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2 13 Termodinamica

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Termodinâmica

Responda:
1) Nas locomotivas antigas usava-se lenha
para movê-las. Como se dava a
transformação da energia fornecida pela
lenha em movimento?
Termodinâmica
Termodinâmica
Termodinâmica é a parte da termologia que estuda as relações
entre trabalho e calor.
A energia pode passar de uma forma para outra, como, por
exemplo, de qualquer tipo de energia para energia térmica (calor)
realizando trabalho. Veja alguns exemplos.
Por causa do intenso atrito entre um metal e a pedra do
esmeril, você observa desgaste do metal com aquecimento de
ambos e emissão de faíscas a altas temperaturas.
Os meteoros são constituídos por pequenos asteroides que,
quando entram na atmosfera terrestre, devido ao atrito com a
mesma, geram intenso calor por atrito, ficando incandescentes e
deixando um rastro visível observado da Terra.
Quando você bate em um prego com um martelo, parte do
trabalho é transformada em energia térmica (aquece a cabeça do
prego) e parte é utilizada para cravar o prego na madeira.
Há situações nas quais o calor é
transformado para outros tipos de
energia realizando trabalho.
Em cada um dos casos abaixo o calor
proveniente da queima dos combustíveis
é transformado em energia cinética por
meio do trabalho.
Responda
1) Quando se aquece uma panela de pressão bem
vedada ocorre uma transformação isométrica, ou
seja, a volume constante. Sabemos que para haver
realização de trabalho deve haver deslocamento.
Assim, haveria alguma parte da panela de pressão
na qual há realização de trabalho após a água
chegar ao ponto de ebulição?
Trabalho em
termodinâmica
Trabalho em termodinâmica
Consideremos o aquecimento de um gás
contido em um recipiente fechado por um
êmbolo de massa m que pode movimentar-
se sem atrito.

O gás, recebendo calor de uma fonte


térmica, consegue empurrar o êmbolo
(pistão), realizando trabalho mecânico por
meio de uma força.
O trabalho realizado pela força constante 𝑭, aplicada pelo gás
sobre o pistão, é capaz de movê-lo de um deslocamento d.

Como a força é constante, o trabalho nessa expansão


isobárica (pressão constante) é:
𝝉 = 𝑭𝒅𝒄𝒐𝒔𝜽
Podemos notar que o ângulo formado entre a força e o
deslocamento é de 0º. Assim, 𝒄𝒐𝒔𝜽 = 𝟏.
Sabemos que:
𝑭
𝒑 = ⟹ 𝑭 = 𝒑. 𝑨
𝑨
Substituindo na equação anterior temos:
𝝉 = 𝑭. 𝒅 ⟹ 𝝉 = 𝒑. 𝑨. 𝒅
Como o volume do cilindro é A.d, obtemos:
𝝉 = 𝒑. ∆𝑽
Concluímos que o trabalho em uma transformação
isobárica é dado pelo produto da pressão do gás
pela variação do volume sofrida pelo mesmo.
No SI, a unidade de trabalho é o J (joule). Porém,
comumente, utilizamos a unidade atmosfera.litro
(atm.l) e vale a relação:
1 atm.l = 100 J
Para haver realização de trabalho deve haver
deslocamento do pistão, ou seja, deve haver
variação do volume. Assim:
• se há expansão gasosa ∆𝑽 > 𝟎 ⟹ 𝝉 > 𝟎
• se não há variação no volume ∆𝑽 = 𝟎 ⟹ 𝝉 = 𝟎
• se há compressão gasosa ∆𝑽 < 𝟎 ⟹ 𝝉 < 𝟎
Podemos notar que na expansão o gás fornece
energia para o meio externo em forma de trabalho e,
ao ser comprimido, ele recebe energia do meio
externo em forma de trabalho.
A relação 𝝉 = 𝒑. ∆𝑽 é utilizada caso seja uma
transformação isobárica (pressão constante).
Caso contrário, o trabalho será numericamente
igual à área abaixo do gráfico pxV.

Se o gás é expandido temos ∆𝑽 > 𝟎 ⟹ 𝝉 > 𝟎 e


se há compressão gasosa ∆𝑽 < 𝟎 ⟹ 𝝉 < 𝟎.
Exemplos
1) Certa massa gasosa sofre a transformação AB indicada
no diagrama.

a) O gás foi expandido ou comprimido? Justifique.


b) O gás forneceu energia para a vizinhança ou recebeu
energia da vizinhança para realizar trabalho? Justifique.
c) Qual o trabalho realizado na transformação AB?
d) A transformação AB pode ser considerada isotérmica,
isobárica ou isocórica? Justifique.
e) Qual o trabalho realizado em atm.l?
2) Após sofrer a transformação AB, o gás sofre uma
transformação AC. Em relação à transformação AC:

a) O gás foi expandido ou comprimido? Justifique.


b) O gás forneceu energia para a vizinhança ou recebeu
energia da vizinhança para realizar trabalho? Justifique.
c) Qual o trabalho realizado na transformação AC?
d) A transformação AC pode ser considerada isotérmica,
isobárica ou isocórica? Justifique.
e) Qual o trabalho total realizado na transformação ABC
Energia interna
de um gás
Energia interna de um gás
Estudamos as transformações gasosas do ponto
de vista macroscópio, ou seja, as relações entre
pressão, volume e temperatura. Vimos que as
partículas constituinte de um gás apresentam
movimentação sendo que a velocidade destas
partículas vão de valores pequenos até valores
extremamente altos. Desta forma, podemos associar
a cada uma dessas partículas, em relação ao centro
de massa do sistema, uma energia cinética. À soma
das energias cinéticas de todas as partículas
denominamos energia térmica.
𝟑
𝑬𝒄 = . 𝒏𝑹𝑻 (𝑻 𝒆𝒎 𝒌𝒆𝒍𝒗𝒊𝒏𝒔)
𝟐
Observe que, de forma geral, a energia cinética de
um gás depende exclusivamente da temperatura
absoluta.
Além da energia cinética do gás, temos também a
energia potencial associada à configuração das
partículas deste gás. Assim, a soma da energia
cinética com a potencial constitui a energia interna
de um gás (U).
Pela lei de Joule, temos:
𝟑
𝑼 = 𝑬𝒄 = 𝒏𝑹𝑻
𝟐
Nos processos termodinâmicos que envolvem
gases ideias, monoatômicos e para os quais não
ocorram reações químicas, a variação da energia
interna corresponde unicamente à variação da
energia cinética:
𝟑
∆𝑼 = ∆𝑬𝒄 = 𝒏𝑹∆𝑻
𝟐
Notamos que na nas transformações gasosas, a
variação da energia interna está sempre relacionada
à variação de temperatura.
Assim, para haver variação da energia interna de um gás
deve haver variação de sua temperatura e vice-versa
• se ∆𝑻 > 𝟎 ⟹ ∆𝑼 > 𝟎 , ou seja, há aumento da energia
interna.
• se ∆𝑻 = 𝟎 ⟹ ∆𝑼 = 𝟎 , ou seja, há variação da energia
interna.
• se ∆𝑻 < 𝟎 ⟹ ∆𝑼 < 𝟎, ou seja, há diminuição da energia
interna.

A energia interna de uma certa massa de um gás perfeito


é função exclusiva da temperatura desse gás. Assim, esta
afirmação indica que a temperatura de um gás é a medida
da energia cinética média de suas moléculas.
Exemplos
1) (PUC-RS) A temperatura de um gás é
diretamente proporcional à energia cinética das
suas partículas. Portanto, dois gases A e B, na
mesma temperatura, cujas partículas tenham
massas na proporção de mA/mB = 4/1, terão as
energias cinéticas médias das suas partículas
na proporção EcA/EcB igual a
a) 1/4
b) 1/2
c) 1
d) 2
e) 4
Primeiro princípio
da termodinâmica
Primeiro princípio da
termodinâmica
Vimos que a lei zero da termodinâmica diz
respeito ao equilíbrio térmico de um sistema.
O primeiro princípio da termodinâmica é uma
aplicação do princípio da conservação de
energia: “a energia não pode ser criada e nem
destruída, apenas transformada”.
Assim, se um sistema gasoso recebe calor do
meio externo, essa energia pode ser armazenada
no sistema (aumentando a sua energia interna),
e/ou pode ser utilizada na realização de trabalho:
𝑸 = ∆𝑼 + 𝝉
Este princípio estabelece o balanço energético entre a
quantidade de calor ( 𝑸 ) trocada por um sistema
termodinâmico como o meio externo, o trabalho mecânico
( 𝝉 ) realizado pelo ou sobre o sistema e a variação da
energia interna (∆𝑼) e obedece às seguintes condições:
• ∆𝑼, 𝑸 𝒆 𝝉 devem estar, sempre, nas mesmas unidades de
medida;
• se o gás recebe calor do meio 𝑸 > 𝟎;
• se o gás cede calor para o meio, então 𝑸 < 𝟎;
• se o trabalho é realizado pelo gás (expansão gasosa),
então 𝝉 > 𝟎;
• se o trabalho é realizado sobre o gás (compressão
gasosa), então 𝝉 < 𝟎;
• se ∆𝑼 > 𝟎, então há aumento na energia interna do gás;
portanto a temperatura aumenta;
• se ∆𝑼 < 𝟎, então há diminuição na energia interna do gás;
portanto a temperatura diminui;
• se ∆𝑼 = 𝟎, então a energia interna do gás é constante;
portanto a temperatura também é constante.
Exemplos
1) (UEMS-MS) Assinale a alternativa correta:
a) A primeira lei da termodinâmica diz respeito à
dilatação térmica.
b) Na mudança de estado de um gás, sempre há
realização de trabalho.
c) Quando um corpo recebe calor, sua temperatura
necessariamente se eleva.
d) No vácuo, a única forma de transmissão de calor é
por condução.
e) Transformação isotérmica é uma transformação
gasosa na qual a pressão (P) e o volume (V) do gás
variam e a temperatura (T) é mantida constante.
2) (UFU-MG) Num dado recipiente
contendo um líquido, é imerso um
cilindro contendo gás ideal, confinado
por um êmbolo móvel, conforme as
figuras adiante.
O recipiente está sobre uma fonte térmica e a base do
recipiente é diatérmica, permitindo trocas de calor entre
a fonte e o recipiente. As demais paredes do recipiente
são adiabáticas e as paredes do cilindro que contém o
gás são diatérmicas.
A fonte térmica fornece 2000 J para o sistema formado pelo
líquido e o gás, conforme figura (I) acima. Devido ao
calor fornecido pela fonte térmica, a temperatura do
líquido aumenta de 3 K, consumindo 1500 J. Por outro
lado, o gás realiza uma expansão com um aumento de
volume de 8 m3, a uma pressão constante de 50 N/m2,
como representado na figura (II) acima.
a) Calcule o trabalho realizado pelo gás.
b) Calcule a variação da energia interna do gás.
c) Nesse processo, o que acontece com a energia cinética
das partículas que compõem o gás: aumenta, diminui ou
não muda? Justifique a sua resposta.
Transformações
termodinâmicas
Transformação isotérmica
Em uma transformação isotérmica a temperatura é constante,
consequentemente não há variação da energia interna.
∆𝑼 = 𝟎
Assim, na transformação isotérmica, o calor trocado pelo gás
com a vizinhança é igual ao trabalho realizado no mesmo
processo.
𝑸 = ∆𝑼 + 𝝉
𝑸=𝝉
No processo isotérmico não há variação de temperatura,
mas há troca de calor com o meio. Para que energia interna
permaneça constante durante o processo podem ocorrer duas
situações:
• se o gás recebe calor, ele deverá, simultaneamente, ceder
ao meio externo essa mesma quantidade de energia na
forma de trabalho;
• se o gás cede uma certa quantidade de calor, ele deverá
receber, simultaneamente, essa mesma quantidade de
energia na forma de trabalho.
Exemplos
1) Um gás ideal sofre a transformação isotérmica
1 → 𝟐, conforme o gráfico seguinte.

a) Explique se o trabalho, a quantidade de calor e


a variação de energia interna são positivos ou
negativos nessa transformação.
b) A quantidade de calor trocada pelo gás com o
meio externo é maior ou menor que 375 cal?
Justifique. Considere 1 atm.l = 25 cal.
Transformação isocórica
Em uma transformação isométrica o volume é constante,
consequentemente não há realização de trabalho. Embora o gás
esteja aplicando forças nas paredes do recipiente, essas forças
não realizam trabalho porque não deslocam o ponto de aplicação
da força.
𝝉=𝟎
Assim, numa transformação isocórica, o calor trocado pelo gás
com a vizinhança é igual a variação da energia interna.
𝑸 = ∆𝑼 + 𝝉
𝑸 = ∆𝑼
No processo isovolumétrico a quantidade de calor, cedido ou
recebido, é igual à energia interna variando a temperatura do
sistema.
A quantidade de calor trocado com o meio externo ´e dada por:
𝑸 = 𝒎. 𝒄𝒗 . 𝚫𝑻
Nesta expressão 𝒄𝒗 é o calor específico do gás a volume
constante e demonstra-se que o calor específico molar a volume
𝟑
constante é 𝑪𝒗 = 𝑹.
𝟐
Exemplos
1) Uma massa de gás perfeito, com volume
de 8,0 m³ e sob pressão de 3.000 N/m²,
sofre uma transformação isométrica,
recebendo 7.200 J de calor do meio
externo. Sabe-se que esse gás possui 10
mols de partículas. Determine:
Use R = 8,3 J/mol.K.
a) a temperatura do gás no início da
transformação;
b) a variação da energia interna do gás;
c) o trabalho realizado durante a
transformação.
2) (UFPEL-RS) De acordo com seus conhecimentos sobre
Termodinâmica, analise as afirmativas abaixo.
I – Sempre que um corpo muda de fase, sob pressão
constante, ele recebe ou cede calor e a sua temperatura
varia.
II – Quando temos uma transformação isobárica, de uma
certa massa de um gás perfeito, o aumento da
temperatura fará com que aconteça um aumento de
volume.
III – Uma dada massa de um gás perfeito pode receber calor
sem que a sua temperatura interna aumente. Isso
ocorrerá se ele realizar um trabalho igual à quantidade de
calor que recebeu.
IV – Num processo de transformação isocórico a
temperatura de uma certa massa de um gás permanece
constante.
Dessas afirmativas, estão CORRETAS apenas

a) I e III b) I, II e III c) II e III d) II e IV e) II, III e IV


Transformação isobárica
Em uma transformação isobárica o gás pode ser comprimido ou
expandido havendo, simultaneamente, realização de trabalho e troca de
calor com o ambiente.
𝑸 = ∆𝑼 + 𝝉
Nesta transformação, a quantidade de calor recebida (em módulo) é
sempre maior que o trabalho realizado.
𝑸>𝝉
No caso da expansão isobárica, temos:
• o gás realiza trabalho (𝝉 > 𝟎), pois o volume aumenta;
• a temperatura aumenta e, portanto, a energia interna aumenta (∆𝑼 > 𝟎);
• o gás recebe calor do meio externo.
No caso da expansão isobárica, temos:
• o trabalho é realizado sobre o gás (𝝉 < 𝟎), pois o volume diminui;
• a temperatura diminui e, portanto, a energia interna diminui (∆𝑼 < 𝟎);
• o gás cede calor ao meio externo.
Neste caso, as três grandezas envolvidas são negativas. De acordo
com o primeiro princípio da termodinâmica (𝑸 = ∆𝑼 + 𝝉), conclui-se que o
calor cedido pelo gás é, em módulo, maior que o trabalho recebido por
ele.
Demonstra-se que o calor específico molar à pressão constante é
𝟓
𝑪𝒑 = 𝟐 𝑹.
Exemplos
1) (CFT-MG) Durante a compressão de
um sistema gasoso, sob a ação de uma
força constante,
a) a temperatura do gás é invariável.
b) a energia interna permanece a
mesma.
c) o trabalho realizado sobre o gás é
negativo.
d) o calor trocado com a vizinhança é
nulo.
2) (UNESP-SP) Um pistão com êmbolo
móvel contém 2 mols de O‚ e recebe 581 J
de calor. O gás sofre uma expansão
isobárica na qual seu volume aumentou
de 1,66 ℓ, a uma pressão constante de
105 N/m2. Considerando que nessas
condições o gás se comporta como gás
ideal, utilize R = 8,3 J/mol.K e calcule
a) a variação de energia interna do gás.
b) a variação de temperatura do gás.
Responda:
1) Por que ao encher um pneu de bicicleta utilizando
uma bomba de ar como a da figura o ela aquece?
Transformação adiabática
Na transformação adiabática não há troca de calor com o
meio.
𝑸=𝟎
Assim, neste transformação, a variação da energia
interna ( ∆𝑼 ) é oposta ao valor algébrico do trabalho
realizado (𝝉).
𝑸 = ∆𝑼 + 𝝉
∆𝑼 = −𝝉
• Numa expansão adiabática o trabalho é realizado pelo
gás e, sendo assim, o volume aumenta e a temperatura e a
energia interna diminuem.
• Numa compressão adiabática o trabalho é realizado
sobre o gás e, sendo assim, o volume diminui e a
temperatura e a energia interna aumentam.
Com isso observamos que na expansão adiabática a
variação da energia interna é negativa e, sendo assim, o gás
esfria. Se o gás sofre uma compressão adiabática, a
variação da energia interna é positiva e, sendo assim, o gás
esquenta.
Na transformação adiabática o volume, a
pressão e a temperatura variam de acordo
com a relação de Poisson:
𝜸 𝑪𝒑
𝑷𝑽 = 𝒄𝒕𝒆, onde 𝜸 =
𝑪𝒗
Nesta transformação, a área sombreada é
numericamente igual ao trabalho realizado.
Exemplos:
1) Na figura da esquerda abaixo, ao levantar o pistão da
bomba de bicicleta, você diminui a pressão interna o que
faz abrir uma válvula localizada abaixo do pistão, fazendo
o ar externo penetrar no cilindro.
Ao empurrar o pistão para baixo o aumento de pressão
interna fecha automaticamente a válvula de entrada e abre
a válvula de saída ligada ao pneu forçando o ar a penetrar
no mesmo. Ao levantar o pistão novamente você começa
tudo novamente.
Observe que, cada vez que você bombeia o ar no pneu, a
bomba se aquece mais, o que ocorre principalmente
porque você está forçando as moléculas de ar ficar mais
próximas umas das outras, fazendo com que esse trabalho
de compressão do gás (negativo) aumente a energia
interna (ΔU), aumentando consequentemente a
temperatura do gás.
Isso ocorre porque essa transformação é adiabática (não
troca calor com o ambiente, pois é muito rápida) e
obedece à função ΔU= – W.
Na figura da direita (acima), trata-se de uma expansão
adiabática (muito rápida e sem troca de calor com o meio
ambiente), onde Q = 0 e ΔU = Q – W ⟶ ΔU = 0 – W ⟶ ΔU
= – W ⟶ o volume do gás aumenta (trabalho positivo)
fazendo com que a energia interna (ΔU) fique negativa e
diminua, diminuindo assim, a pressão e a temperatura e a
pressão, e o gás resfria.

