do estudo histórico-arqueológico realizado na Fábrica de Cerâmica do Senhor d´Além, pretende-se apresentar uma hipótese de análise funcional da fábrica, nomeadamente das diferentes áreas de trabalho, fases de fabrico da cerâmica, desde o tratamento das argilas, conformação das peças, tratamento das superfícies, cozedura e armazenamento.
A Fábrica de Cerâmica do Senhor d' Além, situada em Vila Nova de Gaia, laborou de meados do sécul... more A Fábrica de Cerâmica do Senhor d' Além, situada em Vila Nova de Gaia, laborou de meados do século XIX (1856-61) até aos anos 20 do século XX e, durante a maior parte do tempo, produziu louça doméstica de uso comum, azulejos e peças decorativas de qualidade e gosto “popular”. No presente trabalho pretendemos apresentar uma amostra da sua produção azulejar, a partir do espólio exumado no decorrer da intervenção e estudo arqueológicos realizados pela Arqueologia e Património. Importa dizer que os trabalhos incluíram, para além da realização de onze sondagens arqueológicas, a pesquisa bibliográfica e documental, o registo sistemático e estudo do conjunto edificado à luz dos princípios da arqueologia da arquitetura, o registo prévio das estruturas fabris que se encontravam a descoberto (nomeadamente o forno e os tanques) e a recolha de uma amostra representativa do espólio que se encontrava à superfície (instrumentos de fabrico, louça em diferentes fases de produção e azulejos). Dos registos e recolhas realizados, a principal fonte de informação para o estudo dos azulejos foi o registo e análise do mostruário de azulejos da fábrica - ainda parcialmente preservado - e a recolha de azulejos dele destacados. Permite-nos identificar, com um bom grau de certeza, a produção azulejar da fábrica, num determinado momento (ainda que de forma incompleta). Para além disso, a coleção particular do atual proprietário, nomeadamente de azulejos depositados em armazéns anexos, constitui também uma fonte segura de informação. Esta constitui apenas uma primeira e, certamente, limitada apresentação do espólio azulejar desta fábrica. Futuros trabalhos arqueológicos e de pesquisa permitirão, com certeza, recolher mais informações.
A partir do estudo histórico-arqueológico realizado na Fábrica de Cerâmica do Senhor d´Além, pret... more A partir do estudo histórico-arqueológico realizado na Fábrica de Cerâmica do Senhor d´Além, pretende-se apresentar uma hipótese de análise funcional da fábrica, nomeadamente das diferentes áreas de trabalho, fases de fabrico da cerâmica, desde o tratamento das argilas, conformação das peças, tratamento das superfícies, cozedura e armazenamento.
A Fábrica de Cerâmica do Senhor d' Além, situada em Vila Nova de Gaia, laborou de meados do sécul... more A Fábrica de Cerâmica do Senhor d' Além, situada em Vila Nova de Gaia, laborou de meados do século XIX (1856-61) até aos anos 20 do século XX e, durante a maior parte do tempo, produziu louça doméstica de uso comum, azulejos e peças decorativas de qualidade e gosto “popular”. No presente trabalho pretendemos apresentar uma amostra da sua produção azulejar, a partir do espólio exumado no decorrer da intervenção e estudo arqueológicos realizados pela Arqueologia e Património. Importa dizer que os trabalhos incluíram, para além da realização de onze sondagens arqueológicas, a pesquisa bibliográfica e documental, o registo sistemático e estudo do conjunto edificado à luz dos princípios da arqueologia da arquitetura, o registo prévio das estruturas fabris que se encontravam a descoberto (nomeadamente o forno e os tanques) e a recolha de uma amostra representativa do espólio que se encontrava à superfície (instrumentos de fabrico, louça em diferentes fases de produção e azulejos). Dos registos e recolhas realizados, a principal fonte de informação para o estudo dos azulejos foi o registo e análise do mostruário de azulejos da fábrica - ainda parcialmente preservado - e a recolha de azulejos dele destacados. Permite-nos identificar, com um bom grau de certeza, a produção azulejar da fábrica, num determinado momento (ainda que de forma incompleta). Para além disso, a coleção particular do atual proprietário, nomeadamente de azulejos depositados em armazéns anexos, constitui também uma fonte segura de informação. Esta constitui apenas uma primeira e, certamente, limitada apresentação do espólio azulejar desta fábrica. Futuros trabalhos arqueológicos e de pesquisa permitirão, com certeza, recolher mais informações.
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No presente trabalho pretendemos apresentar uma amostra da sua produção azulejar, a partir do espólio exumado no decorrer da intervenção e estudo arqueológicos realizados pela Arqueologia e Património. Importa dizer que os trabalhos incluíram, para além da realização de onze sondagens arqueológicas, a pesquisa bibliográfica e documental, o registo sistemático e estudo do conjunto edificado à luz dos princípios da arqueologia da arquitetura, o registo prévio das estruturas fabris que se encontravam a descoberto (nomeadamente o forno e os tanques) e a recolha de uma amostra representativa do espólio que se encontrava à superfície (instrumentos de fabrico, louça em diferentes fases de produção e azulejos).
Dos registos e recolhas realizados, a principal fonte de informação para o estudo dos azulejos foi o registo e análise do mostruário de azulejos da fábrica - ainda parcialmente preservado - e a recolha de azulejos dele destacados. Permite-nos identificar, com um bom grau de certeza, a produção azulejar da fábrica, num determinado momento (ainda que de forma incompleta). Para além disso, a coleção particular do atual proprietário, nomeadamente de azulejos depositados em armazéns anexos, constitui também uma fonte segura de informação.
Esta constitui apenas uma primeira e, certamente, limitada apresentação do espólio azulejar desta fábrica. Futuros trabalhos arqueológicos e de pesquisa permitirão, com certeza, recolher mais informações.
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No presente trabalho pretendemos apresentar uma amostra da sua produção azulejar, a partir do espólio exumado no decorrer da intervenção e estudo arqueológicos realizados pela Arqueologia e Património. Importa dizer que os trabalhos incluíram, para além da realização de onze sondagens arqueológicas, a pesquisa bibliográfica e documental, o registo sistemático e estudo do conjunto edificado à luz dos princípios da arqueologia da arquitetura, o registo prévio das estruturas fabris que se encontravam a descoberto (nomeadamente o forno e os tanques) e a recolha de uma amostra representativa do espólio que se encontrava à superfície (instrumentos de fabrico, louça em diferentes fases de produção e azulejos).
Dos registos e recolhas realizados, a principal fonte de informação para o estudo dos azulejos foi o registo e análise do mostruário de azulejos da fábrica - ainda parcialmente preservado - e a recolha de azulejos dele destacados. Permite-nos identificar, com um bom grau de certeza, a produção azulejar da fábrica, num determinado momento (ainda que de forma incompleta). Para além disso, a coleção particular do atual proprietário, nomeadamente de azulejos depositados em armazéns anexos, constitui também uma fonte segura de informação.
Esta constitui apenas uma primeira e, certamente, limitada apresentação do espólio azulejar desta fábrica. Futuros trabalhos arqueológicos e de pesquisa permitirão, com certeza, recolher mais informações.