Disponível em: http://fisicaevestibular.com.br/novo/fisica-


termica/termodinamica/primeiro-principio-da-termodinamica-ou-
principio-da-conservacao-da-energia/ Acesso: 15/12/2020
2) (UFLA-MG) A Termodinâmica faz nítida distinção entre o
objeto de seu estudo, chamado sistema, e tudo aquilo
que o envolve e pode interagir com ele, chamado meio.
Considere um sistema constituído por certa quantidade
de um gás ideal contido em um recipiente de paredes
móveis e não-adiabáticas e marque a alternativa
incorreta:
a) Para que o gás realize uma expansão isobárica, é
necessário que o sistema receba certa quantidade de
calor do meio.
b) Para que o gás sofra uma expansão isotérmica, é
necessário que o sistema receba calor do meio, o qual é
convertido em trabalho.
c) Em uma compressão adiabática do gás, o meio realiza
trabalho sobre o sistema, com consequente aumento da
energia interna do gás.
d) Para que o gás sofra um aumento de pressão a volume
constante, é necessário que o sistema receba certa
quantidade de calor do meio.
e) Em uma compressão isobárica, o gás tem sua
temperatura e sua energia interna diminuídas
3) (UFRJ-RJ) Considere certa massa de
um gás ideal em equilíbrio
termodinâmico. Numa primeira
experiência, faz-se o gás sofrer uma
expansão isotérmica durante a qual
realiza um trabalho W e recebe 150 J de
calor do meio externo. Numa segunda
experiência, faz-se o gás sofrer uma
expansão adiabática, a partir das
mesmas condições iniciais, durante a
qual ele realiza o mesmo trabalho W.
Calcule a variação de energia interna ΔU
do gás nessa expansão adiabática.
Transformação cíclica
A transformação cíclica é um conjunto de
transformações tais que o estado final do gás coincide com
o seu estado inicial.
A variação da energia interna de um gás só depende dos
estados inicial e final da massa gasosa, independendo das
particulares transformações que levam o sistema do estado
inicial ao final.

Assim, numa transformação cíclica a variação da energia


interna é nula porque a temperatura final é igual à
temperatura inicial.
∆𝑼 = 𝟎
Neste transformação, a variação da energia
interna (∆𝑼) é oposta ao valor algébrico do trabalho
realizado (𝝉).
𝑸 = ∆𝑼 + 𝝉
𝑸=𝝉
Como a quantidade de calor trocada com o meio
externo é igual ao trabalho realizado temos que:
𝑸𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = 𝝉𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐
Desta forma, numa transformação cíclica o
trabalho realizado pode ser obtido pelo cálculo da
área do ciclo.
Quando o ciclo é percorrido no sentido horário
há conversão de calor em trabalho; caso
contrário, há conversão de trabalho em calor.
Exemplos
1) (UFRRJ-RJ) Um gás ideal sofre as transformações AB,
BC, CD e DA, de acordo com o gráfico a seguir.

Através da análise do gráfico, assinale adiante a alternativa


correta.
a) Na transformação CD, o trabalho é
negativo.
b) A transformação AB é isotérmica.
c) Na transformação BC, o trabalho é
negativo.
d) A transformação DA é isotérmica.
e) Ao completar o ciclo, a energia interna aumenta.
2) (UFAL) Um gás sofre a transformação termodinâmica
cíclica ABCA representada no gráfico p × V. No trecho AB
a transformação é isotérmica.

Analise as afirmações:
( ) A pressão no ponto A é 2,5 × 105 N/m2.
( ) No trecho AB o sistema não troca calor com a
vizinhança.
( ) No trecho BC o trabalho é realizado pelo gás e vale 2,0
× 104 J.
( ) No trecho CA não há realização de trabalho.
( ) Pelo gráfico, o trabalho realizado pelo gás no ciclo
ABCA é maior do que 4,0 × 104J.
3) (UFF-RJ) O ciclo de Stirling é um ciclo
termodinâmico reversível utilizado em algumas
máquinas térmicas. Considere o ciclo de Stirling
para 1 mol de um gás ideal monoatônico ilustrado
no diagrama PV.
Os processos AB e CD são isotérmicos e os
processos BC e DA são isocóricos.
a) Preencha a tabela para a pressão, volume
e temperatura nos pontos A, B, C, D.
Escreva as suas respostas em função de
PA, VA, PC, VC e de R (constante universal
dos gases). Justifique o preenchimento
das colunas P & T.
b) Complete a tabela com os valores do
calor absorvido pelo gás (Q), da variação
da sua energia interna (ΔU) e do trabalho
realizado pelo gás (W), medidos em Joule,
em cada um dos trechos AB, BC, CD e DA,
representados no diagrama PV. Justifique
o preenchimento das colunas para Q e ΔU.
Relação de Mayer
Na figura abaixo temos duas isotermas e duas transformações:
uma isobárica (AC) e outra isocórica (AB).
Podemos observar que nos dois processos temos a mesma
variação de temperatura e, portanto, a mesma variação de energia
interna. Mas será que a quantidade de calor envolvida nos dois
processos é a mesma?
∆𝑼𝑨𝑩 = ∆𝑼𝑩𝑪
𝑸𝒗 − 𝝉𝑨𝑩 = 𝑸𝒑 − 𝝉𝑨𝑪
𝑸𝒗 − 𝟎 = 𝑸𝒑 − 𝝉𝑨𝑪
𝑸𝒑 − 𝑸𝒗 = 𝝉𝑨𝑪
𝒏𝑪𝒑 𝚫𝑻 − 𝒏𝑪𝒗 𝚫𝑻 = 𝒑𝚫𝑽
𝒏𝑪𝒑 𝚫𝑻 − 𝒏𝑪𝒗 𝚫𝑻 = 𝒏𝑹𝚫𝑻
𝑪𝒑 − 𝑪𝒗 = 𝑹

Essa última expressão, estabelecida pelo médico e físico


Julius von Mayer (1814-1878), é válida para todos os gases ideais
e nos permite concluir que o calor específico molar de um gás
sob pressão constante é maior do que a volume constante e que a
diferença entre eles é a constante universal dos gases.
Processos reversíveis e
processos irreversíveis
Transformações reversíveis
Transformações reversíveis são aquelas que, sem
influências do meio externo, se realizam em ambos os
sentidos, podendo voltar ao estado inicial passando pelas
mesmas situações intermediárias.
Um bom exemplo deste tipo de transformação é o de um
pêndulo abandonado de certa altura no vácuo de um ponto
A. O pêndulo passará pelos pontos ABC e, naturalmente,
realizará a trajetória inversa CBA e oscilará passando
sempre pelos mesmos estados intermediários.
Transformações irreversíveis
No exemplo do pêndulo, se houvessem atritos, ele “perderia”
energia e não retornaria espontaneamente à posição inicial. Nesse
caso, essa é uma transformação irreversível, onde sua inversa só
pode ocorrer com influência do meio externo ou de corpos
circundantes, que devem fornecer energia ao corpo para que ele
retorne à posição inicial.
Quando um ovo cai e se quebra ou quando misturamos dois
líquidos miscíveis é impossível, naturalmente, retornar à situação
original, ou seja, o ovo voltar a ficar inteiro e os dois líquidos se
separarem. Temos dois exemplos de transformações irreversíveis.
Ciclo em termodinâmica
Em termodinâmica, ciclo é definido como uma série de
transformações termodinâmicas sucessivas e organizadas tais
que, ao transcurso de todas elas, o sistema regresse a
seu estado inicial; ou seja, que a variação
das grandezas termodinâmicas próprias do sistema seja nula.
Um fato característico dos ciclos termodinâmicos é a aplicação
da lei da conservação de energia: a soma de calor e trabalho
recebidos pelo sistema deve ser igual à soma de calor e trabalho
realizados pelo sistema.
Disponível em: http://fisicaevestibular.com.br/novo/fisica-
termica/termodinamica/segunda-lei-da-termodinamica/ Acesso:
29/12/2020
Segunda lei da
termodinâmica
Segunda lei da termodinâmica
Enquanto a primeira lei da termodinâmica trata da conservação da
energia, a segunda lei da termodinâmica trata da transferência de energia
térmica e descreve aquilo que não pode ocorrer de forma espontânea, ou
seja, é uma lei limitante.
Enquanto a primeira lei da termodinâmica pode ser aplicada a
processos reversíveis e irreversíveis porque é regida pelo princípio da
conservação da energia, a segunda lei restringe as ocorrências,
apontando os limites da natureza; como veremos mais adiante.
Uma das formas de enunciar a segunda lei da termodinâmica é:
“O calor não flui de forma espontânea de um corpo de menor
temperatura para outro de maior temperatura”.
O professor universitário alemão Rudolf Clausius (1822-1888)
enunciou a segunda lei da termodinâmica de outra maneira, mais voltada
ao funcionamento das máquinas:
“É impossível construir um dispositivo que, operando em ciclos,
produza como único efeito a transferência de calor de um corpo frio para
um corpo quente”.
William Thompson, mais conhecido com lord Kelvin (1824-1907), e
Max Planck (1848-1047), propuseram outro enunciado da segunda lei:
“É impossível construir uma máquina térmica que, operando em
ciclos, transforme integralmente em trabalho todo o calor que fornece”.
Desta forma, é impossível obter uma máquina com rendimento de
100%.
Exemplos
1) (UFU-MG) Em relação à Primeira e à Segunda Lei da Termodinâmica, é
correto afirmar que:
a) Na expansão isotérmica de um gás ideal monoatômico, a temperatura
permanece constante e, de acordo com a primeira lei da termodinâmica,
a variação da energia é nula. Desse modo, o calor absorvido é
convertido completamente em trabalho. Entretanto, pode-se afirmar que
a segunda lei da termodinâmica não é violada porque o sistema não
está isolado.
b) Na expansão isotérmica de um gás ideal monoatômico, a temperatura
permanece constante e, de acordo com a primeira lei da termodinâmica,
a variação da energia é nula. Desse modo, o calor absorvido é
convertido completamente em trabalho e pode-se afirmar que a
segunda lei da termodinâmica é violada, uma vez que esse é um
sistema isolado.
c) Na expansão adiabática de um gás ideal monoatômico, a temperatura
permanece constante e, de acordo com a primeira lei da termodinâmica,
a variação da energia é nula. Desse modo, o calor absorvido é
convertido completamente em trabalho e, considerando que esse não é
um sistema isolado, pode-se afirmar que a segunda lei da
termodinâmica é violada.
d) Na expansão isotérmica de um gás ideal monoatômico, a temperatura
permanece constante e, de acordo com a segunda lei da
termodinâmica, a variação da energia é nula. Desse modo, o calor
absorvido é convertido completamente em trabalho. Entretanto, pode-
se afirmar que a primeira lei da termodinâmica não é violada, porque o
sistema não está isolado.
Máquinas
térmicas
Máquinas térmicas
Genericamente, chamamos de máquina qualquer
dispositivo que tenha por finalidade transformar energia.
Máquina térmica é qualquer dispositivo capaz de
transformar calor em trabalho. As trocas de energia com o
meio externo acontecem tanto na forma de calor como na
forma de trabalho, em um processo cíclico.
O motor de um automóvel, as locomotivas, os navios, as
geladeiras e os aparelhos de ar-condicionado são exemplos
de máquinas térmicas.

http://fisicaevestibular.com.br/novo/fisica-termica/termodinamica/segunda-lei-da-termodinamica/
De acordo com a finalidade a que se propõe, as máquinas
térmicas podem ser classificadas em dois grupos: o motor
térmico e as bombas de calor (refrigerador e aquecedor
termodinâmico).
O motor de um automóvel é uma motor térmico porque
transforma a energia interna de combustível por meio de sua
queima em energia mecânica, ou seja, retira calor de uma fonte
mais quente, realiza trabalho e rejeita parte do calor para uma
fonte mais fria.
Uma geladeira é uma bomba de calor porque retira calor do
refrigerador para o ambiente, ou seja, retira calor de uma fonte
mais fria por meio de trabalho e rejeita parte dele para uma fonte
mais quente.
Apesar de que trouxeram grandes benefícios para a
humanidade, as máquinas térmicas produzem dois tipos de
poluição: a atmosférica e a térmica.
A poluição atmosférica resulta da queima dos combustíveis
fósseis (carvão, lenha, gás, gasolina, etc) que, devido à
combustão rápida, não queima todo o combustível lançando á
atmosfera várias substâncias tóxicas. Além dos resíduos
decorrentes da queima do combustível, as máquinas térmicas
enviam calor para o meio ambiente aquecendo-o resultando em
uma poluição térmica.
Responda:
1) Como funcionam os cilindros de um
automóvel para fazer o veículo se mover?
Motor térmico
O motor térmico, comumente tomado como
sinônimo de máquina térmica, é uma máquina que
tem por finalidade transformar calor em energia
mecânica.
O motor térmico recebe energia de uma fonte
quente, realiza trabalho (disponibiliza energia
mecânica) e, para voltar ao estado inicial e começar
um novo ciclo, cede certa quantidade de energia na
forma de calor para uma fonte fria.

Energia mecânica

𝝉>𝟎
Fonte quente (𝑸𝒒 )

Fonte fria (𝑸𝒇 )


𝑸𝒒 > 𝟎 Motor térmico 𝑸𝒇 < 𝟎

𝑻𝒇 < 𝑻𝒒
De acordo com o princípio da conservação de energia, o calor
fornecido pela fonte quente é a soma do trabalho realizado mais o
calor rejeitado para a fonte fria:
𝑸𝒒 = 𝝉 + 𝑸𝒇
𝝉 = 𝑸𝒒 − 𝑸𝒇
A energia útil do sistema é o trabalho realizado e corresponde
à diferença entre o calor da fonte quente (energia total fornecida à
máquina) e o calor da fonte fria (energia dissipada).
O aproveitamento de uma máquina é expresso pela relação
entre a quantidade útil de energia que se obtém e a quantidade
total de energia fornecida à máquina. No motor térmico essa
grandeza é denominada rendimento e é dada por:
𝝉
𝜼=
𝑸𝒒
Pela segunda lei da termodinâmica teremos sempre
rendimento menor que 100%, ou seja, não existe um motor
térmico que consegue transformar todo o calor recebido da fonte
quente em trabalho.
Em um motor térmico o rendimento também pode ser obtido
por:
𝝉 𝑸𝒒 −𝑸𝒇 𝑸𝒇
𝜼= = =𝟏−
𝑸𝒒 𝑸𝒒 𝑸𝒒
Máquina a vapor
A máquina a vapor foi a primeira máquina capaz
de aproveitar, de uma maneira eficiente, a energia
acumulada nos combustíveis para gerar movimento.
Também chamado de motor a vapor, uma de suas
grandes vantagens era não depender mais das
condições climáticas, como acontecia com a
potência gerada por moinhos de vento.
História
A necessidade que deu origem à máquina a vapor foi a
extração da água que inundava muitas minas de carvão na
Inglaterra no século XVII. Para extrair a água, eram usadas
bombas de extração impulsionadas por cavalos, porém esse
sistema era pouco eficiente,
As primeiras máquinas a vapor foram projetadas pelos
inventores, ferreiros e mecânicos ingleses Thomas Newcomen
(1662-1729) e Thomas Savery (1650-1715). Logo, outras pessoas
aperfeiçoaram essas máquinas. Na verdade, foi James Watt (1736-
1819) quem conseguiu desenhar uma máquina bastante eficiente
que revolucionou a atividade industrial.
O surgimento de sua máquina a vapor em 1769 marcou uma
clara fronteira na história das máquinas. Seu invento fomentou a
criação de máquinas especializadas na mineração, na indústria e
nos transportes, todas baseadas em combustíveis como o carvão,
de forma que já não era necessário que uma pessoa ou um animal
movesse o mecanismo.
Esse fato transformou por completo a sociedade, pois o tempo
necessário para realizar muitas tarefas repetitivas diminuiu
tremendamente. Produziram-se mudanças bastante radicais no
modo de vida das pessoas: deslocamento desde as zonas rurais
até as cidades e o surgimento de novas profissões são alguns
exemplos.
Esquema de funcionamento de uma máquina a vapor

Ao queimar combustível, obtém-se vapor de água, que percorre um


circuito até chegar a um cilindro. Dentro do cilindro, o vapor de água
empurra um pistão, que, por sua vez, ao se deslocar, move uma roda.
Quando o pistão alcança o extremo do cilindro, a válvula de saída se
abre, liberando o vapor, e o pistão, empurrado pela roda, retoma a sua
posição inicial, atingindo a outra extremidade do cilindro.
A válvula de saída, então, se fecha e a válvula de entrada volta a se
abrir, fazendo com que o ciclo se inicie novamente. O efeito final obtido é
o giro contínuo da roda.
Como funciona uma locomotiva a vapor
Os primeiros trens eram simplesmente vagões puxados por
cavalos, utilizados principalmente em minas para transportar a
matéria-prima extraída. A invenção da máquina a vapor
revolucionou esse sistema de transporte. As locomotivas a vapor
funcionaram até a aparição de máquinas com motor elétrico ou a
diesel, em meados do século XX.
Pode-se descobrir como funciona uma locomotiva a vapor
observando uma panela de pressão. Ao colocar no fogo uma
panela de pressão com água, observa-se que, depois de certo
tempo, a válvula da panela começa a girar. Se, nesse momento, é
tirada a válvula o vapor sairá violentamente. Isso acontece
porque, no interior da panela, parte da água evaporou e a pressão
do vapor é muito maior que a pressão atmosférica.
A locomotiva, assim como qualquer máquina a vapor, utiliza
a pressão do vapor para produzir movimento. Na locomotiva, o
combustível é madeira ou carvão, que se queima em um forno. A
combustão esquenta uma caldeira em que há água, produzindo
vapor. Como em uma panela de pressão, o vapor se encontra em
alta pressão. O vapor sai, então, por um duto e chega a um
cilindro, no qual entra por uma válvula de admissão.
A alta pressão em que o vapor se encontra faz com que
ele entre com violência e empurre o pistão que existe
dentro do cilindro. Para retornar a sua posição inicial, o
pistão faz com que o vapor, que perdeu pressão, saia por
uma válvula de escape. O movimento dos pistões da
locomotiva se transmite para as rodas por meio de um
sistema biela-manivela.

Por: Paulo Magno Torres


Disponível em:
https://www.coladaweb.com/fisica/mecanica/maquina-a-vapor.
Acesso: 28/12/2020
Motor a explosão
A máquina a vapor é também chamada de
máquina de combustão externa, pois o calor é
produzido pela queima do combustível (carvão,
lenha) fora do cilindro. Já o motor de um automóvel
é uma máquina térmica de combustão interna, pois o
combustível é queimado dentro do cilindro onde
está o vapor, como ilustramos a seguir.
Outra diferença entre a máquina a vapor e o motor
do automóvel é a rapidez com que se produz a
combustão. No caso da máquina a vapor, a produção
de calor é contínua, por meio da queima contínua do
carvão ou lenha. No automóvel, a queima é rápida,
por meio de pequenas explosões. Por isso o motor
do automóvel é também chamado de motor de
explosão.
O motor do automóvel utiliza um ciclo que tem
quatro fases, sendo por isso denominado motor a
explosão de quatro tempos.
1º tempo – admissão
O pistão desce (fig. a) enquanto a válvula de admissão se abre, e desse
modo uma mistura de ar e vapor de gasolina é aspirada para dentro do
cilindro.
2º tempo – compressão
A válvula de admissão se fecha e o pistão sobe (fig. b), comprimindo o
vapor de modo aproximadamente adiabático e provocando um
aumento da temperatura.
3º tempo – explosão
Um dispositivo elétrico, denominado vela, emite uma faísca elétrica (fig.
c), provocando a combustão rápida (explosão) do vapor. Isso provoca
um aquecimento dos gases, aumentando a pressão, o que por sua vez
produz uma expansão aproximadamente adiabática dos gases,
empurrando o pistão para baixo.
4º tempo – expulsão
Ocorre a abertura da válvula de escape enquanto o pistão sobe,
expulsando os gases queimados (fig d).
Esse processo pode ser descrito pelo ciclo da
figura a seguir, denominado ciclo de Otto, pois foi o
engenheiro alemão Nikolaus Otto (1832-1891) quem
primeiro conseguiu construir um motor de quatro
tempos, em 1876. Nesse ciclo temos:
• Durante a fase AB, a mistura gasosa penetra no cilindro
sob pressão atmosférica, aumentando o volume de 𝑽𝟏
para 𝑽𝟐 (1º tempo).
• Na fase BC, a mistura gasosa é comprimida
adiabaticamente (2º tempo)
• Na fase CD, ocorre a combustão e, assim, o gás recebe
uma quantidade de calor 𝑄𝑞 . Como a combustão é muito
rápida, nessa fase o volume fica aproximadamente
constante, enquanto a pressão e a temperatura
aumentam.
• Na fase DE, ocorre a expansão adiabática do gás. A
transformação CDE corresponde ao 3º tempo.
• Na fase EB, o gás cede calor ao ambiente (sistema de
refrigeração) e sua pressão diminuiu a volume constante.
• Na fase BA, os gases são expulsos sob pressão
atmosférica (saindo pelo escapamento do automóvel). A
transformação EBA corresponde ao 4º tempo.
Os motores de automóveis têm, em geral, quatro
cilindros (e quatro pistões), de modo que a cada instante há
um pistão executando um dos tempos.

Como vimos, o primeiro tempo se inicia com o


movimento descendente do pistão. Assim, quando o motor
está parado, e para que se inicie o processo, há um
pequeno motor elétrico que dá a arrancada inicial. Esse
motor é denominado motor de arranque, e utiliza energia da
bateria do automóvel.
SAMPAIO, José Luiz; CALÇADA, Caio Sérgio. Universo da física. Vol
2. 2 ed. São Paulo: Atual, 2005. p. 309-311.
Os motores de combustão interna
também obedecem a Primeira Lei da
termodinâmica, ou seja, ΔU = Q – W.
O motor de um carro é a fonte quente, local onde ocorre
a queima do combustível, que fornece o calor que é
resultante da explosão dos gases do combustível.
Dessa fonte térmica é retirada, a cada ciclo, uma
quantidade de calor. (1)
Parte deste calor é convertida em trabalho mecânico
útil (energia útil), fazendo o carro se mover.
A outra parte do calor que não é aproveitada é rejeitada
para a atmosfera (meio ambiente), fonte fria, por meio do
escapamento. (2)
Ocorre conservação de energia no motor de um
carro pois a mistura gasosa, que realiza trabalho, é
eliminada pelo escapamento com temperatura maior do que
antes da explosão, logo parte do calor de combustão é
transformada em energia interna dos gases, além da troca
de calor que ocorre entre a carcaça do motor e o ambiente.
Portanto, a parte restante do calor de combustão é
devida a energia de movimento do pistão, ou seja,
realização de trabalho.
Disponível em: http://fisicaevestibular.com.br/novo/fisica-
termica/termodinamica/segunda-lei-da-termodinamica/ Acesso:
29/12/2020
Construção de um motor de 4 cilindros.
Exemplos
1) O motor de um carro popular é alimentado
por um combustível cujo calor de combustão
é 11.000 kcal/litro. Esse motor está
funcionando com rendimento de 30% e
produzindo uma potência útil de 30 hp.
Considere 1 hp = 746 W e 1 cal = 4,2 J.
a) Qual é a potência fornecida ao motor?
b) Quantos litros de combustível esse carro
consome em 1 hora?
c) Se o carro se desloca com velocidade
constante de 80 km/h, quantos quilômetros
ele percorre com 1 litro de combustível?
2) (UEL-PR) O reator utilizado na usina nuclear de Angra dos Reis –
Angra II – é do tipo PWR (Pressurized Water Reactor).
O reator utilizado na Usina Nuclear de Angra dos Reis – Angra II – é do
tipo PWR (Pressurized Water Reactor). O sistema PWR é constituído de
três circuitos: o primário, o secundário e o de água de refrigeração. No
primeiro, a água é forçada a passar pelo núcleo do reator a pressões
elevadas, 135 atm, e à temperatura de 320oC. Devido à alta pressão, a
água não entra em ebulição e, ao sair do núcleo do reator, passa por
um segundo estágio, constituído por um sistema de troca de calor,
onde se produz vapor de água que vai acionar a turbina que transfere
movimento ao gerador de eletricidade. Na figura estão indicados os
vários circuitos do sistema PWR.
Considerando as trocas de calor que ocorrem em
uma usina nuclear como Angra II, é correto
afirmar:
a) O calor removido do núcleo do reator é utilizado
integralmente para produzir trabalho na turbina.
b) O calor do sistema de refrigeração é transferido
ao núcleo do reator através do trabalho realizado
pela turbina.
c) Todo o calor fornecido pelo núcleo do reator é
transformado em trabalho na turbina e, por isso, o
reator nuclear tem eficiência total.
d) O calor do sistema de refrigeração é transferido
na forma de calor ao núcleo do reator e na forma
de trabalho à turbina.
e) Uma parte do calor fornecido pelo núcleo do
reator realiza trabalho na turbina, e outra parte é
cedida ao sistema de refrigeração.
Responda:
1) Qual o rendimento máximo possível para um
motor térmico?

https://www.youtube.com/watch?v=I_6QPrIrPDo
Máquinas de Carnot
Os primeiros motores térmicos foram as máquinas a vapor,
cuja fonte quente provinha da queima do carvão. Esses motores
possuíam um rendimento muito baixo, em torno de 5%.
Tentando melhorar esse rendimento, Nicolas Leonard Sadi
Carnot (1796-1832) realizou vários estudos e idealizou um ciclo
reversível que proporcionaria a uma máquina térmica um
rendimento máximo.
O ciclo idealizado, denominado ciclo de Carnot, representado
na figura abaixo, consiste de uma expansão isotérmica (AB),
seguido de uma expansão adiabática (BC), de uma compressão
isotérmica (CD) e de uma compressão adiabática (DA).
Carnot, após uma análise profunda do funcionamento das
máquinas térmicas, concluiu que nenhum motor térmico que
opere entre duas temperaturas possui rendimento maior do que
aquele que operar segundo o ciclo de Carnot.
Em cada ciclo de Carnot, as quantidades de calor trocadas
com as fontes quente e fria são proporcionais às respectivas
temperaturas absolutas das fontes, ou seja:
𝑸𝒒 𝑻𝒒
=
𝑸𝒇 𝑻𝒇
Assim, para o ciclo de Carnot, temos um rendimento dado por:
𝑸𝒇 𝑻𝒇
𝜼𝒄𝒂𝒓𝒏𝒐𝒕 = 𝟏 − =𝟏−
𝑸𝒒 𝑻𝒒
Esta expressão nos dá o rendimento máximo de qualquer
motor térmico operando entre duas temperaturas absolutas sendo
𝑻𝒒 > 𝑻𝒇 .
Esta expressão também mostra que não existe uma máquina
térmica com 100% de rendimento, mesmo que opere segundo o
ciclo de Carnot, pois não dispomos de uma fonte fria que opere a
0 K.
Exemplos
1) Um inventor informa ter construído uma
máquina térmica que recebe, em certo
tempo, 105 cal de calor da fonte quente e
fornece, ao mesmo tempo, 5.104 cal de
trabalho útil. Informou, ainda, que a
máquina térmica trabalha entre as
temperaturas de 177 ºC e 227 ºC.
Comente sobre a veracidade da existência
da máquina construída pelo inventor.
Responda:
1) De acordo com a segunda lei da termodinâmica o calor sempre
flui espontaneamente do corpo mais quente para o corpo mais
frio. Como é possível, então, retirar calor de uma fonte fria e o
dispersar em uma fonte quente como em uma geladeira?

http://polemicascmm.blogspot.com/2012/09/conversao-de-trabalho-em-calor-maquina.html
Bombas de calor
De acordo com a segunda lei da termodinâmica, o calor não
flui espontaneamente de um corpo mais frio para um corpo mais
quente. No entanto é possível, por meio de um processo forçado
por um trabalho mecânico, “bombear” o calor de um corpo mais
frio para um corpo mais quente.
A figura abaixo representa de forma geral uma bomba de calor
que pode ser usada como refrigerador (refrigera ainda mais a
fonte fria) ou como aquecedor termodinâmico (aquece ainda mais
a fonte quente).

Trabalho mecânico
(compressor)

𝝉<𝟎

Fonte quente (𝑸𝒒 )


Fonte fria (𝑸𝒇 )

Bomba de
𝑸𝒇 > 𝟎 𝑸𝒒 < 𝟎
calor

𝑻𝒇 < 𝑻𝒒
As máquinas frigoríficas, como as geladeiras por
exemplo, por meio de um compressor que realiza trabalho
sobre o sistema retira calor da fonte fria (interior da
geladeira) e o dispersa em uma fonte quente (ambiente).
Note que a fonte quente aumenta ainda mais a sua
temperatura, o que pode ser observado na alta temperatura
do condensador que fica atrás da geladeira.
A bomba de calor recebe calor da fonte fria e cede
calor ara a fonte quente, devido ao trabalho
realizado pelo compressor. De acordo com o
princípio da conservação de energia, temos:
𝑸𝒇 + 𝝉 = 𝑸𝒒
No caso das máquinas frigoríficas e aquecedores
termodinâmicos o termo rendimento é substituído
por eficiência, definido como o quociente entre a
quantidade de calor recebida da fonte fria e o
trabalho mecânico realizado pelo compressor:
𝑸𝒇
𝒆=
𝝉
A eficiência também pode ser dada por:
𝑸𝒇 𝑸𝒇 𝑸𝒇
𝒆= = = −𝟏
𝝉 𝑸𝒒 − 𝑸𝒇 𝑸𝒒
Exemplos
1) Num refrigerador, em cada ciclo, a bomba de
calor consegue retirar 45 cal do interior da
geladeira enquanto o compressor realiza um
trabalho de 45 J. Considere 1 cal = 4 J.
a) Qual é a quantidade de calor, em joules, que o
refrigerador transfere para a atmosfera, em cada
ciclo?
b) Qual é a eficiência desse refrigerador?
c) Qual é o trabalho necessário para que esse
refrigerador congele 1 litro de água, inicialmente
a 10 ºC, a 0ºC? (Considere: 𝒄á𝒈𝒖𝒂 = 𝟏 cal/gºC e
𝑳𝒇 = 𝟖𝟎 𝒄𝒂𝒍/𝒈)
d) Por que não podemos eliminar o trabalho do
compressor?
2) Em relação a uma geladeira (refrigerador), são
feitas as seguintes afirmações. Analise certo ou
errado em cada uma delas.
I. O interior do refrigerador é mais frio que o
meio externo.
II. Por meio do compressor, a parte interna
(mais fria) transfere calor para a parte externa
(mais quente).
III. Se as paredes da geladeira fossem
perfeitamente isolantes não haveria a
necessidade contínua de bombear calor de
dentro da geladeira ara o meio externo.
IV. O calor flui de dentro da geladeira para fora,
pois o ambiente é normalmente mais frio que
o interior da geladeira.
Responda:
1) O que significa a expressão: “A morte
térmica do universo”?
Entropia –
Indisponibilidade da
energia
Irreversibilidade e desordem em
um processo natural
Suponha que uma certa massa de água quente seja
misturada com uma porção de água fria. Como sabemos,
este sistema, resultante da mistura, termina por alcançar
uma temperatura de equilíbrio, que tem o mesmo valor em
qualquer ponto do sistema.
Evidentemente, antes de ser efetuada a mistura, teria
sido possível fazer uma máquina térmica operar usando as
massas de água mencionadas como fonte quente e fria
desta máquina. Isto é, a energia que foi transferida da
massa quente para a fria poderia ter sido usada para a
realização de um trabalho (energia útil). Entretanto, após a
mistura, sendo atingida a uniformidade da temperatura do
sistema, embora não tenha havido desaparecimento de
energia, não é possível convertê-la em trabalho. Vemos,
então, que uma parte da energia do sistema tornou-se
indisponível. Em outras palavras, não podemos usá-la de
forma útil.
Para que aquela parte de energia continuasse disponível
para a realização de trabalho, seria necessário que o
sistema (suposto isolado0 voltasse espontaneamente às
condições iniciais, isto é, a mistura se separasse nas duas
porções quente e fria primitivas. De nossa experiência
diária sabemos que isso nunca ocorre, ou seja, o processo
que levou à homogeneização da temperatura é irreversível*.
Outra maneira de analisar este processo consiste em
observar que o sistema inicialmente encontra-se em
condição mais organizada, isto é, de maior ordem, com as
moléculas de menor energia cinética média (água quente)
separadas das moléculas de menor energia cinética (água
fria). Depois que ocorre a mistura, o sistema torna-se mais
desordenado, com as moléculas distribuídas
aleatoriamente, havendo uma uniformidade da temperatura.

* O ramo da física denominado Mecânica Estatística modifica a


afirmativa “nunca ocorre” para “é altamente improvável que ocorra”.
Outros exemplos
Esta irreversibilidade do processo que acabamos de
analisar e o aumento da desordem do sistema, que
conduzem à indisponibilidade de parte de sua energia, é
uma característica de qualquer processo que ocorre na
natureza. Por exemplo: um bloco deslizando sobre uma
superfície horizontal com atrito, como sabemos, acaba
parando e sua energia é toda dissipada em forma de
energia térmica do próprio bloco e da superfície. Este
processo também é irreversível, pois a energia térmica não
poderia, espontaneamente, voltar a aparecer como energia
cinética do bloco como um todo colocando-o em
movimento. Isto é, a energia cinética do bloco como um
todo (ordenada macroscopicamente) se distribuiu,
desorganizando-se, em energia cinética das partículas que
constituem o sistema (energia térmica). Também neste
caso, a energia cinética do bloco que poderia ser utilizada
para realizar um trabalho útil, agora , sob a forma de energia
termica, perdeu sua capacidade de realizar trabalho, isto é,
perdeu sua disponibilidade.
De maneira geral, ao analisarmos qualquer processo que
ocorra na natureza iremos chegar às mesmas conclusões
(veja figura). Assim, enquanto você caminha, estuda,
cresce, se alimenta, dorme, acende uma lâmpada ou
passeia de automóvel, uma certa quantidade de energia
estará continuamente tornando-se indisponível para a
realização de trabalho, embora a energia total não tenha
sido alterada. Costuma-se dizer que a energia se degrada
ao se transformar em energia térmica.

Quando o recipiente é agitado, as bolas diferentes se misturam. Este


processo conduz a um aumento da desordem do sistema e a
continuidade da agitação não levaria o sistema de volta às condições
iniciais (o processo é irreversível).
Entropia
Para expressar quantitativamente essas características dos
processos irreversíveis, o físico alemão R. Clausius, por volta de 1860,
introduziu uma nova grandeza, denominada entropia. Esta grandeza, que
é usualmente representada pela letra 𝑺, teria um valor que varia quando o
sistema passa de um estado para outro. Esta variação, 𝚫𝑺, é exatamente
o que é importante conhecer e não o valor 𝑺 da entropia em cada estado
pelo qual o sistema passa 9de maneira semelhante ao que ocorre com a
energia potencial, da qual só interessa a variação).
Para um sistema que sofre uma transformação isotérmica, em uma
temperatura absoluta 𝑻, absorvendo ou rejeitando uma quantidade de
calor 𝚫𝑸, a variação da entropia é dada por
𝚫𝑸 𝚫𝑸
𝚫𝑺 = ou 𝑺𝒇 − 𝑺𝒊 =
𝑻 𝑻
Foi convencionado que quando o sistema recebe calor temos 𝚫𝑸 > 𝟎
e consequentemente temos, também, 𝚫𝑺 > 𝟎 , ou seja, a entropia do
sistema aumenta. Se o sistema rejeita calor, temos 𝚫𝑸 < 𝟎 e 𝚫𝑺 < 𝟎 (a
entropia do sistema diminuiu).
Por exemplo, se um gás sofre uma expansão isotérmica, na
temperatura T = 300 K, absorvendo uma quantidade de calor 𝚫𝑸 = 𝟗𝟎𝟎 J,
a variação da entropia seria de
𝚫𝑸 𝟗𝟎𝟎
𝚫𝑺 = = ou 𝚫𝑺 = 𝟑, 𝟎 𝑱/𝑲
𝑻 𝟑𝟎𝟎
Isto é, a entropia do gás aumentou de 3,0 J/K. Se aquela quantidade
de calor tivesse sido retirada do gás, teríamos 𝚫𝑺 = −𝟑, 𝟎 𝑱/𝑲, o que
significa que a sua entropia teria diminuído de 3,0 J/K*.
*Quando o processo não é isotérmico, a determinação do valor de 𝚫𝑺 deve ser feita por meio
de Cálculo Integral, um ramo da Matemática que é estudado em cursos superiores.
Princípio do aumento da entropia
Consideremos um sistema que sofra um processo irreversível
qualquer. Neste processo, em geral, este sistema interage com a
vizinhança e ambos sofrerão variações de entropia. Seja 𝚫𝑺𝒔 a
variação da entropia do sistema e 𝚫𝑺𝒗 a da vizinhança. A variação
total de entropia 𝚫𝑺𝒕 , ocorrida no processo será, evidentemente
𝚫𝑺𝒇 = 𝚫𝑺𝒔 + 𝚫𝑺𝒗
Observando os fenômenos que ocorrem na natureza
(fenômenos irreversíveis), foi possível concluir que nesses
processos a entropia total sempre aumenta, isto é, remos
seguramente 𝚫𝑺𝒕 > 𝟎. Portanto, a entropia, ao contrário de outras
grandezas, tais como energia, o momentum, etc., não se
caracteriza por uma lei de conservação, mas por um princípio de
aumento**, denominado Princípio de Aumento da Entropia:
Em Todos os processos naturais
irreversíveis, a entropia total (do sistema e da
vizinhança) sempre aumenta.
**Alguns processos ideias podem ser considerados reversíveis e nestes
processos a entropia total não varia, ou seja, 𝚫𝑺𝒕 = 𝟎.
A “morte térmica” do universo
Qual seria o significado do aumento da entropia que acompanha todo
e qualquer processo que ocorre na natureza?
O próprio Clausius já havia mostrado que este aumento de entropia
está relacionado com o aumento da desordem do sistema e com a perda
da oportunidade de converter energia em trabalho. De fato, é possível
mostrar que, quanto maior for o aumento total de entropia 𝚫𝑺𝒕 , que
ocorre em um processo, maior é a quantidade de energia 𝚫𝑬 que se torna
indisponível para ser convertida em energia útil, embora a energia total
envolvida no processo permaneça constante. Portanto, como havíamos
dito, a entropia é uma grandeza apropriada para caracterizar o grau de
desordem e de degradação da energia envolvidos nos processos
irreversíveis e podemos destacar:
A quantidade de energia 𝚫𝑬 que se torna indisponível em um
processo natural é diretamente proporcional ao aumento total da
entropia 𝚫𝑺𝒕 , que acompanha o processo.
A tendência de todos os processos naturais, tais como fluxo de calor,
mistura, difusão etc. é acarretar uma uniformidade de temperatura,
pressão, composição etc. em todos os pontos dos sistemas que
participam dos processos. Em cada um desses processos há um
aumento de entropia e um aumento na indisponibilidade de energia.
Podemos, então, visualizar um momento, em um futuro distante, no qual
todo o universo terá atingido um estado de uniformidade absoluta. Se
esta situação for alcançada, ainda que não tenha havido nenhuma
alteração no valor da energia total do universo, todos os processos
físicos, químicos e biológicos terão cessado. Este fim para o qual
parecemos caminhar é comumente conhecido como a morte térmica do
universo.
Estas ideias, que parecem ser consequência inevitável do
estabelecimento das leis da Termodinâmica, desde quando foram
estabelecidas têm despertado grande interesse, até mesmo popular, e já
foram usadas como tema em diversas obras literárias.
H.G.Wells, com sua obra A máquina do tempo, e o astrônomo francês
Camille Flammarion são exemplos de escritores que se envolveram com
o assunto. Na figura apresentamos uma reprodução de duas ilustrações
da obra de Flammarion, na qual ele descreve várias maneiras pelas quais
chegaremos ao fim do mundo.

Ilustrações e legendas que as acompanham, reproduzidas da obra do astrônomo francês


Camille Fammarion: “A miserável raça humana morrerá pelo frio” e “Este será o fim”.

LUZ, Antônio Máximo Ribeiro da; ÁLVARES, Beatriz Alvarenga. Física:


volume 2. São Paulo: Scipione, 2005. p. 151-155
Exercícios
Energia interna
1) (PUC-RS) A temperatura de um gás é
diretamente proporcional à energia cinética das
suas partículas. Portanto, dois gases A e B, na
mesma temperatura, cujas partículas tenham
massas na proporção de mA/mB=4/1, terão as
energias cinéticas médias das suas partículas
na proporção EcA/EcB igual a
a) 1/4
b) 1/2
c) 1
d) 2
e) 4
2) (UFSC-SC) Com relação aos conceitos de calor,
temperatura e energia interna, assinale a(s)
proposição(ões) CORRETA(S).
(01) Associa-se a existência de calor a qualquer corpo, pois
todo corpo possui calor.
(02) Quando as extremidades de uma barra metálica estão a
temperaturas diferentes, a extremidade submetida à
temperatura maior contém mais calor do que a outra.
(04) Calor é a energia contida em um corpo.
(08) Para se admitir a existência de calor são necessários,
pelo menos, dois sistemas.
(16) Duas esferas de mesmo material e de massas
diferentes, após ficarem durante muito tempo em um
forno a 160 °C, são retiradas deste e imediatamente
colocadas em contato. Logo em seguida, pode-se
afirmar, o calor contido na esfera de maior massa passa
para a de menor massa.
(32) Se colocarmos um termômetro, em um dia em que a
temperatura está a 25 °C, em água a uma temperatura
mais elevada, a energia interna do termômetro
aumentará.
Primeiro princípio da termodinâmica
e transformações termodinâmicas
3) (UEMS-MS) Assinale a alternativa correta:
a) A primeira lei da termodinâmica diz respeito à
dilatação térmica.
b) Na mudança de estado de um gás, sempre há
realização de trabalho.
c) Quando um corpo recebe calor, sua temperatura
necessariamente se eleva.
d) No vácuo, a única forma de transmissão de calor
é por condução.
e) Transformação isotérmica é uma transformação
gasosa na qual a pressão (P) e o volume (V) do
gás variam e a temperatura (T) é mantida
constante.
4) (UEPG-PR) A 1ª lei da termodinâmica pode ser entendida como
uma afirmação do princípio da conservação da energia. Sua
expressão analítica é dada por ΔU = Q – 𝝉 , onde ΔU
corresponde à variação da energia interna do sistema, Q e 𝝉 ,
respectivamente, calor trocado e trabalho realizado.

Sobre a 1ª lei da termodinâmica aplicada a transformações


abertas, assinale o que for correto.
01) O sistema pode receber trabalho sem fornecer calor e sua
energia interna aumenta.
02) O sistema pode receber calor sem realizar trabalho e sua
energia interna aumenta.
04) O sistema pode, simultaneamente, receber calor e trabalho e
sua energia interna aumenta.
08) O sistema pode realizar trabalho sem receber calor e sua
energia interna diminui.
16) O sistema pode fornecer calor sem receber trabalho e sua
energia interna diminui.
5) (UFMS-MS) Sem variar sua massa, um
gás ideal sofre uma transformação a
volume constante. É correto afirmar
que
a) a transformação é isotérmica.
b) A transformação é isobárica.
c) o gás não realiza trabalho.
d) sua pressão diminuirá, se a
temperatura do gás aumentar.
e) a variação de temperatura do gás será
a mesma em qualquer escala
termométrica.
6) (CFT-MG) Durante a compressão de
um sistema gasoso, sob a ação de uma
força constante,
a) a temperatura do gás é invariável.
b) a energia interna permanece a
mesma.
c) o trabalho realizado sobre o gás é
negativo.
d) o calor trocado com a vizinhança é
nulo.
7) (UFPEL-RS) De acordo com seus conhecimentos sobre
Termodinâmica, analise as afirmativas abaixo.
I – Sempre que um corpo muda de fase, sob pressão
constante, ele recebe ou cede calor e a sua temperatura
varia.
II – Quando temos uma transformação isobárica, de uma
certa massa de um gás perfeito, o aumento da
temperatura fará com que aconteça um aumento de
volume.
III – Uma dada massa de um gás perfeito pode receber calor
sem que a sua temperatura interna aumente. Isso
ocorrerá se ele realizar um trabalho igual à quantidade de
calor que recebeu.
IV – Num processo de transformação isocórico a
temperatura de uma certa massa de um gás permanece
constante.
Dessas afirmativas, estão CORRETAS apenas
a) I e III b) I, II e III c) II e III d) II e IV e) II, III e IV
8) (UFLA-MG) A Termodinâmica faz nítida distinção entre o
objeto de seu estudo, chamado sistema, e tudo aquilo
que o envolve e pode interagir com ele, chamado meio.
Considere um sistema constituído por certa quantidade
de um gás ideal contido em um recipiente de paredes
móveis e não-adiabáticas e marque a alternativa
incorreta:
a) Para que o gás realize uma expansão isobárica, é
necessário que o sistema receba certa quantidade de
calor do meio.
b) Para que o gás sofra uma expansão isotérmica, é
necessário que o sistema receba calor do meio, o qual é
convertido em trabalho.
c) Em uma compressão adiabática do gás, o meio realiza
trabalho sobre o sistema, com consequente aumento da
energia interna do gás.
d) Para que o gás sofra um aumento de pressão a volume
constante, é necessário que o sistema receba certa
quantidade de calor do meio.
e) Em uma compressão isobárica, o gás tem sua
temperatura e sua energia interna diminuídas
9) (FGV) Dentre as transformações realizadas
por um gás ideal, é certo que:
a) não há variação da energia interna nas
transformações isobáricas.
b) a temperatura se mantém constante, tanto nas
transformações isotérmicas quanto nas
isométricas.
c) nas transformações adiabáticas não há troca
de calor entre o gás e o recipiente que o
contém.
d) não há realização de trabalho nas
transformações isotérmicas, uma vez que
nelas o volume não varia.
e) tanto a pressão quanto o volume do gás se
mantêm constantes nas transformações
isométricas.
10) (UEG-GO)
É sempre bom lembrar, que um copo vazio está cheio de ar.
Que o ar no copo ocupa o lugar do vinho
Que o vinho busca ocupar o lugar da dor
Que a dor ocupa a metade da verdade
A verdadeira natureza interior
Gilberto Gil. “Copo Vazio”
Tendo como referência o poema de Gilberto Gil e com base nas
propriedades e leis que regem a fase gasosa, assinale a
alternativa INCORRETA:
a) Um gás dilata-se muito mais com a temperatura do que um
sólido ou um líquido.
b) Volumes iguais de gases diferentes, desde que nas mesmas
condições de pressão e temperatura, contêm o mesmo número
de moléculas.
c) A energia cinética média de translação das moléculas de um
gás – qualquer que seja ele – é proporcional à sua temperatura.
d) Se for fornecida a mesma quantidade de calor a uma certa
massa de gás, ela se aquecerá mais se estiver mantida num
volume constante do que sob pressão constante.
e) É impossível ceder calor a um gás e sua temperatura não sofrer
variação.
11) (MACKENZIE-SP) Mantendo uma estreita abertura em
sua boca, assopre com vigor sua mão agora! Viu? Você
produziu uma transformação adiabática! Nela, o ar que
você expeliu sofreu uma violenta expansão, durante a
qual:
a) o trabalho realizado correspondeu à diminuição da
energia interna desse ar, por não ocorrer troca de calor
com o meio externo;
b) o trabalho realizado correspondeu ao aumento da
energia interna desse ar, por não ocorrer troca de calor
com o meio externo;
c) o trabalho realizado correspondeu ao aumento da
quantidade de calor trocado por esse ar com o meio, por
não ocorrer variação da sua energia interna;
d) não houve realização de trabalho, uma vez que o ar não
absorveu calor do meio e não sofreu variação de energia
interna;
e) não houve realização de trabalho, uma vez que o ar não
cedeu calor para o meio e não sofreu variação de energia
interna.
12) (UFMT-MT) No final do séc. XIX, Ludwig Boltzmann
demonstrou que é possível descrever teoricamente o
comportamento de variáveis termodinâmicas macroscópicas,
tais como a pressão e a temperatura, admitindo que os gases
sejam constituídos por “pequenas partículas” que se movem
com uma certa velocidade se chocando umas contra as outras
e contra as paredes do recipiente que os contém. Até então, não
haviam sido formulados os modelos contemporâneos de
átomos e moléculas. Lênin manifestou sua concordância com a
teoria dos gases de Boltzmann, classificando-a como
“essencialmente materialista”. A teoria de Boltzmann é coerente
com o materialismo marxista-leninista, pois:
a) procura demonstrar que o mundo macroscópico pode ser
entendido através de propriedades microscópicas objetivas,
que podem ser mensuradas sem a necessidade de explicações
metafísicas;
b) Marx já havia incorporado à sua obra a suposição de que os
materiais são constituídos por moléculas.
c) as máquinas térmicas idealizadas por Boltzmann poderiam ser
utilizadas pelo proletariado russo como forma de fortalecer o
segmento da economia a que eles pertenciam;
d) todas as teorias da Física têm bases materialistas marxistas;
procura demonstrar que, da mesma forma que um gás é contido
num recipiente, o Estado pode exercer forte controle sobre a
população.
13) (UFMG-MG) Uma seringa, com a extremidade
fechada, contém certa quantidade de ar em seu
interior. Sampaio puxa, rapidamente, o êmbolo
dessa seringa, como mostrado nesta figura:

Considere o ar como um gás ideal. Sabe-se que,


para um gás ideal, a energia interna é proporcional
à sua temperatura.
Com base nessas informações, é CORRETO afirmar
que, no interior da seringa,
a) a pressão do ar aumenta e sua temperatura
diminui.
b) a pressão do ar diminui e sua temperatura
aumenta.
c) a pressão e a temperatura do ar aumentam.
d) a pressão e a temperatura do ar diminuem.
14) (UEPA) Um estudante verifica a ação do calor sobre um gás
perfeito inserido em uma seringa de vidro, aquecendo-a com
uma vela e mantendo fechada sua saída (ver figura).

Desprezando o atrito entre o êmbolo da seringa e o vidro, pode-se


afirmar que, durante o aquecimento:
a) O gás se tornará mais denso; com isso, a pressão do ar
atmosférico empurrará o êmbolo da seringa, comprimindo o
gás.
b) Se a pressão do gás se mantiver constante, a energia interna
do sistema aumentará, fazendo com que o gás realize trabalho
deslocando o êmbolo da seringa.
c) Se a pressão do gás se mantiver constante, o sistema gasoso
receberá trabalho, diminuindo o volume interno da seringa.
d) Se a energia interna do sistema aumentar, certamente o gás
sofrerá uma transformação isométrica.
e) Toda a energia recebida será integralmente utilizada para
deslocar o êmbolo, tratando-se, portanto, de uma
transformação isobárica do gás.
15) (UFMS-MS) Uma pessoa, ao terminar de coar o café, coloca-o
dentro de uma garrafa térmica, e todo o sistema café e garrafa
está em equilíbrio térmico a 70° C. A garrafa térmica está
fechada e não está totalmente cheia; portanto, existe um
volume de ar no interior da garrafa também a 70° C nesse
instante. Considere o ambiente externo a uma temperatura
constante e igual a 20° C, e que a garrafa térmica não é ideal,
isto é, permite troca de calor entre seu interior e a vizinhança,
mas não permite a entrada e nem a saída de ar. Depois de certo
tempo, todo o sistema entra em equilíbrio térmico com o
ambiente externo na temperatura de 20° C. Considere que a
densidade do café não varie com a temperatura, e o volume de
ar contido no interior da garrafa como um sistema
termodinâmico e como um gás ideal. Assinale o diagrama que
representa corretamente a transformação termodinâmica,
ocorrida no ar enquanto atingia o equilíbrio térmico com a
vizinhança, onde T é temperatura, V é volume e P é a pressão
desse sistema.
16) (UFSM-RS) Quando um jogador “dá de bico”
na bola, ela fica deformada, enquanto está em
contato com a chuteira. O ar dentro da bola
tem uma variação de volume num intervalo de
tempo muito curto, podendo-se considerar
essa variação como adiabática. Na figura, as
curvas que melhor representam um processo
adiabático e um isotérmico de um gás ideal
são, respectivamente,
a) V e IV.
b) IV e III.
c) III e II.
d) II e III.
e) II e I.
17) (PUC-RJ) Uma máquina térmica que pode ter uma
eficiência extremamente alta é a Máquina de Stirling. Este
tipo de máquina é fácil de construir, de modo que alguns
modelos simples podem ser feitos até com latas vazias de
alimentos. Nessas máquinas, o gás (que pode ser
aproximado como um gás ideal) passa por um ciclo
(desenhado no gráfico pressão versus volume a seguir).

Esse ciclo consiste de dois processos isotérmicos e dois


processos a volume constante (isocóricos).
a) Dados os processos AB, BC, CD e DA, indique quais são
isotérmicos e quais são isocóricos.
b) Calcule as pressões em B e em C, como função da
pressão atmosférica Patm.
c) Calcule a razão entre as temperaturas TA / TC.
18) (UFU-MG) Dois gases ideais monoatômicos 1
e 2, com o mesmo número de mols, são,
independentemente, submetidos a processos
de aquecimento, sofrendo a mesma variação
de temperatura. No caso do gás 1, seu volume
permaneceu constante ao longo do processo;
no caso do gás 2, sua pressão não variou.
Considerando que Q1, W1 e ΔU1 são,
respectivamente, o calor recebido, o trabalho
realizado e a variação da energia interna do
gás 1; e Q2, W2 e ΔU2, são as mesmas
grandezas para o gás 2, é correto afirmar que
a) ΔU1 = ΔU2; Q1 < Q2.
b) ΔU1 = ΔU2; Q1 > Q2.
c) ΔU1 > ΔU2; Q1 = Q2.
d) ΔU1 < ΔU2; Q1 = Q2.
19) (UFMG-MG) Um cilindro é fechado por um êmbolo que
pode se mover livremente. Um gás, contido nesse
cilindro, está sendo aquecido, como representado nesta
figura:

Com base nessas informações, é CORRETO afirmar que,


nesse processo,
a) a pressão do gás aumenta e o aumento da sua energia
interna é menor que o calor fornecido.
b) a pressão do gás permanece constante e o aumento da
sua energia interna é igual ao calor fornecido.
c) a pressão do gás aumenta e o aumento da sua energia
interna é igual ao calor fornecido.
d) a pressão do gás permanece constante e o aumento da
sua energia interna é menor que o calor fornecido.
20) (UNIFESP-SP) A figura representa uma amostra
de um gás, suposto ideal, contida dentro de um
cilindro. As paredes laterais e o êmbolo são
adiabáticos; a base é diatérmica e está apoiada em
uma fonte de calor.
Considere duas situações:
I. o êmbolo pode mover-se livremente, permitindo
que o gás se expanda à pressão constante;
II. o êmbolo é fixo, mantendo o gás a volume
constante.
Suponha que nas duas situações a mesma
quantidade de calor é fornecida a esse gás, por
meio dessa fonte. Pode-se afirmar que a
temperatura desse gás vai aumentar
a) igualmente em ambas as situações.
b) mais em I do que em II.
c) mais em II do que em I.
d) em I, mas se mantém constante em II.
e) em II, mas se mantém constante em I.
21) (UFRJ-RJ) Considere certa massa de um
gás ideal em equilíbrio termodinâmico.
Numa primeira experiência, faz-se o gás
sofrer uma expansão isotérmica durante a
qual realiza um trabalho W e recebe 150J
de calor do meio externo. Numa segunda
experiência, faz-se o gás sofrer uma
expansão adiabática, a partir das mesmas
condições iniciais, durante a qual ele
realiza o mesmo trabalho W.
Calcule a variação de energia interna ΔU do
gás nessa expansão adiabática.
22) (UNESP-SP) Um mol de gás
monoatômico, classificado como
ideal, inicialmente à temperatura de
60 °C, sofre uma expansão
adiabática, com realização de
trabalho de 249 J. Se o valor da
constante dos gases R é 8,3 J/(mol
K) e a energia interna de um mol
desse gás é (3/2)RT, calcule o valor
da temperatura ao final da
expansão.
23) (Uneb-BA) Um gás ideal sofre uma
expansão isobárica, variando seu
volume de 2 m3até 5 m3. Se o trabalho
realizado sobre o gás foi de 30J, a
pressão mantida durante a expansão,
em N/m2, foi de:
a) 10
b) 12
c) 14
d) 16
e) 18
24) (PUC-RJ) Uma quantidade de gás
passa da temperatura de 27oC = 300K a
227oC = 500K, por um processo a
pressão constante (isobárico) igual a 1
atm = 1,0 x 105 Pa.
a) Calcule o volume inicial, sabendo que
a massa de gás afetada foi de 60 kg e a
densidade do gás é de 1,2 kg/m3.
b) Calcule o volume final e indique se o
gás sofreu expansão ou contração.
c) Calcule o trabalho realizado pelo gás.
25) (PUCCAMP-SP) O biodiesel resulta da reação química
desencadeada por uma mistura de óleo vegetal com
álcool de cana.
A utilização do biodiesel etílico como combustível no país
permitiria uma redução sensível nas emissões de gases
poluentes no ar, bem como uma ampliação da matriz
energética brasileira.
O combustível testado foi desenvolvido a partir da
transformação química do óleo de soja. É também
chamado de B-30 porque é constituído de uma proporção
de 30% de biodiesel e 70% de diesel metropolitano. O
primeiro diagnóstico divulgado considerou performances
dos veículos quanto ao desempenho, durabilidade e
consumo.
Um carro-teste consome 4,0 kg de biodiesel para realizar
trabalho mecânico. Se a queima de 1 g de biodiesel libera
5,0 .103 cal e o rendimento do motor é de 15%, o trabalho
mecânico realizado, em joules, vale, aproximadamente,
Dado: 1 cal = 4,2 joules
a) 7,2.105 b) 1,0.106 c) 3,0.106 d) 9,0.106 e) 1,0.107
26) (UNESP-SP) Um pistão com êmbolo
móvel contém 2 mols de O‚ e recebe
581 J de calor. O gás sofre uma
expansão isobárica na qual seu volume
aumentou de 1,66 ℓ, a uma pressão
constante de 105 N/m2. Considerando
que nessas condições o gás se
comporta como gás ideal, utilize R =
8,3 J/mol.K e calcule
a) a variação de energia interna do gás.
b) a variação de temperatura do gás.
27) (FUVEST-SP) A figura mostra o corte transversal
de um cilindro de eixo vertical com base de área
igual a 500 cm2 , vedado em sua parte superior por
um êmbolo de massa m que pode deslizar sem
atrito.

O cilindro contém 0,50 mol de gás que se comporta


como ideal. O sistema está em equilíbrio a uma
temperatura de 300K e a altura h, indicada na
figura, vale 20cm. Adote para a constante dos
gases o valor R = 8,0 J/mol, para a aceleração da
gravidade o valor10m/s2 e para a pressão
atmosférica local o valor 1,00 x 105N/m2. Determine:
a) A massa do êmbolo em kg.
b) Determine o trabalho W realizado pelo gás quando
sua temperatura é elevada lentamente até 420 K.
28) (UFU-MG) Num dado recipiente contendo um líquido, é imerso um
cilindro contendo gás ideal, confinado por um êmbolo móvel, conforme
as figuras adiante.
O recipiente está sobre uma fonte térmica e a base do recipiente é
diatérmica, permitindo trocas de calor entre a fonte e o recipiente. As
demais paredes do recipiente são adiabáticas e as paredes do cilindro
que contém o gás são diatérmicas.

A fonte térmica fornece 2000 J para o sistema formado pelo líquido e o


gás, conforme figura (I) acima. Devido ao calor fornecido pela fonte
térmica, a temperatura do líquido aumenta de 3K, consumindo 1500 J.
Por outro lado, o gás realiza uma expansão com um aumento de volume
de 8 m3, a uma pressão constante de 50 N/m2, como representado na
figura (II) acima.
a) Calcule o trabalho realizado pelo gás.
b) Calcule a variação da energia interna do gás.
c) Nesse processo, o que acontece com a energia cinética das partículas
que compõem o gás: aumenta, diminui ou não muda? Justifique a sua
resposta.
29) (UFPE-PE) Uma caixa cúbica metálica
e hermeticamente fechada, de 4,0 cm de
aresta, contém gás ideal à temperatura
de 300 K e à pressão de 1 atm. Qual a
variação da força que atua em uma das
paredes da caixa, em N, após o sistema
ser aquecido para 330 K e estar em
equilíbrio térmico? Despreze a dilatação
térmica do metal.
30) (UFPE-PE) Um cilindro de 20 cm2 de seção reta
contém um gás ideal comprimido em seu interior
por um pistão móvel, de massa desprezível e sem
atrito. O pistão repousa a uma altura ho = 1,0 m. A
base do cilindro está em contato com um forno, de
forma que a temperatura do gás permanece
constante.

Bolinhas de chumbo são lentamente depositadas


sobre o pistão até que o mesmo atinja a altura h =
80 cm. Determine a massa de chumbo, em kg, que
foi depositado sobre o pistão. Considere a pressão
atmosférica igual a 1 atm = 105 N/m2 e g = 10 m/s2
31) (UNESP-SP) Um recipiente contendo certo
gás tem seu volume aumentado graças ao
trabalho de 1664 J realizado pelo gás.

Neste processo, não houve troca de calor entre o


gás, as paredes e o meio exterior.
Considerando que o gás seja ideal, a energia de
1 mol desse gás e a sua temperatura obedecem
à relação U = 20,8T, onde a temperatura T é
medida em kelvin e a energia U em joule. Pode-
se afirmar que nessa transformação a variação
de temperatura de um mol desse gás, em
kelvin, foi de:
a) 50 b) – 60 c) – 80 d) 100 e) 90
32) (UFRRJ-RJ) Certa massa gasosa,
contida num reservatório, sofre uma
transformação termodinâmica no trecho
AB. O gráfico mostra o comportamento da
pressão P, em função do volume V.
O módulo do trabalho realizado pelo gás, na
transformação do trecho AB, é de:
a) 400J.
b) 800J.
c) 40kJ.
d) 80kJ.
e) 600J.
33) (UFRS-RS) Em uma transformação
termodinâmica sofrida por uma amostra de
gás ideal, o volume e a temperatura
absoluta variam como indica o gráfico a
seguir, enquanto a pressão se mantém
igual a 20 N/m2.
Sabendo-se que nessa transformação o gás
absorve 250 J de calor, pode-se afirmar
que a variação de sua energia interna é de
a) 100 J.
b) 150 J.
c) 250 J.
d) 350 J.
e) 400 J.
34) (UFB) A figura anexa é o
gráfico da expansão de um gás
perfeito. Pede-se o trabalho
realizado pelo gás nas
transformações:
a) AB
b) BC
c) CD
d) AD
35) (Uenf-RJ) Um gás perfeito sofre uma
transformação que pode ser representada
no diagrama abaixo.

Calcule:
a) a relação entre as temperaturas nos
estados A e C.
b) o trabalho realizado pelo gás na
transformação ABC.
36) (UDESC-SC) Um gás em uma câmara fechada
passa pelo ciclo termodinâmico representado no
diagrama p x V da Figura.

O trabalho, em joules, realizado durante um ciclo é:


a) + 30 J b) – 90 J c) + 90 J d) – 60 J e) – 30 J
37) (UEL-PR) Uma dada massa de gás
perfeito realiza uma transformação
cíclica, como está representada no
gráfico pV a seguir. O trabalho
realizado pelo gás ao descrever o ciclo
ABCA, em joules, vale:
a) 3,0·10-1.
b) 4,0·10-1.
c) 6,0·10-1.
d) 8,0·10-1.
e) 9,0·10-1.
38) (UFRRJ-RJ) Um gás ideal sofre as transformações AB,
BC, CD e DA, de acordo com o gráfico a seguir.

Através da análise do gráfico, assinale adiante a alternativa


correta.
a) Na transformação CD, o trabalho é
negativo.
b) A transformação AB é isotérmica.
c) Na transformação BC, o trabalho é
negativo.
d) A transformação DA é isotérmica.
e) Ao completar o ciclo, a energia interna aumenta.
39) (PUC-SP) Uma amostra de gás ideal
sofre o processo termodinâmico cíclico
representado no gráfico a seguir.
Ao completar um ciclo, o trabalho, em
joules, realizado pela força que o gás
exerce nas paredes do recipiente é
a) + 6
b) + 4
c) + 2
d) - 4
e) - 6
40) (UERJ-RJ) Observe o ciclo
mostrado no gráfico P × V a
seguir.
Considerando este ciclo completo, o
trabalho realizado, em joules,
vale:
a) 1.500
b) 900
c) 800
d) 600
41) (CFT-MG) O diagrama P × V da figura refere-
se a um gás ideal, passando por uma
transformação cíclica.

O ponto em que a temperatura se apresenta mais


alta corresponde a __________; e o trabalho
realizado pelo gás, no processo AB, é
__________ joules.
A opção que completa, corretamente, as lacunas
é
a) B: 0,50 b) B; 1,0 c) D; 0,50 d) D; 1,0
42) (UFC-CE) Um gás ideal sofre as
transformações mostradas no diagrama
da figura a seguir.

Determine o trabalho total realizado durante


os quatro processos termodinâmicos
ABCDA.
43) (UFRGS-RS) O gráfico a seguir
representa o ciclo de uma máquina
térmica ideal.
O trabalho total realizado em um ciclo é
a) 0 J.
b) 3,0 J.
c) 4,5 J.
d) 6,0 J.
e) 9,0 J.
44) (UECE-CE) No diagrama P-V a seguir,
quatro processos termodinâmicos
cíclicos executados por um gás, com
seus respectivos estados iniciais, estão
representados. O processo no qual o
trabalho resultante, realizado pelo gás é
menor é o
a) I
b) J
c) K
d) L
45) (UNIFESP-SP) O diagrama PV da figura mostra a
transição de um sistema termodinâmico de um
estado inicial A para o estado final B, segundo três
caminhos possíveis.

O caminho pelo qual o gás realiza o menor trabalho


e a expressão correspondente são,
respectivamente,
a) A→C→B e P1 (V2 - V1).
b) A→D→B e P2 (V2 - V1).
c) A→B e (P1 + P2) (V2 - V1)/2.
d) A→B e (P1 - P2) (V2 - V1)/2.
e) A→D→B e (P1 + P2) (V2 - V1)/2.
46) (UFRRJ-RJ) A figura a seguir representa o
gráfico p-V de um gás, suposto ideal, que sofre
primeiramente um processo isobárico, partindo
do ponto A para o ponto B, e depois um
processo isovolumétrico, atingindo o ponto C,
que se situa sobre a mesma isoterma que A.

Calcule
a) o trabalho realizado pelo gás ao final do
processo ABC;
b) o calor recebido pelo gás ao final do processo
ABC.
47) (UFMG-MG) Um gás ideal, em um estado
inicial i, pode ser levado a um estado final f
por meio dos processos I, II e III,
representados neste diagrama de pressão
versus volume:
Sejam WI, WII e WIII os módulos dos
trabalhos realizados pelo gás nos
processos I, II e III, respectivamente.
Com base nessas informações, é correto
afirmar que:
a) WI < WII < WIII
b) WI = WII = WIII
c) WI = WII > WIII
d) WI > WII > WIII.
48) (UNIOESTE-PR) A figura abaixo apresenta o diagrama pV para
o ciclo fechado de uma máquina térmica que usa um gás ideal
monoatômico como substância de trabalho. Considerando p1,
p2 e p3 respectivamente como as pressões nos pontos 1, 2 e 3,
as informações da figura e que p2=5·p1, pode-se afirmar:
I. O processo 1→2 é isocórico e o processo 3→1 isobárico.
II. O trabalho realizado sobre o sistema (gás monoatômico) no
processo 1→2 é maior que zero joule.
III. O calor transferido ao sistema (gás monoatômico) no processo
3→1 é menor que zero joule.
IV. A temperatura no ponto 3 é 5 vezes maior do que aquela no
ponto 1.
V. A variação da energia interna do sistema é nula no ciclo 1231.
Considere as afirmações acima e assinale a alternativa correta.
A. A afirmativa V e falsa.
B. As alternativas I e II são verdadeiras.
C. As alternativas I, II e IV são falsas.
D. Todas as alternativas são falsas.
E. As alternativas I, III e IV são verdadeiras.
49) (UFAL) Um gás sofre a transformação termodinâmica
cíclica ABCA representada no gráfico p × V. No trecho AB
a transformação é isotérmica.

Analise as afirmações:
( ) A pressão no ponto A é 2,5 × 105 N/m2.
( ) No trecho AB o sistema não troca calor com a
vizinhança.
( ) No trecho BC o trabalho é realizado pelo gás e vale 2,0
× 104 J.
( ) No trecho CA não há realização de trabalho.
( ) Pelo gráfico, o trabalho realizado pelo gás no ciclo
ABCA é maior do que 4,0 × 104J.
50) (UFPB-PB) Um gás ideal é submetido a três
transformações consecutivas, em que AB é
isobárica, BC é isotérmica e CA é adiabática, como
mostra o diagrama pxV a seguir.
Em relação a essas transformações, identifique com
V a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e com F, a(s)
falsa(s).
( ) Em AB, a energia interna do gás diminui.
( ) Em BC, o gás recebe calor.
( ) Em CA, não há variação da energia interna do
gás.
A sequência correta é:
a) VVF
b) VFV
c) FVF
d) VVV
e) FFF
51) (CEFET-PR) Em uma evolução cíclica,
em que a curva representativa é uma
circunferência e a evolução é realizada
no sentido horário em um diagrama PV,
pode-se afirmar que:
a) a energia interna no estado inicial é
diferente do final;
b) o gás tem temperatura inicial e final
diferentes;
c) o gás não recebe calor;
d) o gás absorve trabalho;
e) o gás realiza trabalho por ciclo
52) (FGV-SP) O diagrama relaciona valores de pressão e volume que
ocorrem em determinada máquina térmica.

De sua análise, pode-se inferir que


a) se a linha 2 fosse uma reta ligando os pontos A e B, ela representaria
uma expansão isotérmica do gás.
b) a área compreendida entre as duas curvas representa o trabalho
realizado sobre o gás no decorrer de um ciclo completo.
c) a área formada imediatamente abaixo da linha indicada por 1 e o eixo V
equivale, numericamente, ao trabalho útil realizado pelo gás em um
ciclo.
d) o ciclo representa os sucessivos valores de pressão e volume, que
ocorrem em uma máquina podendo ser, por exemplo, uma locomotiva
a vapor.
e) no ponto indicado por A, o mecanismo apresenta grande capacidade
de realização de trabalho devido aos valores de pressão e volume que
se associam a esse ponto.
53) (UFU-MG) Um gás bastante rarefeito
está contido num balão de volume variável
e é feito de um material que permite trocas
de calor com o meio externo (paredes
diatérmicas). Esse gás sofre uma
transição, passando de sua configuração
(inicial) 1 para uma segunda configuração
(final) 2, conforme o diagrama pxV
apresentado a seguir.
Dado que não ocorre nenhuma reação química entre
as moléculas que compõem o gás, nessa transição
de 1 para 2 podemos afirmar que:
a) O meio externo realizou um trabalho sobre o gás,
e a temperatura do gás aumentou.
b) O gás realizou um trabalho para o meio externo,
que é numericamente igual à região hachurada do
diagrama pxV, e a energia cinética média das
partículas que compõem o gás diminuiu.
c) O gás realizou um trabalho para o meio externo,
que é numericamente igual à região hachurada do
diagrama pxV, e a energia cinética média das
partículas que compõem o gás aumentou.
d) O gás realizou um trabalho para o meio externo,
que é numericamente igual à região hachurada do
diagrama pxV, e a energia cinética média das
partículas que compõem o gás diminuiu no mesmo
valor do trabalho realizado.
Segunda lei da termodinâmica
54) (CEFET-PR) O 2° princípio da Termodinâmica pode ser
enunciado da seguinte forma: “É impossível
construir uma máquina térmica operando em ciclos, cujo
único efeito seja retirar calor de uma fonte e convertê-lo
integralmente em trabalho.” Por extensão, esse princípio
nos leva a concluir que:
a) sempre se pode construir máquinas térmicas cujo
rendimento seja 100%;
b) qualquer máquina térmica necessita apenas de uma fonte
quente;
c) calor e trabalho não são grandezas homogêneas;
d) qualquer máquina térmica retira calor de uma fonte
quente e rejeita parte desse calor para uma fonte fria;
e) somente com uma fonte fria, mantida sempre a 0°C, seria
possível a uma certa máquina térmica
converter integralmente calor em trabalho.
55) (Olimpíada Brasileira de Física) Assinale a
seguir a alternativa que não é compatível com
a segunda lei da Termodinâmica.
a) A variação de entropia de qualquer sistema
que sofre uma transformação termodinâmica é
sempre positiva ou nula.
b) A temperatura de zero absoluto é inatingível.
c) Um refrigerador com a porta aberta jamais
conseguirá por si só esfriar uma cozinha
fechada.
d) Nem todo calor produzido no motor a
combustão de um automóvel é convertido em
trabalho mecânico.
e) O ar de uma sala de aula jamais se
concentrará completa e espontaneamente em
uma pequena fração do volume disponível.
56) (UFSCAR-SP) Inglaterra, século XVIII. Hargreaves
patenteia sua máquina de fiar; Arkwright inventa a
fiandeira hidráulica; James Watt introduz a
importantíssima máquina a vapor. Tempos modernos!
(C. Alencar, L. C. Ramalho e M. V. T. Ribeiro, “História da
Sociedade Brasileira”.)

As máquinas a vapor, sendo máquinas térmicas reais,


operam em ciclos de acordo com a segunda lei da
Termodinâmica. Sobre estas máquinas, considere as três
afirmações seguintes:
I. Quando em funcionamento, rejeitam para a fonte fria parte
do calor retirado da fonte quente.
II. No decorrer de um ciclo, a energia interna do vapor de
água se mantém constante.
III. Transformam em trabalho todo calor recebido da fonte
quente.
É correto o contido apenas em
a) I b) II c) III d) I e II e) II e III
57) (UEPG-GO) A termodinâmica pode ser definida
como uma ciência experimental baseada em um
pequeno número de princípios (leis da
termodinâmica), que são generalizações feitas a
partir da experiência. Sobre as leis da
termodinâmica, assinale o que for correto.
01) Nenhuma máquina térmica pode apresentar um
rendimento superior ao de uma máquina de Carnot
operando entre as mesmas temperaturas.
02) A 1a lei da termodinâmica é uma afirmação do
princípio geral da conservação da energia.
04) A 2a lei da termodinâmica afirma que é
indiferente transformar integralmente calor em
trabalho ou trabalho em calor.
08) Parcela da energia envolvida em um processo
irreversível torna-se indisponível para a realização
de trabalho.
16) Em um processo cíclico a energia interna do
sistema apresenta variação nula.
58) (AFA) Com relação às máquinas térmicas e a Segunda
Lei da Termodinâmica, analise as proposições a seguir.
I. Máquinas térmicas são dispositivos usados para
converter energia mecânica em energia térmica com
consequente realização de trabalho.
II. O enunciado da Segunda Lei da Termodinâmica,
proposto por Clausius, afirma que o calor não passa
espontaneamente de um corpo frio para um corpo mais
quente, a não ser forçado por um agente externo como é
o caso do refrigerador.
III. É possível construir uma máquina térmica que, operando
em transformações cíclicas, tenha como único efeito
transformar
completamente em trabalho a energia térmica de uma fonte
quente.
IV. Nenhuma máquina térmica operando entre duas
temperaturas fixadas pode ter rendimento maior que a
máquina ideal de Carnot, operando entre essas mesmas
temperaturas.
São corretas apenas
a) I e II b) II e III c) I, III e IV d) II e IV
Máquinas térmicas
59) (UFAL-AL) Analise as proposições a seguir:
( ) Máquina térmica é um sistema que realiza
transformação cíclica: depois de sofrer uma série
de transformações ela retorna ao estado inicial.
( ) É impossível construir uma máquina térmica
que transforme integralmente calor em
trabalho.
( ) O calor é uma forma de energia que se transfere
espontaneamente do corpo de maior temperatura
para o de menor temperatura.
( ) É impossível construir uma máquina térmica
que tenha um rendimento superior ao da Máquina
de Carnot, operando entre as mesmas
temperaturas.
( ) Quando um gás recebe 400 J de calor e realiza
um trabalho de 250 J, sua energia interna sofre um
aumento de 150 J.
60) (PUC-MG) A palavra ciclo tem vários significados na
linguagem cotidiana. Existem ciclos na economia, na
literatura, na história e, em geral, com significados
amplos, pois se referem a tendências, épocas, etc.
Em termodinâmica, a palavra ciclo tem um significado
preciso: é uma série de transformações sucessivas que
recolocam o sistema de volta ao seu estado inicial com
realização de trabalho positivo ou negativo e a troca de
calor com a vizinhança. Assim, por exemplo, os motores
automotivos foram bem compreendidos a partir das
descrições de seus ciclos termodinâmicos.
Considere o quadro a seguir onde são apresentadas três
máquinas térmicas operando em ciclos entre fontes de
calor nas temperaturas 300K e 500K. Q e W são,
respectivamente, o calor trocado e o trabalho realizado em
cada ciclo.
De acordo com a termodinâmica, é possível construir:
a) as máquinas A, B e C.
b) a máquina B apenas.
c) a máquina C apenas.
d) a máquina A apenas.
61) (FGV-SP) Sendo 27oC a
temperatura da água do mar na
superfície e de 2oC em águas
profundas, qual seria o
rendimento teórico de uma
máquina térmica que
aproveitasse a energia
correspondente?
62) (UEL-PR) “Nossa! Carro movido a frango? Como é possível?
Empresas de abate de frango estão criando uma tecnologia
para produzir biocombustível a partir de gordura animal retirada
das carcaças dos frangos. A produção do biodiesel também
gera resíduos, como a glicerina, que é reaproveitada,
colocando-a na caldeira da fábrica de subprodutos para
queimar juntamente com a lenha.
O biodiesel é obtido a partir de gorduras e álcool e essa
reação de transesterificação é favorecida na presença de
substâncias alcalinas. Um exemplo do processo de
transesterificação é representado pela equação química
não balanceada a seguir.

• Dados: massas molares (g/mol): H = 1,00; C = 12,0; O =


16,0. Considerar lenha como celulose, cuja fórmula
empírica é (C6H10O5)n.
• O rendimento ou eficiência de uma máquina térmica ideal
é calculado por meio da equação:
• η = (Tquente – Tfrio)/Tquente. Onde Tquente e Tfria representam as
temperaturas mais alta (combustão) e mais baixa
(próxima à temperatura ambiente) de um motor térmico
em um ciclo fechado e são expressas em unidades
Kelvin.
Em relação a um motor preparado para usar tanto o óleo diesel
convencional quanto o óleo diesel feito com gordura de frango
(biodiesel) conforme se lê no texto, considere as afirmativas.
I – A temperatura mais alta a que está submetido o motor será
igual à da fervura da gordura de frango, que é muito menor do
que a temperatura do óleo diesel convencional e, portanto, com
um rendimento maior.
II – A equação apresentada descreve o rendimento de uma
máquina ideal, podendo ser utilizada para analisar o rendimento
de máquinas reais.
III – O rendimento de um motor independe do tipo de combustível
usado; depende apenas das temperaturas mais alta e mais
baixa a que está submetido.
IV – O rendimento de qualquer máquina térmica, que pode ser
calculado pela equação apresentada no enunciado, é inferior a
100%.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Somente as afirmativas I e III são corretas.
b) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
63) (UFF-RJ) O esquema a seguir representa o ciclo de
operação de determinada máquina térmica cujo
combustível é um gás.
Quando em funcionamento, a cada ciclo o gás absorve
calor (Q1) de uma fonte quente, realiza trabalho
mecânico (W) e libera calor (Q2) para uma fonte fria,
sendo a eficiência da máquina medida pelo quociente
entre W e Q1. Uma dessas máquinas, que, a cada
ciclo, realiza um trabalho de 3,0.104 J com uma
eficiência de 60%, foi adquirida por certa indústria.
Em relação a essa máquina, conclui-se que os
valores de Q1, de Q2 e da variação da energia interna
do gás são, respectivamente:
a) 1,8.104 J ; 5,0.104 J ; 3,2.104 J
b) 3,0.104 J ; zero ; zero
c) 3,0.104 J ; zero ; 3,0.104 J
d) 5,0.104 J ; 2,0.104 J ;zero
e) 5,0.104 J ; 2,0.104 J ; 3,0.104 J
64) (PUCCAMP-SP) O esquema a seguir
representa trocas de calor e realização de
trabalho em uma máquina térmica. Os valores
de T1 e Q2 não foram indicados mas deverão
ser calculados durante a solução desta
questão.
Considerando os dados indicados no esquema,
se essa máquina operasse segundo um ciclo
de Carnot, a temperatura T1, da fonte quente,
seria, em Kelvins, igual a
a) 375
b) 400
c) 525
d) 1200
e) 1500
65) (ACAFE) Uma máquina térmica,
operando segundo um Ciclo de Carnot,
trabalha entre as temperaturas TQ = 400
K (fonte quente)e TF = X K (fonte fria). O
rendimento dessa máquina será de
100%, somente se X for igual a:
a) 273
b) 400
c) 100
d) 0
e) 373
66) (CEFET-MG) Um processo cíclico de
Carnot possui um rendimento de 50%.
Uma máquina real, que opera sob as
mesmas condições térmicas desse
ciclo, apresentará um rendimento
térmico r, tal que
a) r ≤ 50%.
b) r = 50%.
c) r > 50%.
d) r < 50%.
67) (UEG-GO) O ciclo de Carnot foi proposto em 1824 pelo físico
francês Nicolas L. S. Carnot. O ciclo consiste numa seqüência
de transformações, mais precisamente de duas transformações
isotérmicas (TH para a fonte quente e TC para a fonte fria),
intercaladas por duas transformações adiabáticas, formando,
assim, o ciclo. Na sua máquina térmica, o rendimento seria
maior quanto maior fosse a temperatura da fonte quente. No
diagrama a seguir, temos um ciclo de Carnot operando sobre
fontes térmicas de TH = 800 K e TC = 400 K.

Admitindo-se que o ciclo opera com fonte quente, recebendo 1000


J de calor, responda:
a) Em que consistem os termos transformações isotérmicas e
adiabáticas?
b) Determine o rendimento dessa máquina de Carnot.
c) Essa máquina vai realizar um trabalho. Qual é o seu valor?
68) (UFSC-SC) Assinale a(s) proposição(ões)
CORRETA(S) a respeito do ciclo de Carnot:
(01) Por ser ideal e imaginária, a máquina proposta
por Carnot contraria a segunda lei da
Termodinâmica.
(02) Nenhuma máquina térmica que opere entre duas
determinadas fontes, às temperaturas T1 e T2, pode
ter maior rendimento do que uma máquina de
Carnot operando entre essas mesmas fontes.
(04) Uma máquina térmica, operando segundo o
ciclo de Carnot entre uma fonte quente e uma fonte
fria, apresenta um rendimento igual a 100%, isto é,
todo o calor a ela fornecido é transformado em
trabalho.
(08) O rendimento da máquina de Carnot depende
apenas das temperaturas da fonte quente e da
fonte fria.
(16) O ciclo de Carnot consiste em duas
transformações adiabáticas, alternadas com duas
transformações isotérmicas.
69) (PUC-RS) Para responder a questão,
considere o texto e o gráfico, o qual
relaciona o rendimento de uma máquina
de Carnot e a razão T2/T1 das temperaturas
em que opera a máquina.
O ciclo de Carnot é um ciclo termodinâmico especial,
pois uma máquina térmica que opera de acordo com
este ciclo entre duas temperaturas T1 e T2, com
T1 maior do que T2 obtém o máximo rendimento
possível. O rendimento r de uma máquina térmica é
definido como a razão entre o trabalho líquido que o
fluido da máquina executa e o calor que absorve do
reservatório à temperatura T1.
Pode-se concluir, pelo gráfico e pelas leis da
termodinâmica, que o rendimento da máquina de
Carnot aumenta quando a razão T2/T1 diminui,
a) alcançando 100% quando T2 vale
0ºC.
b) alcançando 100% quando T1é muito maior do que
T2 .
c) alcançando 100% quando a diferença entre T1 e T2 é
muito pequena.
d) mas só alcança 100% porque representa o ciclo
ideal.
e) mas nunca alcança 100%.
70) (UFSC-SC) O uso de combustíveis não renováveis,
como o petróleo, tem sérias implicações ambientais e
econômicas. Uma alternativa energética em estudo para o
litoral brasileiro é o uso da diferença de temperatura da
água na superfície do mar (fonte quente) e de águas mais
profundas (fonte fria) em uma máquina térmica para
realizar trabalho. (Desconsidere a salinidade da água do
mar para a análise das respostas).
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
(01) Supondo que a máquina térmica proposta opere
em um ciclo de Carnot, teremos um rendimento de
100%, pois o ciclo de Carnot corresponde a uma
máquina térmica ideal.
(02) Uma máquina com rendimento igual a 20% de
uma máquina ideal, operando entre 7 °C e 37 °C,
terá um rendimento menor que 10%.
(04) Na situação apresentada, a temperatura mais
baixa da água é de aproximadamente 4 °C pois, ao
contrário da maioria dos líquidos, nesta
temperatura a densidade da água é máxima.
(08) É impossível obter rendimento de 100% mesmo
em uma máquina térmica ideal, pois o calor não
pode ser transferido espontaneamente da fonte
fria para a fonte quente.
(16) Não é possível obtermos 100% de rendimento,
mesmo em uma máquina térmica ideal, pois isto
viola o princípio da conservação da energia.
71) (UNICAMP-SP) Com a instalação do gasoduto Brasil-
Bolívia, a quota de participação do gás natural na geração
de energia elétrica no Brasil será significativamente
ampliada. Ao se queimar 1,0kg de gás natural obtém-se
5,0.107 J de calor, parte do qual pode ser convertido em
trabalho em uma usina termoelétrica. Considere uma
usina queimando 7.200 quilogramas de gás natural por
hora, a uma temperatura de 1.227°C. O calor não
aproveitado na produção de trabalho é cedido para um rio
de vazão 5.000 l/s, cujas águas estão inicialmente a 27°C.
A maior eficiência teórica da conversão de calor em
trabalho é dada por n = 1 – (Tmin/Tmáx), sendo T(min) e
T(max) as temperaturas absolutas das fontes quente e fria
respectivamente, ambas expressas em Kelvin. Considere
o calor específico da água c = 4.000 J/kg°C.
a) Determine a potência gerada por uma usina cuja
eficiência é metade da máxima teórica.
b) Determine o aumento de temperatura da água do rio ao
passar pela usina.
72) (UFAM-AM) Um inventor diz ter desenvolvido uma
máquina térmica que, operando entre duas fontes
térmicas, quente e fria, com temperaturas de 500K e 250K,
respectivamente, consegue, em cada ciclo, realizar uma
quantidade de trabalho equivalente a 75% do calor
absorvido da fonte quente, rejeitando 25% da energia
gerada por essa fonte. De acordo com as leis da
termodinâmica, é possível que o inventor tenha realmente
desenvolvido tal máquina?
a) Não é possível, uma vez que essa máquina teria um
rendimento maior que o rendimento de uma máquina de
Carnot, operando entre as mesmas fontes.
b) Não é possível, uma vez que o rendimento da máquina é
100%.
c) É possível, uma vez que não violaria a Primeira Lei da
Termodinâmica.
d) Não é possível, uma vez que violaria a Primeira Lei da
Termodinâmica.
e) É possível, uma vez que essa máquina teria um
rendimento de uma máquina de Carnot, operando entre as
mesmas fontes.
73) (UFMT-MT) Sobre o estudo da termologia, analise
as afirmativas:
I. A temperatura é a medida do calor de um corpo.
II. A eficiência de uma máquina térmica que trabalha
segundo o ciclo de Carnot independe da energia
interna da substância de operação.
III. Um gás ideal em expansão adiabática diminui sua
energia interna.
IV. O aumento da temperatura de um gás ideal só é
possível se houver um fluxo de calor para o seu
interior.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II e IV, apenas
b) II e IV, apenas
c) III e IV, apenas
d) II e III, apenas
e) I, II, III e IV
74) (EMC-RJ) O rendimento de
uma certa máquina térmica de
Carnot é de 25% e a fonte fria é
a própria atmosfera a 27oC.
Calcule a temperatura da fonte
quente.
75) (PUC-RJ) Uma máquina de Carnot é
operada entre duas fontes, cujas
temperaturas são, respectivamente,
100oC e 0oC. Admitindo-se que a
máquina receba da fonte quente uma
quantidade de calor igual a 1.000 cal
por ciclo, pede-se:

a) o rendimento térmico da máquina


b) a quantidade de calor rejeitada para a
fonte fria
76) (UFC-CE) A eficiência de uma máquina
de Carnot que opera entre a fonte de
temperatura alta (T1) e a fonte de
temperatura baixa (T2) é dada pela
expressão η = 1 – (T2/T1), em que T1 e
T2 são medidas na escala absoluta ou de
Kelvin. Suponha que você dispõe de uma
máquina dessas com uma eficiência η =
30%. Se você dobrar o valor da
temperatura da fonte quente, a eficiência
da máquina passará a ser igual a:
a) 40%
b) 45%
c) 50%
d) 60%
e) 65%
77) (UFG-GO) A figura a seguir representa o ciclo
de Otto para motores a combustão interna.
Nesse tipo de motor, a vela de ignição gera
uma faísca que causa a combustão de uma
mistura gasosa. Considere que a faísca seja
suficientemente rápida, de modo que o
movimento do pistão possa ser desprezado.
A faísca e a liberação dos gases pelo
escapamento ocorrem, respectivamente, nos
pontos
(A) A e C.
(B) B e A.
(C) D e A.
(D) D e B.
(E) O e C.
78) (UFBA-BA) Praticamente todos os veículos automotivos
são movidos por alguma versão de motor de combustão
interna de quatro tempos, patenteado por Nikolaus Otto
em 1876. O motor de quatro tempos comprime uma
mistura de ar-combustível que explode na presença de
uma faísca, criando uma fonte de calor intensa, mas
transitória. Embora a busca por combustíveis mais
eficientes e menos agressivos ao meio ambiente tenha se
intensificado desde o final do século passado, a
combustão de uma mistura ar-vapor de gasolina ainda é a
reação mais utilizada para mover os veículos em todo o
mundo.
(MOYERR, 2009, p. 78).
Uma análise de aspectos envolvidos no funcionamento de motores de
quatro tempos permite afirmar:
01) O motor de combustão interna de quatro tempos opera segundo o
ciclo de Carnot, no qual um fluido de trabalho sofre duas
transformações adiabáticas alternadas de duas transformações
isotérmicas, proporcionando rendimento máximo igual a um.
02) O conteúdo energético dos reagentes é maior do que o dos produtos,
nas reações que ocorrem nas câmaras de combustão dos motores.
04) A combinação de força e velocidade, obtida por meio de engrenagens
nos carros movidos a gasolina, independe da potência do carro.
08) O calor de combustão da reação que ocorre nos motores é fornecido
pela faísca elétrica que provoca a explosão da mistura combustível.
16) A queima de combustíveis derivados do petróleo libera energia, que é
proveniente da biomassa construída em processos energéticos e
preservada ao longo do tempo geológico.
32) A interferência do motor de combustão interna na estabilidade do
clima decorre do efeito destrutivo dos gases liberados sobre a
camada de ozônio.
64) A energia liberada na combustão total de gás metano, um substituto
da gasolina, em um motor, é maior do que 520kJ/mol, se observadas
as informações expressas na equação termoquímica
79) (UEG-GO) Os motores usados em veículos são
normalmente de combustão interna e de quatro tempos. A
finalidade dos motores é transformar a energia térmica do
combustível em trabalho. De modo geral, eles são
constituídos de várias peças, entre elas: as válvulas, que
controlam a entrada e a saída do fluido combustível, a
vela, onde se dá a faísca que provoca a explosão, o
virabrequim (árvore de manivelas), que movimenta o
motor, e os êmbolos, que são acoplados a ele.
No tempo 1, ocorre a admissão do combustível, a mistura de ar e
vapor de álcool ou gasolina, produzida no carburador: o
virabrequim faz o êmbolo descer, enquanto a válvula de
admissão se abre, reduzindo a pressão interna e possibilitando
a entrada de combustível à pressão atmosférica. No tempo 2,
ocorre a compressão: com as válvulas fechadas, o êmbolo
sobe, movido pelo virabrequim, comprimindo a mistura ar
combustível rapidamente. No tempo 3, ocorre a explosão: no
ponto em que a compressão é máxima, produz-se, nos
terminais da vela, uma faísca elétrica que provoca a explosão
do combustível e seu aumento de temperatura; a explosão
empurra o êmbolo para baixo, ainda com as válvulas fechadas.
No tempo 4, ocorre exaustão ou descarga: o êmbolo sobe
novamente, a válvula de exaustão abre-se, expulsando os gases
queimados na explosão e reiniciando o ciclo.
De acordo com o texto e com a termodinâmica, é CORRETO
afirmar:
a) No tempo 1, o processo é isovolumétrico.
b)No tempo 2, o processo é adiabático.
c) No tempo 3, o processo é isobárico.
d) No tempo 4, o processo é isotérmico.
e) Um ciclo completo no motor de 4 tempos é realizado após uma
volta completa da árvore de manivelas.
80) (UFAL) A cada ciclo de funcionamento, o motor
de um certo automóvel retira 40 kJ do
compartimento da fonte quente, onde se dá a
queima do combustível, e realiza 10 kJ de trabalho.
Sabendo que parte do calor retirado da fonte
quente é dispensado para o ambiente (fonte fria) a
uma temperatura de 27 ºC, qual seria a temperatura
no compartimento da fonte quente se esse motor
operasse segundo o ciclo de Carnot?
Dado: considere que as temperaturas em graus
centígrados, TC, e Kelvin, TK, se relacionam através
da expressão TC = TK − 273.
a) 127 ºC
b) 177 ºC
c) 227 ºC
d) 277 ºC
e) 377 ºC
81) (UNICAMP-SP) Vários textos da coletânea
apresentada enfatizam a crescente importância
das fontes renováveis de energia. No Brasil, o
álcool tem sido largamente empregado em
substituição à gasolina. Uma das diferenças entre
os motores a álcool e à gasolina é o valor da razão
de compressão da mistura ar-combustível. O
diagrama a seguir representa o ciclo de
combustão de um cilindro de motor a álcool.
Durante a compressão (trecho if) o volume da
mistura é reduzido de Vi para Vf. A razão de
compressão r é definida como r = Vi/Vf. Valores
típicos de r para motores a gasolina e a álcool são,
respectivamente, r(g) = 9 e r(a) = 11. A eficiência
termodinâmica E de um motor é a razão entre o
trabalho realizado num ciclo completo e o calor
produzido na combustão. A eficiência
termodinâmica é função da razão de compressão e
é dada por: E ≈1-1/√r.
a) Quais são as eficiências termodinâmicas dos
motores a álcool e à gasolina?
b) A pressão P, o volume V e a temperatura absoluta
T de um gás ideal satisfazem a relação (PV)/T =
constante. Encontre a temperatura da mistura ar-
álcool após a compressão (ponto f do diagrama).
Considere a mistura como um gás ideal.
Dados: √7≈8/3; √9=3; √11≈10/3; √13≈18/5
82) (PUC-SP) Um automóvel com motor 1.0
(volume de 1,0 litro), conhecido pelo seu
menor consumo de combustível,
operacom pressão média de 8 atm e 3300
rpm (rotações por minuto), quando
movido a gasolina. O rendimento desse
motor, que consome, nestas condições,
4,0 g/s (gramas por segundo) de
combustível, é de aproximadamente
a) 18%
b) 21%
c) 25%
d) 27%
e) 30%
83) (UFBA-BA) Com base nos conhecimentos
sobre Termodinâmica, é correto afirmar:
01) Quando um gás ideal é comprimido
rapidamente, a energia interna do gás aumenta.
02) O ciclo de Carnot é composto por
transformações isométricas e isobáricas.
04) O rendimento de uma máquina térmica
depende exclusivamente da temperatura da
fonte quente.
08) No refrigerador o gás refrigerante remove
calor da fonte fria, evaporando-se, e transfere
calor à fonte quente, condensando-se.
16) Admitindo-se o Universo como sistema físico
isolado, a entropia do Universo sempre
aumenta.
Dê como resposta a soma dos números que
precedem as afirmativas corretas.
84) (PUC-MG) A respeito do que faz
um refrigerador, pode-se dizer
que:
a) produz frio.
b) anula o calor.
c) converte calor em
frio.
d) remove calor de uma região e o
transfere a outra.
85) (UEL-PR) A conservação de alimentos pelo frio é uma
das técnicas mais utilizadas no dia a dia, podendo ocorrer
pelos processos de refrigeração ou de congelamento,
conforme o tipo de alimento e o tempo de conservação
desejado.
Sobre os refrigeradores, considere as afirmativas.
I – O refrigerador é uma máquina que transfere calor.
II – O funcionamento do refrigerador envolve os ciclos de
evaporação e de condensação do gás refrigerante.
III – O gás refrigerante é uma substância com baixo calor
latente de vaporização.
IV – O processo de refrigeração realiza trabalho ao retirar
calor da fonte fria e transferi-lo para a fonte quente.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
86) (UEL-PR) Leia o texto a seguir.
“Por trás de toda cerveja gelada, há sempre um bom
freezer. E por trás de todo bom freezer, há sempre um
bom compressor – a peça mais importante para que
qualquer sistema de refrigeração funcione bem.
Popularmente conhecido como ‘motor’, o compressor
hermético é considerado a alma de um sistema de
refrigeração. A fabricação desses aparelhos requer
tecnologia de ponta, e o Brasil é destaque mundial nesse
segmento”.
(KUGLER, H. Eficiência gelada. “Ciência Hoje”. v. 42, n. 252.
set. 2008. p. 46.)
Assinale a alternativa que representa corretamente o
diagrama de fluxo do refrigerador.
87) (UFMS-MS) Um refrigerador é uma máquina termodinâmica que pode
ser representada pelo diagrama a seguir. Quando o refrigerador está
em pleno regime de funcionamento, Q2representa o calor que é
retirado do congelador, enquanto Q1 representa o calor que é expelido
para o ambiente externo, e W é o trabalho realizado sobre essa
máquina termodinâmica através de um motor/compressor. A eficiência
de refrigeradores é definida como a razão entre o calor Q2 e o trabalho
W, isto é, e = Q2 / W, tendo valores situados entre 5 e 7. Alguns
refrigeradores possuem, no interior do congelador, uma lâmpada L
para iluminação, que desliga automaticamente quando se fecha a porta
do congelador. Considere um refrigerador com eficiência e constante
igual a 5 (cinco), quando em pleno funcionamento, que a lâmpada L, no
interior do congelador, possui potência igual a 15 watts, e que toda a
sua potência elétrica consumida (15 W), quando está ligada, é
convertida em calor. Considere que todos os isolamentos térmicos do
refrigerador sejam perfeitos.
Com fundamentos na termodinâmica e na eletrodinâmica,
assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
(01) Quando o refrigerador está em pleno funcionamento, a taxa
de calor retirada do congelador, é cinco vezes maior que a taxa
de energia elétrica consumida pelo motor.
(02) Quando o refrigerador está em pleno funcionamento, a taxa
de calor, expelida para o ambiente, é menor que a taxa de calor
retirada do congelador.
(04) Quando o refrigerador está em pleno funcionamento, e se a
lâmpada L estiver ligada, para a temperatura do congelador
permanecer invariável, a potência elétrica consumida pelo
refrigerador será acrescida de um valor maior que 15 W.
(08) Se, desde que ligarmos um refrigerador, deixarmos a porta
dele aberta, no interior de uma sala isolada termicamente, a
temperatura interna da sala diminuirá enquanto o refrigerador
estiver ligado.
(16) Não existe um refrigerador que, em pleno funcionamento,
retire calor do congelador, expelindo-o para um ambiente que
esteja a uma maior temperatura, sem consumir energia.
Em uma transformação isotérmica, mantida a 127°C, o volume de
certa quantidade de gás, inicialmente sob pressão de 2,0 atm,
passa de 10 para 20 litros. Considere a constante dos gases R,
igual a 0,082 atm.R/mol . K.
Entropia
88) (UFV-MG) De acordo com a segunda
lei da Termodinâmica, a entropia do
Universo:
a) Não pode ser criada e nem destruída.
b) Acabará transformada em energia.
c) Tende a aumentar com o tempo.
d) Tende a diminuir com o tempo.
e) Permanece sempre constante.
89) (Olimpíada Brasileira de Física) Uma lâmpada é
embalada numa caixa fechada e isolada termicamente.
Considere que no interior da lâmpada há vácuo e que o ar
dentro da caixa seja um gás ideal. Em certo instante, a
lâmpada se quebra. Se desprezarmos o volume e a massa
dos componentes da lâmpada (vidro, suporte, filamento,
…) e a variação de energia associada à sua quebra, é
incorreto afirmar que:
a) a energia interna do gás permanecerá a mesma após a
quebra da lâmpada.
b) a entropia do gás aumentará após a quebra da lâmpada.
c) a temperatura do gás permanecerá a mesma após a
quebra da lâmpada.
d) a pressão do gás diminuirá após a quebra da lâmpada.
e) após a quebra da lâmpada, o gás realizará um trabalho
positivo para se expandir e ocupar o volume onde
anteriormente havia vácuo.
90) (UFRN-RN) Observe atentamente o processo físico
representado na sequência de figuras a seguir. Considere,
para efeito de análise, que a casinha e a bomba
constituem um sistema físico fechado. Note que tal
processo é iniciado na figura 1 e é concluído na figura 3.

Pode-se afirmar que, no final dessa sequência, a ordem do


sistema é
a) maior que no início e, portanto, durante o processo
representado, a entropia do sistema diminui.
b) maior que no início e, portanto, durante o processo
representado, a entropia do sistema aumentou.
c) menor que no início e, portanto, o processo representado
é reversível.
d) menor que no início e, portanto, o processo representado
é irreversível.
91) (UFSCAR-SP) Maxwell, notável físico escocês da segunda
metade do século XIX, inconformado com a possibilidade da
morte térmica do Universo, consequência inevitável da segunda
lei da Termodinâmica, criou o “demônio de Maxwell”, um ser
hipotético capaz de violar essa lei. Essa fictícia criatura poderia
selecionar as moléculas de um gás que transitassem entre dois
compartimentos controlando a abertura que os divide, como
ilustra a figura.

Por causa dessa manipulação diabólica, as moléculas mais


velozes passariam para um compartimento, enquanto as mais
lentas passariam para o outro. Se isso fosse possível:
a. esse sistema nunca entraria em equilíbrio térmico.
b. esse sistema estaria em equilíbrio térmico permanente.
c. o princípio da conservação da energia seria violado.
d. não haveria troca de calor entre os dois compartimentos.
e. haveria troca de calor, mas não haveria troca de energia.
92) (ITA-SP) A inversão temporal de qual
dos processos abaixo NÃO violaria a
segunda lei de termodinâmica?
a) A queda de um objeto de uma altura Η e
subsequente parada no chão.
b) O movimento de um satélite ao redor da
Terra.
c) A freada brusca de um carro em alta
velocidade.
d) O esfriamento de um objeto quente num
banho de água fria.
e) A troca de matéria entre as duas estrelas
de um sistema binário.
Questões do
ENEM
93) (ENEM-2003) O setor de transporte, que concentra uma
grande parcela da demanda de energia no país,
continuamente busca alternativas de combustíveis.
Investigando alternativas ao óleo diesel, alguns
especialistas apontam para o uso do óleo de girassol,
menos poluente e de fonte renovável, ainda em fase
experimental.
Foi constatado que um trator pode rodar, NAS MESMAS
CONDIÇÕES, mais tempo com um litro de óleo de girassol,
que com um litro de óleo diesel.
Essa constatação significaria, portanto, que usando óleo de
girassol,
a) o consumo por km seria maior do que com óleo diesel.
b) as velocidades atingidas seriam maiores do que com
óleo diesel.
c) o combustível do tanque acabaria em menos tempo do
que com óleo diesel.
d) a potência desenvolvida, pelo motor, em uma hora, seria
menor do que com óleo diesel.
e) a energia liberada por um litro desse combustível seria
maior do que por um de óleo diesel.
94) (ENEM-2003) No Brasil, o sistema de
transporte depende do uso de combustíveis
fosseis e de biomassa, cuja energia é convertida
em movimento de veículos. Para esses
combustíveis, a transformação de energia
química em energia mecânica acontece
a) na combustão, que gera gases quentes para
mover os pistões no motor.
b) nos eixos, que transferem torque as rodas e
impulsionam o veiculo.
c) na ignição, quando a energia elétrica é
convertida em trabalho.
d) na exaustão, quando gases quentes são
expelidos para trás.
e) na carburação, com a difusão do combustível
no ar.
95) (ENEM-2003) Nos últimos anos, o gás natural (GNV: gás
natural veicular) vem sendo utilizado pela frota de veículos
nacional, por ser viável economicamente e menos agressivo do
ponto de vista ambiental. O quadro compara algumas
características do gás natural e da gasolina em condições
ambiente.

Apesar das vantagens no uso de GNV, sua utilização implica


algumas adaptações técnicas, pois, em condições ambiente, o
volume de combustível necessário, em relação ao de gasolina,
para produzir a mesma energia, seria

(A) muito maior, o que requer um motor muito mais potente.


(B) muito maior, o que requer que ele seja armazenado a alta
pressão.
(C) igual, mas sua potência será muito menor.
(D) muito menor, o que o torna o veículo menos eficiente.
(E) muito menor, o que facilita sua dispersão para a atmosfera.
96) (ENEM-2009) O esquema mostra um
diagrama de bloco de uma estação geradora de
eletricidade abastecida por combustível fóssil.
Se fosse necessário melhorar o rendimento
dessa usina, que forneceria eletricidade para
abastecer uma cidade, qual das seguintes ações
poderia resultar em alguma economia de
energia, sem afetar a capacidade de geração da
usina?
(A) Reduzir a quantidade de combustível
fornecido à usina para ser queimado.
(B) Reduzir o volume de água do lago que
circula no condensador de vapor.
(C) Reduzir o tamanho da bomba usada para
devolver a água líquida à caldeira.
(D) Melhorar a capacidade dos dutos com vapor
conduzirem calor para o ambiente.
(E) Usar o calor liberado com os gases pela
chaminé para mover um outro gerador.
97) (ENEM-2009) A invenção da
geladeira proporcionou uma
revolução no aproveitamento
dos alimentos, ao permitir que
fossem armazenados e
transportados por longos
períodos. A figura apresentada
ilustra o processo, cíclico de
funcionamento de uma
geladeira, em que um gás no
interior de uma tubulação é
forçado a circular entre o
congelador e a parte externa da
geladeira. É por meio dos
processos de compressão, que
ocorre na parte externa, e de
expansão, que ocorre na parte
interna, que o gás proporciona
a troca de calor entre o interior
e o exterior da geladeira.
Nos processos de transformação de energia
envolvidos no funcionamento da geladeira,
(A) a expansão do gás é um processo que cede
a energia necessária ao resfriamento da parte
interna da geladeira.
(B) o calor flui de forma não-espontânea da parte
mais fria, no interior, para a mais quente, no
exterior da geladeira.
(C) a quantidade de calor cedida ao meio externo
é igual ao calor retirado da geladeira.
(D) a eficiência é tanto maior quanto menos
isolado termicamente do ambiente externo for
o seu compartimento interno.
(E) a energia retirada do interior pode ser
devolvida à geladeira abrindo-se a sua porta,
o que reduz seu consumo de energia.
98) (ENEM-2011) Partículas suspensas em um fluido apresentam
contínua movimentação aleatória, chamado
movimento browniano, causado pelos choques das partículas que
compõem o fluido. A ideia de um inventor era construir uma série
de palhetas, montadas sobre um eixo, que seriam postas em
movimento pela agitação das partículas ao seu redor. Como o
movimento ocorreria igualmente em ambos os sentidos de
rotação, o cientista concebeu um segundo elemento, um dente de
engrenagem assimétrico. Assim, em escala muito pequena, este
tipo de motor poderia executar trabalho, por exemplo, puxando
um pequeno peso para cima. O esquema, que já foi testado, é
mostrado a seguir.
A explicação para a necessidade do uso da
engrenagem com trava é:

(A) O travamento do motor, para que ele não se


solte aleatoriamente.
(B) A seleção da velocidade, controlada pela
pressão nos dentes da engrenagem.
(C) O controle do sentido da velocidade
tangencial, permitindo, inclusive, uma fácil
leitura do seu valor.
(D) A determinação do movimento, devido ao
caráter aleatório, cuja tendência é o equilíbrio.
(E) A escolha do ângulo a ser girado, sendo
possível, inclusive, medi-lo pelo número de
dentes da engrenagem.
99) (ENEM-2011) Um motor só poderá realizar trabalho se
receber uma quantidade de energia de outro sistema. No
caso, a energia armazenada no combustível é, em parte,
liberada durante a combustão para que o aparelho
possa funcionar. Quando o motor funciona, parte da
energia convertida ou transformada na combustão não
pode ser utilizada para a realização de trabalho. Isso
significa dizer que há vazamento da energia em outra forma.
CARVALHO, A. X. Z. Física Térmica. Belo Horizonte: Pax, 2009 (adaptado).

De acordo com o texto, as transformações de energia que


ocorrem durante o funcionamento do motor
são decorrentes de a

(A) liberação de calor dentro do motor ser impossível.


(B) realização de trabalho pelo motor ser incontrolável.
(C) conversão integral de calor em trabalho ser impossível.
(D) transformação de energia térmica em cinética ser
impossível.
(E) utilização de energia potencial do combustível
ser incontrolável.
100) (ENEM-2012) No Japão, um movimento nacional para a
promoção da luta contra o aquecimento global leva o
slogan: 1 pessoa, 1 dia, 1 kg de CO2 a menos! A ideia é cada
pessoa reduzir em 1 kg a quantidade de CO2 emitida todo
dia, por meio de pequenos gestos ecológicos, como
diminuir a queima de gás de cozinha.
Um hamburguer ecológico?É pra já! Disponível em: http://lqes.iqm.unicamp.br.
Acesso em: 24 fev. 2012 (adaptado).

Considerando um processo de combustão completa de um


gás de cozinha composto exclusivamente por butano (C4
H10), a mínima quantidade desse gás que um japonês deve
deixar de queimar para atender à meta diária, apenas com
esse gesto, é de
Dados: CO2 (44 g/mol); C4 H10 (58 g/mol)
(A) 0,25 kg.
(B) 0,33 kg.
(C) 1,0 kg.
(D) 1,3 kg.
(E) 3,0 kg.
101) (ENEM-2012) Aumentar a eficiência na queima de combustível dos
motores a combustão e reduzir suas emissões de poluentes é a meta de
qualquer fabricante de motores. É também o foco de uma pesquisa
brasileira que envolve experimentos com plasma, o quarto estado da
matéria e que está presente no processo de ignição. A interação da faísca
emitida pela vela de ignição com as moléculas de combustível gera o
plasma que provoca a explosão liberadora de energia que, por sua vez,
faz o motor funcionar.
Disponível em: www.inovacaotecnologica.com.br. Acesso em: 22 jul. 2010 (adaptado).
No entanto, a busca da eficiência referenciada no texto apresenta como
fator limitante
(A) o tipo de combustível, fóssil, que utilizam. Sendo um insumo não
renovável, em algum momento estará esgotado.
(B) um dos princípios da termodinâmica, segundo o qual o rendimento
de uma máquina térmica nunca atinge o ideal.
(C) o funcionamento cíclico de todos os motores. A repetição contínua
dos movimentos exige que parte da energia seja transferida ao
próximo ciclo.
(D) as forças de atrito inevitável entre as peças. Tais forças provocam
desgastes contínuos que com o tempo levam qualquer material à
fadiga e ruptura.
(E) a temperatura em que eles trabalham. Para atingir o plasma, é
necessária uma temperatura maior que a de fusão do aço com que
se fazem os motores.
102) (ENEM-2013) Industrialmente é possível separar os
componentes do ar, utilizando-se uma coluna de
fracionamento. Com este processo, obtêm-se gases como:
oxigênio (O2), nitrogênio (N2) e argônio (Ar). Nesse processo
o ar é comprimido e se liquefaz; em seguida ele é
expandido, volta ao estado gasoso e seus componentes se
separam um a um.
A ordem de separação dos gases na coluna de
fracionamento está baseada em qual propriedade da
matéria?
(A) Na densidade dos gases, ou seja, o menos denso
separa-se primeiro.
(B) Na pressão parcial dos gases, ou seja, o gás com menor
pressão parcial separa-se primeiro.
(C) Na capacidade térmica dos gases, ou seja, o gás que
mais absorve calor separa-se primeiro.
(D) Na condutividade térmica dos gases, ou seja, o gás que
mais rápido absorve calor separa-se primeiro.
(E) Na temperatura de ebulição dos gases, ou seja, o gás
com menor temperatura de ebulição separa-se primeiro.
103) (ENEM-2014) Um sistema de pistão contendo um gás é
mostrado na figura. Sobre a extremidade superior do êmbolo,
que pode movimentar-se livremente sem atrito, encontra-se um
objeto. Através de uma chapa de aquecimento é possível fornecer
calor ao gás e, com auxílio de um manômetro, medir sua pressão.
A partir de diferentes valores de calor fornecido, considerando o
sistema como hermético, o objeto elevou-se em valores Δh, como
mostrado no gráfico. Foram estudadas, separadamente,
quantidades equimolares de dois diferentes gases, denominados
M e V.
A diferença no
comportamento dos gases
no experimento decorre do
fato de o gás M, em relação
ao V, apresentar
(A) maior pressão de vapor.
(B) menor massa molecular.
(C) maior compressibilidade.
(D) menor energia de
ativação.
(E) menor capacidade
calorífica.
104) (ENEM-2014) A elevação da temperatura das
águas de rios, lagos e mares diminui a solubilidade
do oxigênio, pondo em risco as diversas formas de
vida aquática que dependem desse gás. Se essa
elevação de temperatura acontece por meio
artificiais, dizemos que existe poluição térmica. As
usinas nucleares, pela própria natureza do processo
de geração de energia, podem causar esse tipo de
poluição.
Que parte do ciclo de geração de energia das usinas
nucleares está associada a esse tipo de poluição?
(A) Fissão do material radioativo.
(B) Condensação do vapor-d’água no final do
processo.
(C) Conversão de energia das turbinas pelos
geradores.
(D) Aquecimento da água líquida para gerar vapor-
d’água.
(E) Lançamento do vapor-d’água sobre as pás das
turbinas.
105) (ENEM-2014) Um
pesquisador avaliou o
efeito da temperatura do
motor (em velocidade
constante) e da
velocidade média de um
veículo (com
temperatura do motor
constante) sobre a
emissão de monóxido
de carbono (CO) em
dois tipos de percurso,
aclive e declive, com
iguais distâncias
percorridas em linha
reta. Os resultados são
apresentados nas duas
figuras.
A partir dos resultados, a situação em que
ocorre maior emissão de poluentes é aquela
na qual o percurso é feito com o motor
(A) aquecido, em menores velocidades
médias e em pista em declive.
(B) aquecido, em maiores velocidades
médias e em pista em aclive.
(C) frio, em menores velocidades médias e
em pista em declive.
(D) frio, em menores velocidades médias e
em pista em aclive.
(E) frio, em maiores velocidades médias e
em pista em aclive.
106) (ENEM-2014) A água potável precisa ser
límpida, ou seja, não deve conter partículas em
suspensão, tais como terra ou restos de plantas,
comuns nas águas de rios e lagoas. A remoção
das partículas é feita em estações de tratamento,
onde Ca(OH)2 em excesso e Al2(SO4)3 são
adicionados em um tanque para formar sulfato
de cálcio e hidróxido de alumínio. Esse último se
forma como flocos gelatinosos insolúveis em
água, que são capazes de agregar partículas em
suspensão. Em uma estação de tratamento, cada
10 gramas de hidróxido de alumínio é capaz de
carregar 2 gramas de partículas. Após
decantação e filtração, a água límpida é tratada
com cloro e distribuída para as residências. As
massas molares dos elementos H, O, Al, S e Ca
são, respectivamente, 1 g/mol, 16 g/mol, 27
g/mol, 32 g/mol e 40 g/mol.
Considerando que 1 000 litros da água de
um rio possuem 45 gramas de partículas em
suspensão, a quantidade mínima de
Al2(SO4)3 que deve ser utilizada na estação
de tratamento de água, capaz de tratar 3 000
litros de água de uma só vez, para garantir
que todas as partículas em suspensão
sejam precipitadas, é mais próxima de

(A) 59 g.
(B) 493 g.
(C) 987 g.
(D) 1480 g.
(E) 2960 g.
107) (ENEM-2015) A hidroponia pode ser definida como uma
técnica de produção de vegetais sem necessariamente a
presença de solo. Uma das formas de implementação é
manter as plantas com suas raízes suspensas em meio
líquido, de onde retiram os nutrientes essenciais. Suponha
que um produtor de rúcula hidropônica precise ajustar a
concentração do íon nitrato (NO3–) para 0,009 mol/L em um
tanque de 5 000 litros e, para tanto, tem em mãos uma
solução comercial nutritiva de nitrato de cálcio 90 g/L. As
massas molares dos elementos N, O e Ca são iguais a 14
g/mol, 16 g/mol e 40 g/mol, respectivamente.
Qual o valor mais próximo do volume da solução nutritiva,
em litros, que o produtor deve adicionar ao tanque?

(A) 26
(B) 41
(C) 45
(D) 51
(E) 82
108) (ENEM-2015) O ar atmosférico pode ser utilizado para
armazenar o excedente de energia gerada no sistema elétrico,
diminuindo seu desperdício, por meio do seguinte processo: água
e gás carbônico são inicialmente removidos do ar atmosférico e a
massa de ar restante é resfriada ate -198°C. Presente na
proporção de 78% dessa massa de ar, o nitrogênio gasoso é
liquefeito, ocupando um volume 700 vezes menor. A energia
excedente do sistema elétrico é utilizada nesse processo, sendo
parcialmente recuperada quando o nitrogênio líquido, exposto à
temperatura ambiente, entra em ebulição e se expande, fazendo
girar turbinas que convertem energia mecânica em energia
elétrica.
MACHADO, R. Disponível em: www.correiobraziliense.com.br.
Acesso em: 9 set. 2013 (adaptado).

No processo descrito, o excedente de energia elétrica é


armazenado pela
(A) expansão do nitrogênio durante a ebulição.
(B) absorção de calor pelo nitrogênio durante a ebulição.
(C) realização de trabalho sobre o nitrogênio durante a liquefação.
(D) retirada de água e gás carbônico da atmosfera antes do
resfriamento.
(E) liberação de calor do nitrogênio para a vizinhança durante a
liquefação
109) (ENEM-2015) As altas temperaturas de
combustão e o atrito entre suas peças móveis são
alguns dos fatores que provocam o aquecimento
dos motores à combustão interna. Para evitar o
superaquecimento e consequentes danos a esses
motores, foram desenvolvidos os atuais sistemas de
refrigeração, em que um fluido arrefecedor com
propriedades especiais circula pelo interior do
motor, absorvendo o calor que, ao passar pelo
radiador, é transferido para a atmosfera.
Qual propriedade o fluido arrefecedor deve possuir
para cumprir seu objetivo com maior eficiência?
(A) Alto calor específico.
(B) Alto calor latente de fusão.
(C) Baixa condutividade térmica.
(D) Baixa temperatura de ebulição.
(E) Alto coeficiente de dilatação térmica.
110) (ENEM-2016) O soro fisiológico é uma
solução aquosa de cloreto de sódio (NaCl)
comumente utilizada para higienização
ocular, nasal, de ferimentos e de lentes de
contato. Sua concentração é 0,90% em
massa e densidade igual a 1,00 g/mL.
Qual massa de NaCl, em grama, deverá ser
adicionada à água para preparar 500 mL
desse soro?
(A) 0,45
(B) 0,90
(C) 4,50
(D) 9,00
(E) 45,00
111) (ENEM-2016) O motor de combustão interna, utilizado
no transporte de pessoas e cargas, é uma máquina térmica
cujo ciclo consiste em quatro etapas: admissão,
compressão, explosão/expansão e escape. Essas etapas
estão representadas no diagrama da pressão em função do
volume. Nos motores a gasolina, a mistura ar/combustível
entra em combustão por uma centelha elétrica.

Para o motor descrito, em qual ponto do ciclo é produzida a


centelha elétrica?
(A) A (B) B (C) C (D) D (E) E
112) (ENEM-2016) Até 1824 acreditava-se que as
máquinas térmicas, cujos exemplos são as
máquinas a vapor e os atuais motores a
combustão. poderiam ter um funcionamento
ideal. Sadi Carnot demonstrou a impossibilidade
de uma máquina térmica, funcionando em ciclos
entre duas fontes térmicas (uma quente e outra
fria), obter 100% de rendimento.
Tal limitação ocorre porque essas máquinas
(A) realizam trabalho mecânico.
(B) produzem aumento da entropia.
(C) utilizam transformações adiabáticas.
(D) contrariam a lei da conservação de energia.
(E) funcionam com temperatura igual à da fonte
quente.
1130 (ENEM-2017) Rudolf Diesel patenteou um motor
a combustão interna de elevada eficiência, cujo ciclo
está esquematizado no diagrama pressão x volume.
O ciclo Diesel é composto por quatro etapas, duas
das quais são adiabáticas. O motor de Diesel é
caracterizado pela compressão de ar apenas, com a
injeção do combustível no final.
No ciclo Diesel, o calor é absorvido em:
(A) A → B e C → D, pois em ambos ocorre
realização de trabalho.
(B) A → B e B → C, pois em ambos ocorre
elevação da temperatura.
(C) C → D, pois representa uma expansão
adiabática e o sistema realiza trabalho.
(D) A → B, pois representa uma compressão
adiabática em que ocorre elevação da
temperatura.
(E) B → C, pois representa expansão
isobárica em que o sistema realiza
trabalho e a temperatura se eleva.
114) (ENEM-2017) No Brasil, os postos de combustíveis
comercializavam uma gasolina com cerca de 22% de álcool
anidro. Na queima de 1 litro desse combustível são
liberados cerca de 2 kg de CO2 na atmosfera. O plantio de
árvores pode atenuar os efeitos dessa emissão de CO2. A
quantidade de carbono fixada por uma árvore corresponde
a aproximadamente 50% de sua biomassa seca, e para cada
12 g de carbono fixados, 44 g de CO2 são retirados da
atmosfera. No Brasil, o plantio de eucalípto (Eucalyptus
grandis) é bem difundido, sendo que após 11 anos essa
árvore pode ter a massa de 106 kg, dos quais 29 kg são
água.
Uma única árvore de Eucalyptus grandis, com as
características descritas, é capaz de fixar a quantidade de
CO2 liberada na queima de um volume dessa gasolina mais
próxima de
(A) 19 L.
(B) 39 L.
(C) 71 L.
(D) 97 L.
(E) 141 L.
115) (ENEM-2017) 0 estado de qualquer substância
gasosa é determinado pela medida de três
grandezas: o volume ( V ), a pressão ( P ) e a
temperatura ( T ) dessa substância. Para os
chamados gases “ideais”, o valor do quociente
P.V/T é sempre constante. Considere um
reservatório que está cheio de um gás ideal. Sem
vazar o gás, realiza-se uma compressão do
reservatório, reduzindo seu volume à metade. Ao
mesmo tempo, uma fonte de calor faz a temperatura
do gás ser quadruplicada. Considere P0 e
P1 respectivamente, os valores da pressão do gás no
reservatório, antes e depois do procedimento
descrito.
A relação entre P0 e P1 é
(A) P1 = P0 /8
(B) P1 = P0 /2
(C) P1 = P0
(D) P1 = 2 P0
(E) P1 = 8 P0
Respostas
1) C 2) 8+32=40 3) E 4) 1+2+4+8+16 = 31 5) C 6) C 7) C
8) D 9) A 10) E 11) A 12) A 13) D 14) B 15) D 16) B
17) a) Isotérmica: AB e CD; Isocórica: BC e AD b) PB = 3 Patm/2 e
PC = Patm/2 c) 3 18) A 19) D 20) C 21) – 150 J 22) 40 ºC
23) A 24) a) 50 m³ b) 83,3 m³ - expansão c) 3,3.106 J 25) E
26) a) 415 J b) 10 K 27) a) 10² kg b) 400 J 28) a) 400 J b) 100
J c) aumenta, pois o gás teve aumento de temperatura devido ao
aumento da energia interna 29) 16 N 30) 5 kg 31) C 32) C
33) B 34) a) 50 J b) 100 J c) 0 J d) 150 J 35) a) 1 b) 6 J 36)
E 37) B 38) A 39) B 40) A 41) A 42) W = 4V0(P2 – P1) 43)
D 44) C 45) B 46) a) 8.105 J b) 8.105 J 47) D 48) E 49)
VFFVF 50) E 51) E 52) B 53) C 54) D 55) A 56) A 57)
1+2+8+16=27 58) D 59) VVVVV 60) C 61) 8% 62) E 63) D
64) A 65) D 66) D 67) a) isotérmica ocorre a temperatura
constante e adiabática ocorre sem trocas de calor b) 50% c)
Sim. Pela área do ciclo 68) 2+8+16=26 69) E 70) 2+4+8=14
71) a) 40 MW b) 3 ºC 72) A 73) D 74) 127 ºC 75) a) 26,8% b)
732 cal 76) E 77) D 78) 2+16+64=82 79) B 80) A 81) 70% e
67% 82) C 83) 1+8+16=25 84) D 85) D 86) D 87)
1+4+16=21 88) C 89) E 90) A 91) A 92) B 93) E 94) A
95) B 96) E 97) B 98) D 99) C 100) B 101) B 102) E
103) E 104) B 105) D 106) D 107) B 108) C 109) A 110) C
111) C 112) B 113) E 114) C 115) E

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